ECONOMIA & FINANÇAS
PORTUGAL SAIU DA NOTAÇÃO “LIXO”
Contra todas as expectativas, a agência de notação financeira internacional Standard & Poor’s contrariou as expectativas e subiu Portugal para o nível BBB-, o primeiro grau acima de “lixo”
Cinco anos e meio depois de, no auge da crise, ter colocado Portugal no nível “lixo” da sua tabela de ratings, a Standard & Poor’s contrariou aquela que era a generalidade das expectativas dos mercados e decidiu esta sexta-feira subir a classificação atribuída ao país para BBB-, o primeiro grau acima de “lixo”.
Pela primeira vez desde Janeiro de 2012, Portugal volta a ter, para além da canadiana DBRS, outra agência a garantir-lhe o grau investimento na sua classificação, algo que pode constituir uma ajuda importante na forma como o país acede ao financiamento dos mercados.
A decisão surpreendeu a grande maioria dos analistas que estava à espera da manutenção de um rating BB+, possivelmente com uma alteração da expectativa de “estável” para “positiva”. A surpresa resulta do facto de geralmente as agências de notação financeira preferirem sinalizar, com a mudança de perspectiva (Outlook), as suas alterações de rating. Por exemplo, antes de subirem um rating, passam a perspectiva de “estável” para “positiva”, dando o sinal de que, dentro de alguns meses, a mudança efectiva da classificação pode vir a acontecer. É raro darem o passo imediato de, com uma perspectiva “estável”, alterarem imediatamente o rating. Tal acontece apenas quando há uma mudança mais inesperada da análise feita ao país.
Foi isto que, aparentemente, aconteceu agora à Standard & Poor’s, que decidiu dispensar qualquer mudança da perspectiva, agindo já com uma subida do rating e antecipando-se às suas concorrentes Moody’s e Fitch, que nos últimos meses passaram a perspectiva de “estável” para “positiva” sem no entanto retirarem Portugal do “lixo”.
O rating português atribuído pela Standard & Poor’s passou assim a estar a um nível equivalente ao da DBRS, a agência canadiana que manteve sempre Portugal acima de “lixo”, garantindo isoladamente que o país continuava a ter acesso ao financiamento do BCE.
Na nota agora publicada, a agência norte-americana justifica a sua decisão com uma melhoria do desempenho da economia e com uma melhor perspectiva em relação à evolução das finanças públicas. A agência espera que a economia cresça 2,8% este ano e 2,3% em 2018.
Para Portugal, ter mais uma agência a atribuir um rating acima de “lixo” pode constituir uma ajuda preciosa no acesso ao financiamento de mercado. Nos últimos cinco anos e meio, o país tem estado pressionado por ter as três maiores agências de rating internacionais a negarem-lhe o grau de investimento. Esse facto limitou o volume de compras de títulos de dívida pública portuguesa que podia ser adquirida pelos investidores institucionais, afectando as taxas de juro. Agora, abre-se a porta à possibilidade de um aumento do volume de compras de dívida portuguesa no mercado e a um eventual estreitamento do diferencial face às taxas de juro das dívidas de outros países da zona euro.
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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