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GOVERNO DOS AÇORES ACUSA O GOVERNO CENTRAL DE “ENGANAR OS AÇORIANOS”

O executivo dos Açores acusou hoje o Governo da República de “enganar os açorianos” por não ter lançado o concurso das obrigações de serviço público (OSP), considerando que a SATA “excedeu as suas obrigações” ao manter algumas ligações aéreas.

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O executivo dos Açores acusou hoje o Governo da República de “enganar os açorianos” por não ter lançado o concurso das obrigações de serviço público (OSP), considerando que a SATA “excedeu as suas obrigações” ao manter algumas ligações aéreas.

“ASATA cumpriu com as suas obrigações. Até excedeu as suas obrigações, eventualmente, com os açorianos. Quem falhou rotundamente foi o Governo da República que enganou os açorianos colocando verba no Orçamento [do Estado] que depois não operacionalizou através do concurso para as OSP”, afirmou o secretário das Finanças, Planeamento e Administração Pública.

Duarte Freitas falava aos jornalistas, em Ponta Delgada, quando questionado pela posição do Governo da República sobre o concurso para as OSP que asseguram a ligação entre Faial, Pico e Santa Maria com Lisboa e a rota entre Ponta Delgada e Funchal.

Na sexta-feira, durante uma audição na Assembleia da República, em Lisboa, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2024, o ministro das Infraestruturas revelou que o Governo está “impedido” de compensar a SATA pela operação nas rotas de serviço público, porque a companhia aérea enviou uma carta a mostrar disponibilidade para assegurar aquelas ligações “sem qualquer compensação até março de 2024”.

Segundo João Galamba, a comunicação formal dirigida ao ministério por si tutelado, “impede legalmente o Governo da República de gastar um cêntimo” para compensar a transportadora.

Hoje, Duarte Freitas destacou que a SATA “apenas deu nota” à Agência Nacional de Aviação Civil de que iria manter aquelas ligações sem o lançamento do concurso de forma a assegurar o serviço público.

“A SATA fez ao serviço dos Açores aquilo que tinha a fazer, ao contrário do Governo da República que não lançou o concurso e colocou apenas no Orçamento [do Estado]. Isso prejudicou financeiramente a SATA”, condenou.

Já sobre o anel interilhas de telecomunicações, o secretário regional classificou como um “equívoco” a posição do Governo da República, que afirmou que a substituição do equipamento é responsabilidade da região.

“Em relação ao anel de ligação entre as ilhas, penso que aquilo que passou não foi a intenção do Governo do República. Quero acreditar que a intenção do Governo da República é comparticipar esse anel interilhas, ficando para diálogo entre o Governo Regional e da República as questões técnicas”, salientou.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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