REGIÕES
BRAGANÇA: AUTARCAS “PREOCUPADOS” COM O ENCERRAMENTO DO SERVIÇO DE CIRURGIA
Os autarcas do sul do distrito de Bragança reuniram esta terça-feira, em Mirandela, com a administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) sobre o encerramento temporário do serviço de cirurgia de urgência naquele concelho.
Os autarcas do sul do distrito de Bragança reuniram esta terça-feira, em Mirandela, com a administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) sobre o encerramento temporário do serviço de cirurgia de urgência naquele concelho.
No final dos trabalhos, que decorreram na câmara municipal, a autarca mirandelense, Júlia Rodrigues, que convocou o encontro, disse que ficaram “cientes das dificuldades, mas não tranquilos e muito preocupados”.
“Não tivemos garantias reais [sobre a reabertura do serviço]. Tivemos o compromisso que, logo que se desbloqueie esta questão da classe médica se possa reabrir a a urgência médico-cirúrgica. Acreditamos que isso venha a acontecer”, afirmou Júlia Rodrigues.
Desde 08 de outubro, data em que ficaram em falta os cirurgiões de urgência no hospital mirandelense, sem prestar quaisquer esclarecimentos, a direção da ULSNE, à saída da reunião, manteve a mesma postura.
Carlos Vaz, presidente do Conselho de Administração, limitou-se primeiro a dizer, perante as perguntas dos jornalistas que o esperavam, e sempre em andamento, que seria Júlia Rodrigues a falar.
Questionado sobre se já há alguma decisão sobre o futuro do serviço, Carlos Vaz acabou por declarar que “quando houver condições, será reaberto”.
Essas condições, explicou Júlia Rodrigues, passam pela contratação de mais médicos, para assegurar os serviços em Mirandela e em Bragança.
“Aquilo que nos foi dito é que, para já, todos os cirurgiões que estavam afetos a Mirandela foram deslocados para Bragança. E que quando conseguirem reter mais cirurgiões, obviamente assegurarão a reabertura”, partilhou Júlia Rodrigues.
“Grosso modo”,admitiu a presidente socialista, não sabem quando o serviço vai reabrir.
Questionada sobre se acredita se podem ser contratados mais médicos neste momento, Júlia Rodrigues respondeu que é o que vão continuar a reivindicar, assim como o regresso da cirurgia de urgência.
Num documento hospitalar a que a Lusa teve acesso em outubro explicava-se que, devido à falta de médicos para completar escalas por recusa de realizar mais horas extraordinárias do que as definidas por lei, havia “a consequente necessidade de concentrar recursos na Urgência Médico-Cirúrgica” do hospital de Bragança, a 60 quilómetros, para onde foram prestar serviço os três médicos afetos ao hospital de Mirandela.
Mesmo com as horas extra a zero em janeiro e depois da recusa dos três médicos afetos à unidade de Mirandela a trabalho extraordinário este ano, por o poderem fazer por lei pela idade, segundo avançou à Lusa esta semana o Movimento Médicos em Luta, as escalas que ficavam por preencher no início deste ano nem sequer existem.
Estiveram presentes os concelhos de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo, Vila Flor e Macedo de Cavaleiros que, com Mirandela, e segundo os últimos censos, representam perto de 62 mil pessoas.
Mais distante de todos os hospitais está Freixo de Espada à Cinta. O mais perto, frisou o autarca Nuno Ferreira (PS), é Mirandela, a 1 hora e 10 minutos. Bragança ou Vila Real ficam “a 1 hora e 45, 2 horas”.
“Vejo com alguma preocupação, embora com esperança que se possa resolver este problema. Mirandela assume uma centralidade fundamental”, disse Nuno Ferreira.
Também para Torre de Moncorvo, um dos concelhos mais periféricos, Mirandela, a quase 1 hora de caminho, é o mais perto.
“Os autarcas têm que defender as suas populações. É para isso que são eleitos. Quero referir isto porque nem todos [os cargos] são eleitos. (…) Sabemos que temos um grande problema em termos médicos. Sabemos, como foi explicado Conselho de Administração, o muito que fizeram e que esperam fazer. Mas o que queremos neste momento é uma solução para este encerramento”, afirmou Nuno Gonçalves (PSD), presidente de Torre de Moncorvo.
O próximo passo dos autarcas pode ser reivindicar junto da Direção-Executiva do Serviço Nacional de Saúde e o Ministério da Saúde.
REGIÕES
PORTO: RUI MOREIRA DIZ QUE O FUNCIONAMENTO DA AIMA É UM “ESCÂNDALO”
O presidente da Câmara Municipal do Porto considerou hoje que o funcionamento da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) “atinge foros de escândalo” e que aquela entidade “não está a cumprir a sua missão”.
O presidente da Câmara Municipal do Porto considerou hoje que o funcionamento da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) “atinge foros de escândalo” e que aquela entidade “não está a cumprir a sua missão”.
