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NACIONAL

MAIS DOIS COMANDANTES DA ANPC SUSPEITOS

Há mais duas licenciaturas de dirigentes de topo da Proteção Civil que estão sob suspeita de irregularidades e que, por isso, vão ser analisadas pela Inspecção Geral da Educação.

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Há mais duas licenciaturas de dirigentes de topo da Proteção Civil que estão sob suspeita de irregularidades e que, por isso, vão ser analisadas pela Inspeção Geral da Educação.

Em causa estão os cursos de Luís Belo Costa e Pedro Vicente Nunes, nomeados este ano comandantes operacionais de agrupamento distrital do Centro Sul e do Centro Norte, respectivamente. De acordo com o Instituto Politécnico de Castelo Branco, estes dois altos dirigentes da Protecção Civil também concluíram grande parte da sua licenciatura através da atribuição de equivalências por experiência profissional.

Por isso, também Luís Belo Costa e Pedro Vicente Nunes vão ver a sua licenciatura analisada à lupa pela Inspecção Geral da Educação, que chegou ontem ao Politécnico de Castelo Branco para recolher os processos académicos. Pelo crivo da inspecção vão passar todos os documentos dos percursos académicos dos ex-alunos desta licenciatura, a quem a instituição de ensino superior concedeu as equivalências, tal como aconteceu no caso da Lusófona.

De acordo com o Politécnico de Castelo Branco, Luís Belo Costa teve equivalência por experiência profissional a mais de metade das disciplinas da licenciatura em Engenharia de Protecção Civil. “De 37 unidades curriculares, foram creditadas 24”, ou seja, foi-lhe concedida equivalência a 65% das disciplinas do curso. As restantes 13 disciplinas terão sido avaliadas sem recurso a equivalências.

O politécnico disse ainda ao i que “a data da ultima creditação é de 2010”. Luís Belo Costa cruzou-se assim no curso com o ex-comandante nacional da Proteção Civil, Rui Esteves, que terminou a licenciatura em 2011 com equivalências a 90% das disciplinas do curso sem que, em algumas disciplinas, houvesse documentos comprovativos da experiência profissional, de acordo com o “Público”.

Também a Pedro Vicente Nunes foram atribuídas equivalências por experiência profissional. Mas, neste caso, houve menos equivalências, uma vez que, em 2013 – depois do caso Relvas –, a lei mudou, impondo um limite máximo de 30% o total das disciplinas do curso que é possível obter por via de equivalências. Ao comandante operacional do Centro Norte foram concedidas oito equivalências no universo de 37 disciplinas que compõem a licenciatura de Engenharia da Proteção Civil, de acordo com a informação avançada ao i pelo politécnico, que acrescenta ainda que “a data da última creditação é de 2014”.

Estes dois dirigentes, Luís Belo Costa e Pedro Vicente Nunes, foram nomeados em janeiro e março deste ano por indicação do presidente da Proteção Civil, Joaquim Leitão, de acordo com os despachos de nomeação. Mais tarde, em abril, todo o comando distrital desta entidade teve uma remodelação de fundo que causou polémica pelas escolhas e por ter sido realizada pouco antes do início da fase crítica dos incêndios.

Recorde-se que foi precisamente na região Centro do país – as áreas sob comando destes dois dirigentes – que mais incêndios deflagraram este ano, tendo sido apontadas várias falhas e responsabilidades à resposta dada pela Proteção Civil.

Questionado pelo i sobre as licenciaturas destes dirigentes e sobre o cenário da sua demissão, o Ministério da Administração Interna diz que “não faz qualquer comentário”.

Ana Petronilho / SOL

NACIONAL

RAMALHO EANES AFIRMA QUE PCP QUERIA ESTABELECER UM REGIME TOTALITÁRIO

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

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O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

Ramalho Eanes falava perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma aula-debate sobre o 25 de Abril com alunos de escolas secundárias e universidades, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

A propósito dos antecedentes do 25 de Novembro de 1975, o general e primeiro Presidente eleito em democracia começou por referir que não queria “tecer considerações nenhumas sobre o PCP” e que teve “ótimas relações com Álvaro Cunhal”, um homem que “muito estimava” e “muito considerava”.

“Mas naquela altura o PCP, talvez acossado pela extrema-esquerda, preparava-se efetivamente para estabelecer em Portugal um regime totalitário”, afirmou, acrescentando: “Não tenho dúvidas”.

Citando Melo Antunes, Eanes sustentou que na altura era necessário “reinstitucionalizar o aparelho militar” para que se opusesse “a qualquer tentativa armada de conquista do poder”.

“Por razões diversas, e como as coisas se agudizavam, surgiu o Documento dos Nove, que o Conselho da Revolução todo praticamente subscreveu e que foi subscrito por milhares de oficiais. Isso demonstrou que a instituição militar estava muito mal, estava desinstitucionalizada, tinha de uma maneira geral perdido a sua fidelidade ao povo e à democracia e tinha criado fidelidades perversas em relação às filiações partidárias”, prosseguiu.

Em concreto sobre os acontecimentos de 25 de Novembro, Eanes disse que houve “uma ofensiva militar”, no seu entender “organizada levianamente pela extrema-esquerda, mas em que o PCP não podia ter deixado de intervir”, perante a qual ele e outros militares foram obrigados a agir.

“Tivemos essa ação, enfim, e repito que podia ter levado a uma guerra civil e que foi indispensável o 25 de Novembro. Repito: foi indispensável, para que as promessas de honra dos militares à população fossem realizadas”, defendeu.

Segundo Eanes, o desfecho do 25 de Novembro deveu-se aos “militares que se tinham mantido fieis à promessa de honra que tinham feito à população, que era devolver-lhes a liberdade, mas a liberdade sem condicionamentos” e que “resolveram, perante uma insurreição armada responder — bom, e a uma insurreição armada, naturalmente, só se responde com armas”.

“O 25 de Abril foi único, foi fundador. É ele que concede a liberdade aos portugueses. É ele que devemos festejar, comemorar e sobretudo refletir. Mas não devemos esquecer a perturbação natural que se seguiu, em que houve um combate de ideologias, de modelos de sociedade, em que houve um PREC que criou uma situação insustentável, uma situação de medo e uma situação que nos levou perto de uma guerra civil”, declarou.

Nesta aula-debate, Eanes relatou que estava em Angola e recebeu a notícia do 25 de Abril sem surpresa, porque “tinha participado nas diferentes reuniões que se tinham realizado para organizar uma resposta ao regime”, com “grande alegria” e “grande esperança”, porque “os portugueses iam ter a liberdade” e “finalmente, acabar-se-ia a guerra” colonial.

“Mas não tive dúvidas nenhumas de que a descolonização iria ser trágica, como foi. Aliás, eu digo isto com à vontade, com grande à vontade. Eu sei que muita gente vai contar que acha que a descolonização foi uma coisa maravilhosa. Não foi”, considerou.

Na sua opinião, foi trágica porque “deixou aqueles países, Angola e Moçambique, numa situação de guerra que durou anos e que destruiu tudo” e porque “fez regressar ao continente muitos angolanos”.

“Eles tinham nascido em Angola, eles eram angolanos, não conheciam outra pátria que não fosse aquela, não tinham outra terra que não fosse aquela, terra em que tinham os seus mortos, em que tinham tido nascido os seus filhos, e de repente são obrigados, perdendo tudo, a regressar a uma terra que tinha sido a dos seus antepassados, mas que eles não conheciam, que eles não amavam. São os retornados”, acrescentou.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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