REGIÕES
ALDEIAS EVACUADAS EM VISEU
Aldeias do concelho de Viseu foram hoje de madrugada evacuadas na sequência dos vários incêndios que atingiram aquela região, anunciou a Câmara Municipal.
Aldeias do concelho de Viseu foram hoje de madrugada evacuadas na sequência dos vários incêndios que atingiram aquela região, anunciou a Câmara Municipal.
Numa publicação no Facebook, o município de Viseu diz que o “Sistema de Proteção Civil Municipal de Viseu alerta as populações atingidas pelos fogos do seguinte plano de evacuação”.
As populações de Falorca de Silgueiros, Mosteiro e Póvoa Dão são retiradas para o Largo de Loureiro de Silgueiros, enquanto as de Outeiro de Farminhão são reencaminhadas para o Largo de Farminhão.
De Vila Chã de Sá, as populações são retiradas para o Largo da Igreja.
Alerta ainda a autarquia para cuidados com a condução de veículos, já que “fumos densos diminuem a visibilidade”.
O Plano Municipal de Emergência foi ativado hoje, em Viseu, tendo sido abertos dois centros de acolhimento para assistir os afetados pelos fogos, anunciou a Câmara Municipal de Viseu.
O plano foi ativado pelas 04:00 por decisão do presidente do município, indicou a câmara através de um comunicado divulgado na página da rede social Facebook.
Os centros de acolhimento estão localizados no Regimento de Infantaria, número 14 (na avenida com o mesmo nome), e no Quartel dos Bombeiros Municipais (Praça D. João I).
“Aqui as populações poderão encontrar abrigo, apoio e os bens essenciais neste período de emergência”, afirmou a autarquia.
Centenas de incêndios deflagraram no domingo causando pelo menos seis mortes, 25 feridos, povoações evacuadas e casas destruídas.
No primeiro ‘briefing’ do dia, a adjunta nacional de operações da Proteção Civil Patrícia Gaspar disse que domingo, 15 de outubro, “foi o pior dia do ano em matéria de incêndios”.
Durante o dia de domingo foram registados 443 incêndios, sendo que os distritos mais afetados foram Aveiro (com 56 fogos), Braga (com 38), Coimbra (com 25), Porto (com 120 incêndios) e Viseu (com 36).
O primeiro-ministro, António Costa, disse manter a confiança na ministra da Administração Interna, posição tomada no Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Oeiras, tendo ao seu lado a ministra, Constança Urbano de Sousa.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, solidarizou-se com as populações e defendeu que “se analise” o que aconteceu este ano em Portugal no que diz respeito aos incêndios.
Os fogos que estão em curso desde domingo provocaram pelo menos seis mortos: duas pessoas morreram em Penacova (distrito de Coimbra), uma na Sertã (distrito de Castelo Branco) e duas em Oliveira do Hospital. Uma sexta vítima mortal foi registada em Nelas (Viseu), tratando-se de uma pessoa que estava dada como desaparecida.
Em Nelas, outra pessoa continua desaparecida.
REGIÕES
AÇORES: AVISO AMARELO DE CHUVA FORTE E TROVOADA – IPMA
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu hoje avisos amarelos para as nove ilhas dos Açores, devido às previsões de “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada”, a partir da madrugada.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu hoje avisos amarelos para as nove ilhas dos Açores, devido às previsões de “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada”, a partir da madrugada.
Segundo o IPMA, para as ilhas do grupo Central (Terceira, São Jorge, Pico, Graciosa e Faial) o aviso vai vigorar entre as 00:00 de segunda-feira e as 06:00 de terça-feira.
No grupo Ocidental (Corvo e Flores) entre as 06:00 de segunda-feira e as 15:00 de terça-feira.
No grupo Oriental (Santa Maria e São Miguel), o aviso amarelo é válido entre as 06:00 de segunda-feira e as 12:00 de terça-feira.
O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
REGIÕES
FUNDÃO: TEMPERATURAS BAIXAS NA FLORAÇÃO PROVOCAM QUEBRAS DE 70% NA CEREJA
Uma quebra de cerca de 70% na produção da cereja do Fundão em relação a anos normais é a expectativa dos produtores para esta campanha, devido ao longo período de temperaturas baixas durante a floração.
Uma quebra de cerca de 70% na produção da cereja do Fundão em relação a anos normais é a expectativa dos produtores para esta campanha, devido ao longo período de temperaturas baixas durante a floração.
O gerente da associação de fruticultores Cerfundão, Filipe Costa, disse que as árvores têm pouco fruto e que a situação é transversal a todas as variedades, embora tenha sublinhado que a qualidade da cereja está assegurada.
“As perspetivas são de uma quebra de produção bastante significativa em comparação com anos normais de produção, a rondar os 70% de quebra, motivada pelas condições climáticas muito nefastas no período de floração e do vingamento das cerejeiras, que resultaram em pouca fruta nas árvores”, explicou, em declarações à agência Lusa, Filipe Costa.
Segundo o engenheiro agrónomo, além das temperaturas muito baixas, registaram-se alguns episódios pontuais de granizo.
Filipe Costa acrescentou que se verificou a necrose dos tecidos da flor e a impossibilidade de vingamento do fruto, mas que “as temperaturas baixas fazem também com que os insetos polinizadores não estejam disponíveis para fazer o seu trabalho”.
“Não havendo vingamento do fruto, não há produção de uma forma transversal em todas as variedades, porque este período de temperaturas muito baixas prolongou-se por muito tempo durante a floração”, lamentou o gerente da Cerfundão.
No caso da Cerfundão, que tem 25 associados e 300 hectares de pomares de cereja, embora nem todos estejam em plena produção, e uma capacidade instalada para trabalhar com 1.200 toneladas em anos normais de produção, este ano o responsável antecipa que “não ultrapasse as 400 toneladas” na associação de fruticultores, no distrito de Castelo Branco.
Filipe Costa destacou que as condições registadas “não têm qualquer impacto na qualidade, pelo contrário”.
“Vamos ter fruto com melhor sabor, com melhor açúcar, com melhor acidez, com maior calibre. A qualidade será potenciada devido ao facto de haver menos fruta nas árvores. Há menos competição dos frutos uns com os outros e a qualidade será beneficiada na comercialização”, referiu o engenheiro agrónomo.
Apesar de prever um aumento do preço, Filipe Costa antecipou uma perda de rentabilidade.
“A quebra de produção que existe não tem elasticidade suficiente para colmatar a quebra de produção que os produtores têm nos teus pomares, de maneira que vai ser uma campanha negativa em termos de rentabilidade económica”, sublinhou, em declarações à Lusa, o gerente da Cerfundão.
Filipe Costa lembrou que desde 2020 têm sido anos “complicados para a fileira da cereja”, com o impacto económico e social que tem na região.
“Os últimos anos têm tido um impacto económico difícil de gerir”, comentou o produtor.
A Cerfundão começou esta semana a comercializar cereja, uma semana mais cedo em relação ao ano passado, e nos pomares a sul da serra da Gardunha há produtores que iniciaram a apanha na semana passada.
Filipe Costa informou que tal se deve “à própria fenologia da cultura” e às temperaturas um pouco mais amenas em dezembro e janeiro, que fizeram antecipar o ciclo vegetativo.
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