ARTE & CULTURA
TRÁFEGO PROVENIENTE DE REDES SOCIAIS PREOCUPA LÍDERES DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Quase dois terços dos líderes dos meios de comunicação a nível mundial estão preocupados com uma redução acentuada no tráfego proveniente de redes sociais, de acordo com um relatório do Reuters Institute hoje divulgado.
Quase dois terços dos líderes dos meios de comunicação a nível mundial estão preocupados com uma redução acentuada no tráfego proveniente de redes sociais, de acordo com um relatório do Reuters Institute hoje divulgado.
O relatório sobre as perspetivas para 2024 revela, com base em dados do Chartbeat, que o tráfego dos sites de notícias oriundo do Facebook caiu 48% em 2023, com o tráfego do X (anteriormente conhecido como Twitter) a diminuir 27%, indicando que 62% dos responsáveis de meios de comunicação estão apreensivos com este cenário.
“Em resposta a estes desenvolvimentos, as prioridades dos editores de notícias estão a mudar”, refere o relatório.
Até 77% dos inquiridos afirma que se irá concentrar mais nos próprios canais diretos de comunicação em 2024, com 22% a recorrer à redução de custos e uma proporção semelhante (20%) a experimentar plataformas alternativas de terceiros.
Em termos de formatos de notícias, a maioria dos entrevistados indica que irá criar mais vídeos (+64 pontos líquidos), mais newsletters (+52) e mais podcasts (+47), mas o mesmo número de artigos de notícias.
Ao considerar plataformas de terceiros, os responsáveis dos meios de comunicação afirmam que se concentrarão muito menos no Facebook e no X e colocarão mais recursos no WhatsApp (+61 pontuação líquida) e no Instagram (+39), após a decisão da Meta de abrir canais de transmissão para editores.
“O interesse em redes de vídeo como TikTok (+55) e YouTube (+44) continua forte, enquanto o Google Discover está a tornar-se uma fonte de referência mais importante, mas volátil”, refere.
O relatório revela ainda que os ‘publishers’ estão mais pessimistas sobre a partilha equitativa de benefícios de acordos com plataformas de Inteligência Artificial.
Por outro lado, apenas 47% da amostra de editores, CEOs e executivos digitais dizem estar confiantes sobre as perspetivas do jornalismo em 2024, com 12% a expressar baixa confiança.
“As preocupações prendem-se com o aumento dos custos, a diminuição das receitas publicitárias, o abrandamento do crescimento das subscrições e o aumento do assédio jurídico e físico”, pode ler-se.
Por outro lado, entre as razões para algum otimismo incluem-se “a esperança de que eleições disputadas nos EUA e noutros lugares possam aumentar o tráfego, apesar dos riscos de que esse aumento seja temporário e prejudique ainda mais a confiança”.
Segundo o relatório, os editores continuam a investir em modelos de assinatura, com a grande maioria dos entrevistados (80%) a considerar que este será um importante fluxo de receita, à frente da publicidade gráfica.
Os editores indicam ainda que irão apostar numa melhor explicação de histórias complexas (67%), abordagens mais orientadas para soluções ou construtivas para contar histórias (44%) e histórias humanas mais inspiradoras (43%).
O relatório prevê ainda que as ferramentas de Inteligência Artificial “que mudam a linguagem das notícias para melhorar a relevância e a compreensão para públicos específicos serão uma característica crescente do cenário noticioso em 2024”.
O relatório tem por base um inquérito, que decorreu entre o final de novembro e início de dezembro de 2023, com uma amostra de 314 participantes oriundos de 56 países.
ARTE & CULTURA
PAUL MCCARTNEY PEDE AO GOVERNO PARA PROTEGER ARTISTAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.
O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.
Numa entrevista à BBC, o cantor e compositor britânico, de 82 anos, alertou que os músicos podem ser “despojados” das suas criações e voltou a criticar o projeto do Governo trabalhista que prevê alterações à legislação sobre direitos de autor.
Entre as propostas está “uma exceção aos direitos de autor” para treinar modelos de IA com fins comerciais, cujo projeto ofereceria aos criadores a possibilidade de “reservar os seus direitos”.
Paul McCartney, que manteve uma carreia praticamente a solo após a dissolução oficial dos Beatles, em 1970, sustenta que, com essa reforma, os artistas perderão o controlo sobre as suas obras.