“AAIMA não está a cumprir aquilo que são as suas obrigações perante aqueles que são os imigrantes que se querem legalizar em Portugal. Objetivamente, eu acho que isto atinge foros de escândalo”, afirmou Rui Moreira, numa conferência de imprensa convocada pelo autarca para esta manhã.
Rui Moreira considerou que a AIMA tem como missão o “acolhimento e integração” de migrantes mas que, “objetivamente, não está a funcionar”.
O autarca referiu que há mais de 7.500 processos em tribunal contra a AIMA “por atrasos de regularização de cidadãos estrangeiros”, o que tem causado problemas: “Ao mesmo tempo que nós queremos imigrantes, não somos capazes de os acolher. Temos uma instituição cuja competência é tratar dos imigrantes e não estão a ser devidamente tratados”.
E continuou: “Aquilo que acontece é que um imigrante em situação ilegal está sujeito a um conjunto de pressões, nomeadamente na sua relação com o mercado de trabalho, isto é uma situação que me preocupa”.
Moreira defendeu que os imigrantes têm “que ter acesso a tudo aquilo que os portugueses têm acesso e, se não são legalizados, alguma coisa está mal”. Criticou também a atuação da AIMA no caso da agressão a imigrantes no Bonfim.
No dia 04, homens encapuzados forçaram a entrada numa casa onde vive um grupo de imigrantes no Porto, tendo-os agredido, um ataque que foi considerado como tendo motivações racistas.
“Naquele sábado, esta agência ligou para a Câmara Municipal do Porto a perguntar o que a CMP pode fazer relativamente aos imigrantes. Esta é uma competência deles, com meios deles, com um escritório aqui deles e perguntam-nos a nós?”, questionou Rui Moreira.
No dia 06, o independente que preside a autarquia do Porto considerou que aquele ataque é “inaceitável e um crime de ódio”, defendendo a extinção da AIMA e a utilização dos recursos de que dispõe para habilitar os municípios a darem uma resposta e a reforçar as forças policiais dos recursos de que hoje não dispõem para combater a criminalidade.
“Repito, a AIMA é uma agência inoperante que desperdiça dinheiros públicos sem o cumprimento da missão a que se propôs e, por isso, deve ser extinta”, insistiu, em declarações no início da reunião do executivo municipal.
No mesmo dia, o sindicato dos trabalhadores da AIMA avisou que não serão “bode expiatório” para “a incapacidade de outros”, classificando de “infelizes” as declarações do autarca do Porto que defendeu a extinção daquele organismo na sequência do ataque contra migrantes.
“A AIMA e os seus trabalhadores não servirão de arma de arremesso nem de “bode expiatório” para a manifesta incapacidade de outros”, avisou, numa resposta à Lusa, o Sindicato dos Funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SINSEF).
REGIÕES
LISBOA: DEPUTADO DA GUINÉ-BISSAU DETIDO COM 13 KG DE COCAÍNA
Um deputado guineense foi detido na terça-feira no aeroporto de Lisboa com 13 quilogramas de cocaína e será esta quinta-feira ouvido em primeiro interrogatório para aplicação de medidas de coação, disse fonte judicial à Lusa.
Um deputado guineense foi detido na terça-feira no aeroporto de Lisboa com 13 quilogramas de cocaína e será esta quinta-feira ouvido em primeiro interrogatório para aplicação de medidas de coação, disse fonte judicial à Lusa.
A mesma fonte adiantou que o primeiro interrogatório judicial do deputado esteve agendado para esta quinta-feira de manhã, mas não se realizou, estando previsto para esta tarde.
O deputado do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15) Manuel Irénio Nascimento Lopes, de 57 anos, foi detetado na terça-feira no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, após um voo da transportadora aérea portuguesa TAP proveniente de Bissau, com 13 quilos de cocaína dissimulados na bagagem.
Este é o segundo caso de suspeita de tráfico de droga por parte de individualidades guineenses detidas no Aeroporto de Lisboa nas últimas semanas.
O Procurador Eduardo Mancanha, que se encontrava de licença de serviço para estudar em Portugal, há mais de três anos, foi detido no passado dia 21 de abril “em flagrante delito” na posse de dois quilogramas de um produto que se presume ser droga, segundo um comunicado do Conselho Superior de Magistratura do Ministério Público guineense, emitido dia 25, no qual foi anunciada a sua suspensão de funções.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, lamentou a detenção de Mancanha, sublinhando que o caso está a ser tratado entre as magistraturas dos dois países.
O jornal guineense O Democrata refere que o deputado Manuel Irénio Lopes, conhecido como “Manelinho”, é “um empresário que investe no setor da pedreira” e também dirigente político, fazendo parte dos 15 deputados dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que, em 2015, criaram o MADEM-G 15, a segunda maior força política do país.
Manuel Lopes presidiu à Federação de Futebol da Guiné-Bissau durante oito anos, tendo sido destituído em 2020 pela FIFA, após ter sido considerado culpado por ter “falhado na proteção da integridade física e mental de um homem vítima de um ataque em massa”, e ficou impedido de manter ligações à modalidade durante 10 anos, acrescenta o jornal.
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