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INTERNACIONAL

GUTERRES LAMENTA “EPIDEMIA DE VIOLÊNCIA” CONTRA AS MULHERES QUE “DESGRAÇA A HUMANIDADE”

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, lamentou hoje a “persistente epidemia” de violência contra as mulheres que “desgraça a humanidade”, frisando que o mundo de hoje ainda reflete milénios de relações de poder dominadas pelos homens.

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O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, lamentou hoje a “persistente epidemia” de violência contra as mulheres que “desgraça a humanidade”, frisando que o mundo de hoje ainda reflete milénios de relações de poder dominadas pelos homens.

Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 08 de março, Guterres divulgou uma mensagem em que aplaudiu os avanços conquistados por mulheres e raparigas na luta pela igualdade, na qual “demoliram barreiras, desmantelaram estereótipos e impulsionaram o progresso rumo a um mundo mais justo e igualitário”, mas salientou que ainda continuam a enfrentar “obstáculos imensos”.

“Milhares de milhões de mulheres e meninas enfrentam marginalização, injustiça e discriminação, enquanto a persistente epidemia de violência contra as mulheres desgraça a humanidade. (…) E o progresso está sob ataque, com uma reação feroz contra os direitos das mulheres”, advogou o ex-primeiro-ministro português.

Ao ritmo atual, observou Guterres, a igualdade jurídica entre homens e mulheres está ainda a cerca de 300 anos de distância, apelando ao aceleramento do progresso e a um maior investimento nas mulheres.

“Lembremo-nos que acabar com o patriarcado exige dinheiro na mesa. Devemos apoiar as organizações de mulheres na linha da frente. E devemos investir em programas para acabar com a violência contra as mulheres e impulsionar a inclusão e a liderança das mulheres nas economias, nas tecnologias digitais, na construção da paz e na ação climática”, indicou.

Guterres frisou ainda que os direitos das mulheres são um caminho comprovado para sociedades justas, pacíficas e prósperas, algo que “é bom para todos nós”.

De acordo com a agência ONU Mulheres, são necessários mais 360 mil milhões de dólares (328,8 mil milhões de euros) por ano para alcançar a igualdade de género.

Se as tendências atuais se mantiverem, mais de 342 milhões de mulheres e raparigas poderão viver em pobreza extrema até 2030.

A agência sustentou que investir nas mulheres é a melhor forma de acelerar o crescimento económico e construir sociedades mais prósperas e equitativas, especialmente num momento em que guerras e crises “estão a corroer as conquistas de décadas de investimentos na igualdade de género”.

“Do Médio Oriente ao Haiti, Sudão, Mianmar, Ucrânia, Afeganistão e outros lugares, as mulheres pagam o preço mais elevado por conflitos que não são da sua responsabilidade. A necessidade de paz nunca foi tão urgente”, garantiu a ONU Mulheres em comunicado.

INTERNACIONAL

INVESTIGAÇÃO SUECA DESCARTA SABOTAGEM AOS CABOS SUBMARINOS

O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

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O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

“Foi estabelecido que uma combinação de condições climatéricas, falhas de equipamento e erros de navegação contribuíram” para os danos, afirmou Mats Ljungqvist em comunicado.

A Suécia tinha abordado um navio búlgaro, o “Vezhen”, no âmbito da investigação de “sabotagem agravada”.

O diretor executivo da empresa de navegação búlgara NaviBulgar negou qualquer irregularidade.

“A investigação mostra agora claramente que não se tratou de sabotagem”, graças ‘aos interrogatórios, às apreensões efetuadas e analisadas e aos exames do local do incidente’, acrescentou Ljungqvist.

O navio apreendido foi, no entanto, a causa dos danos no cabo, segundo o procurador. A investigação prossegue para determinar se foram cometidas outras infrações relacionadas com este incidente.

Na madrugada de 26 de janeiro, foi danificado um cabo de fibra ótica pertencente ao Centro Nacional de Rádio e Televisão da Letónia (LVRTC), que liga a ilha sueca de Gotland à cidade letã de Ventspils.

O LVRTC afirmou que as avaliações preliminares sugeriam “fatores externos”.

Num contexto de vigilância reforçada face às ameaças de “guerra híbrida”, a Noruega abordou brevemente, entre quinta e sexta-feira, um navio norueguês com tripulação russa por suspeita de envolvimento nos danos, antes de o deixar regressar ao mar por falta de provas.

Vários cabos submarinos foram danificados ou quebrados nos últimos meses no Mar Báltico.

Em resposta à natureza repetida destes acontecimentos, a organização do Tratyado do Atlântico Norte (NATO) anunciou em janeiro o lançamento de uma missão de patrulha para proteger esta infraestrutura submarina sensível.

Aeronaves, navios e ‘drones’ estão agora a ser destacados de forma mais frequente e regular para o Mar Báltico, no âmbito de uma nova operação designada “Baltic Sentinel” (“Sentinela do Báltico”).

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INTERNACIONAL

WHATSAPP DENUNCIA CIBERESPIONAGEM A JORNALISTAS COM “SOFTWARE” ISRAELITA

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

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Imagem ilustrativa gerada por AI.

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

O WhatsApp (que pertence à empresa norte-americana Meta) disse que a campanha usou ‘spyware’ da empresa israelita Paragon Solutions e teve como alvo cerca de 90 jornalistas e ativistas de 20 países, a maioria da Europa.

Os alvos foram notificados e a operação foi interrompida em dezembro de 2024, segundo noticiou a NBC News.

O WhatsApp disse que a Paragon usou um ‘vetor’ — um método de acesso ilegal a uma rede, possivelmente através de grupos de conversação e do envio de um ficheiro malicioso — mas não sabe quem perpetrou o ataque.

O WhatsApp, que não respondeu às perguntas da agência de notícias EFE sobre o ataque e a nacionalidade dos afetados, enviou uma carta à Paragon a pedir que cesse as suas atividades e não descartou ações legais, segundo a edição norte-americana do The Guardian.

O jornalista italiano Francesco Cancellato, que conduz o jornal ‘online’ de investigação Fanpage, disse na sexta-feira que foi notificado pelo WhatsApp como uma das vítimas da campanha de ciberespionagem.

“As nossas investigações indicam que pode ter recebido um ficheiro malicioso via WhatsApp e que o ‘spyware’ pode ter levado a que acedessem aos seus dados, incluindo mensagens guardadas no dispositivo”, refere a notificação da rede social.

A Paragon é a criadora do programa de espionagem Graphite, tem como clientes agências governamentais e foi recentemente adquirida pelo grupo de investimento norte-americano AE Industrial Partners.

Segundo o seu ‘site’, a Paragon define-se como uma empresa de ciberdefesa e oferece soluções “baseadas na ética” para “localizar e analisar dados digitais”, formar trabalhadores digitais ou “mitigar ameaças”.

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