“Os jovens podem escrever uma bela canção, mas podem acabar por não ser os proprietários dela”, disse.
Pior ainda, “qualquer pessoa poderá apropriar-se dessa canção”, denunciou.
“A verdade é que o dinheiro irá para algum lado. Alguém será pago. Não deverá ser o tipo que escreveu ‘Yesterday’?”, um dos temas mais conhecidos dos The Beatles, composto por Paul McCartney (creditada a Lennon/McCartney), gravada em 1965 para o álbum “Help!”, questionou.
“Se apresentarem um projeto de lei, assegurem-se de que protegem os pensadores e os artistas, caso contrário, não terão o seu apoio. Somos o povo, vocês são o Governo. É suposto que nos protejam. Esse é o vosso trabalho”, reforçou McCartney.
O Governo britânico anunciou que aproveitará o período de consulta pública, que decorre até 25 de fevereiro, para explorar os principais pontos do debate, incluindo a forma como os criadores poderão obter licenças e ser remunerados pela utilização das suas obras.
Questionada sobre estas propostas numa entrevista à BBC, a ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves, garantiu que “quer apoiar os artistas” e fará “tudo para que os direitos de autor sejam respeitados”.
Em novembro de 2023, McCartney e Ringo Starr, os membros sobreviventes dos Beatles (George Harrison morreu em novembro de 2001), usaram a IA para extrair a voz de John Lennon, assassinado em 1980 em Nova Iorque, de uma canção inacabada com várias décadas, intitulada “Now and Then”.
“Eu acho que a IA é fantástica e pode fazer muitas coisas incríveis”, admitiu Paul McCartney.
“No entanto, a IA não deve despojar os criadores. Isso não faz sentido”, concluiu.
ARTE & CULTURA
PORTO: SERRALVES RECEBE 37 OBRAS CONTEMPORÂNEAS DA COLEÇÃO DUERCKHEIM
A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.
A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.
Em comunicado, a Fundação de Serralves anunciou que vai receber, neste âmbito, o depósito de peças de Darren Almond, Georg Baselitz, Isaak Brodsky, Roman Buxbaum, Jake e Dinos Chapman, Theaster Gates, Gilbert & George, Antony Gormley, Damien Hirst, Zhang Huan, Stefan Hunstein, Anselm Kiefer, Michael Landy, Mamedov, Haralampi Oroschakoff, Sam Taylor-Wood, Matthias Wähner, Cerith Wyn Evans e Remy Zaugg.
O acordo inclui a doação de “Dat rosa miel apibus”, de Anselm Kiefer.
“É com grande alegria que Serralves recebe em depósito esta extraordinária coleção reunida ao longo de décadas de dedicação à arte pelo Conde Duerckheim. Este é um momento de grande importância para Serralves, e o acordo representa o reconhecimento da capacidade da Fundação para atrair e acolher as maiores coleções internacionais de arte contemporânea”, disse a presidente do conselho de administração da fundação, Ana Pinho, citada no mesmo comunicado.
De acordo com Serralves, o acordo foi possível graças à influência de Nuno Luzio, que deu a ideia ao Conde Christian Duerckheim, algo saudado por ambas as partes.
“Tendo estado fora de Portugal durante mais de 20 anos, Nuno Luzio demonstra o poder da diáspora portuguesa e o bem maior que podem fazer pelo seu país”, afirmou Ana Pinho.
Nascido em 1944 na região alemã da Saxónia, o industrial Christian Duerckheim viveu em Londres na década de 1960 e tornou-se num dos “mais significativos colecionadores da Europa”, como escreveu o jornal britânico The Guardian, em 2013, aquando de uma doação de 34 desenhos de artistas alemães modernos e de mais 60 trabalhos ao British Museum.
Em 2011, Duerckheim vendeu cerca de 80 obras através da leiloeira Sotheby’s por um valor recorde de mais de 100 milhões de libras, segundo notícias publicadas então pela imprensa especializada.
Na altura, ao New York Times, Christian Duerckheim afirmou que sempre quis ver a arte do seu tempo, enquanto alguém interessado em história que ficou obcecado com a arte do seu próprio país depois de ver uma obra de Georg Baselitz em 1970.
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