Ligue-se a nós

ECONOMIA & FINANÇAS

HÁ MAIS CRIAÇÃO DE EMPREGO NO NORTE

A taxa de desemprego no Norte cifrou-se abaixo dos 10% no 2.º trimestre do ano e o emprego “continuou a crescer a bom ritmo”, impulsionado pelos setores de alojamento e restauração, conclui o relatório Norte Conjuntura hoje divulgado.

Online há

em

A taxa de desemprego no Norte cifrou-se abaixo dos 10% no 2.º trimestre do ano e o emprego “continuou a crescer a bom ritmo”, impulsionado pelos setores de alojamento e restauração, conclui o relatório Norte Conjuntura hoje divulgado.

O emprego na região registou um aumento de 4,1% (equivalente a mais cerca de 66 mil pessoas empregadas), em termos homólogos, justificado por um crescimento dos sectores do alojamento e restauração e da construção, com valores “que ainda não tinham sido observados neste século”, indica o relatório trimestral, a que a Lusa teve acesso, que identifica as tendências que marcam a evolução económica, a curto prazo, no território.

Elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), o documento indica ainda que “a taxa de emprego (dos 20 aos 64 anos) igualou, no 2.º trimestre, o nível máximo dos últimos 14 anos, enquanto a taxa de desemprego voltou a descer, agora para 9,5%”.

Segundo a CCDR-N, a sub-região do Norte que registou a “descida mais acentuada” da taxa de desemprego foi o Alto-Minho, com uma variação homóloga de -24,8%, seguindo-se o Cávado e Terras de Trás-os-Montes, com variações homólogas de -23,4% em ambos os casos, e o Tâmega e Sousa com -21,0%.

“O Douro destaca-se por observar a redução menos acentuada do desemprego registado (-10,9%, em termos homólogos) ”, indica o relatório, segundo o qual “Alijó foi o único concelho da Região do Norte onde o desemprego registado cresceu entre o 2.º trimestre de 2016 e o de 2017 (variação homóloga de 5,5%)”.

A população desempregada residente na Região do Norte, estimada pelo INE, totalizava, no 2.º trimestre de 2017, cerca de 174,4 mil indivíduos, o que, de acordo com o relatório, significa aproximadamente menos 36 mil pessoas (ou -17,1%) do que no trimestre homólogo do ano transato.

A descida entre o 1.º e o 2.º trimestre deste ano ficou a dever-se, explica a CCDR-N, “quer à evolução do desemprego masculino, cuja taxa caiu de 9,6% para 8,2%, quer à evolução do desemprego feminino, com a respectiva taxa a baixar de 12,3% para 10,8%”.

A Comissão destaca ainda que os indicadores disponíveis relacionados com o consumo privado mantiveram, entre abril e junho, uma “dinâmica positiva” na região, em aceleração face ao trimestre anterior e com crescimentos superiores aos observados a nível nacional.

No Norte o crédito ao consumo continua a aumentar, tal como o valor dos levantamentos de dinheiro em caixas multibanco e as compras em terminais de pagamento automático.

No domínio do turismo, deu-se na região uma aceleração do crescimento dos números de hóspedes e de dormidas, bem como dos proveitos gerados, a qual se deve em grande medida ao resultado do mês de abril, indica a CCDR-N, lembrando que a Páscoa este ano foi em abril e em 2016 em março.

A taxa líquida de ocupação-cama corrigida da sazonalidade (e do efeito de calendário da Páscoa) voltou a aumentar, atingindo, na média do 2.º trimestre de 2017, um “novo máximo histórico” de 47,9%.

Em termos de investimento, o licenciamento de obras e as importações de bens de capital mantiveram uma tendência positiva na região no período em análise, destacando-se não só o crescimento das licenças emitidas para obras de construções novas para habitação (+25,6% em termos homólogos), mas também as licenças de obras para fins não habitacionais (+12,1%).

O valor das exportações de mercadorias por parte das empresas com sede na região manteve, no período em causa, uma tendência positiva, mas com desaceleração do respetivo ritmo de crescimento, particularmente sentida nas vendas para fora da União Europeia.

Por produtos, os principais contributos para o crescimento foram assegurados pela evolução das exportações de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+11,2% em termos homólogos) e também pelo comportamento das exportações do setor automóvel (+10,4% em termos homólogos).

Quanto às importações de mercadorias por empresas com sede no Norte, elas registaram, no 2º trimestre de 2017, um crescimento nominal de 12,5% em termos homólogos (compara com 14,2% no trimestre anterior), impulsionado sobretudo pela atividade industrial e pelo investimento.

Em resumo, o 2.º trimestre de 2017 ficou marcado, no plano nacional, pelo facto de o PIB ter registado “o crescimento homólogo mais acentuado desde o início do século XXI”, com 2,9% em volume, sendo que “a região do Norte dá mostras de acompanhar o bom momento da economia nacional”.

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

ECONOMIA & FINANÇAS

SETE EM CADA DEZ EMPRESAS DISCORDAM DA SEMANA DE QUATRO DIAS

Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.

Online há

em

Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.

Elaborado pela Associação Industrial Portuguesa — Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) e referente ao quarto trimestre de 2024, o “Inquérito de Contexto Empresarial sobre o Mercado Laboral” indica ainda que 70% das empresas defendem que matérias laborais como carreiras, benefícios, remunerações complementares ou limites de horas extraordinárias deveriam ser concertadas no interior das empresas e não em sede de Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).

Relativamente ao banco de horas individual, 71% das empresas inquiridas dá parecer favorável e, destas, 74% entende que deveria ser fixado por acordo dentro da empresa, em vez de nas convenções coletivas de trabalho.

Segundo nota a AIP, entre as empresas que mais defendem esta concertação interna estão as pequenas e médias empresas.

Já em termos de modelo de trabalho, 81% das 523 empresas participantes dizem praticar trabalho presencial, 17% um modelo híbrido e 2% teletrabalho. Entre as que adotaram um modelo híbrido ou remoto, 73% afirmam que tal contribuiu para uma melhoria da produtividade e 84% consideram manter este modelo.

Quando questionadas sobre o Salário Mínimo Nacional (SMN), 83% das empresas concordam com a sua existência, ainda que 65% entendam que não deve ser encarado como um instrumento de redistribuição de riqueza.

Entre as que consideram que o SMN deve ser um instrumento com este fim, 45% diz que deveria ser a sociedade a suportá-lo, através de impostos negativos nos rendimentos mais baixos, enquanto as restantes 55% defendem que deveria ser suportado pelos custos de exploração das empresas.

Relativamente ao valor de 1.020 euros mensais projetados para o SMN até ao final da atual legislatura, mais de metade (56%) das empresas inquiridas apontam que é suportável pela conta de exploração das empresas, embora 95% desconheça algum estudo que aponte o seu setor de atividade como tendo capacidade para o financiar.

Para 65% das empresas, a fixação anual do salário mínimo deveria estar dependente da evolução da produtividade.

Quando questionadas sobre a autodeclaração de doença, 55% das empresas manifestou-se contra, apesar de 89% assinalar que nunca registou um caso destes ou que estes são muito pouco frequentes.

No que respeita ao designado “direito a desligar”, metade das empresas defende-o e outras tantas discordam, sendo que entre as que apresentam maior taxa de rejeição à implementação desta medida estão, sobretudo, as médias e microempresas.

Já quanto a sua comunicação à ACT, 86% das empresas discordam deste procedimento.

O inquérito da AIP-CCI foi realizado entre 12 de outubro e 11 de novembro de 2024 junto de 523 sociedades comerciais de todo o país (24% do Norte, 32% do Centro, 26% da Área Metropolitana de Lisboa, 12% do Alentejo, 3% do Algarve e 3% das ilhas).

A indústria representou 47% da amostra, seguida pelos serviços (26%), comércio (14%), construção (7%), agricultura (3%), alojamento e restauração (2%) e transportes e armazenagem (1%), sendo que 3% eram grandes empresas, 8% médias, 45% pequenas e 44% microempresas.

Da totalidade da amostra, 49,01% são empresas exportadoras.

LER MAIS

ECONOMIA & FINANÇAS

ERC: APENAS 4% DOS MEDIA PORTUGUESES FATURAM ACIMA DE 10 MILHÕES

As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.

Online há

em

As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.

Esta é uma das conclusões do estudo de análise económica e financeira sobre os media em Portugal da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) relativo ao exercício de 2023, que tem por base dados reportados pelos regulados, no âmbito da Lei da Transparência da Titularidade dos Meios de Comunicação Social (Lei nº 78/2015, de 29 de julho).

“A análise conduzida pela ERC apurou que os ativos totais das empresas de comunicação social ascenderam a 1.123.063 euros e os rendimentos totais da atividade a 1.166.911 euros”, lê-se no comunicado do regulador.

Constatou-se “que as empresas com rendimentos superiores a 10 milhões de euros apenas representaram 4% da totalidade de entidades, mas 86% dos ativos, 84% dos capitais próprios do setor e 89% dos rendimentos”, prossegue a ERC.

O regulador refere que sobressai “o facto de não se ter assistido, em 2023, a uma melhoria dos rendimentos das empresas de comunicação social em Portugal, mantendo-se em 53% a percentagem de empresas que registam crescimento dos rendimentos”.

No período em análise, “o número de empresas com resultados líquidos positivos, resultados operacionais ou EBITDA positivos, e capitais próprios positivos situou-se em proporções inferiores a 2022”.

O estudo caracteriza o setor dos media português de “granular, composto por muitas pequenas empresas, em especial nos segmentos mais tradicionais, como as publicações periódicas e as rádios hertzianas”.

Aliás, “são as pequenas empresas que enfrentam maiores dificuldades face à alteração paradigmática da forma como os conteúdos são consumidos e dos interesses e composição dos consumidores, limitando ou inibindo a capacidade de crescimento”.

A publicidade continuou a ser a principal fonte de receitas do setor em 2023, “mas a sua evolução apresentou um comportamento misto entre as principais instituições”.

De acordo com a análise, “verificou-se um aumento das receitas de publicidade do segmento de televisão, mas mais centrado nos canais de televisão por subscrição (STVS) em detrimento do ‘free-to-air’ [canais gratuitos]”.

O consumo de notícias “é cada vez mais fragmentado entre diferentes plataformas comunicacionais e que a utilização do vídeo como fonte noticiosa tem vindo a crescer, especialmente entre os mais jovens”, refere a análise, que adianta que como “principal fonte de conteúdos de vídeo noticiosos surgem as plataformas de partilha de vídeo em detrimento dos ‘sites’ dos editores, o que aumenta os desafios de monetização de produção de conteúdos e conexão destes últimos”.

O estudo completo da ‘Análise Económica e Financeira ao Setor de Media em Portugal no ano 2023’ pode ser consultado na página da ERC.

LER MAIS

MAIS LIDAS