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SAÚDE: GESTORES DE HOSPITAIS “TEMEM” O VERÃO POR FALTA DE PROFISSIONAIS

O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) considerou hoje “muito provável” que hospitais voltem a enfrentar dificuldades de funcionamento neste verão, tendo em conta que continuam a debater-se com falta de profissionais de saúde.

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O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) considerou hoje “muito provável” que hospitais voltem a enfrentar dificuldades de funcionamento neste verão, tendo em conta que continuam a debater-se com falta de profissionais de saúde.

“O ano passado tivemos dificuldades porque tínhamos falta de recursos humanos. Se essa falta de recursos humanos se mantém, então é muito provável que os resultados sejam os mesmos”, adiantou Xavier Barreto à agência Lusa.

De acordo com o presidente da APAH, tudo indica que a situação dos hospitais nos próximos meses “não vai ser muito diferente” da verificada durante o verão de 2023, com urgências a funcionar de forma rotativa, uma vez que “as circunstâncias não se alteraram assim tanto” deste então.

Hoje no Porto, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, remeteu a responsabilidade pela elaboração do Plano de Verão para os administradores hospitalares, mostrando-se disponível para “ajudar” os hospitais.

“O enquadramento legal do Plano de Verão relativamente aos constrangimentos das urgências, e em alturas como esta de muitos feriados com muito turismo e equipas mais diminutas, é dos nossos administradores hospitalares”, salientou a governante.

“Todos os dias enviamos mais um ’email’ com contactos para que reportem situações de constrangimento mais repentino por exemplo por doenças de médicos ou prestadores que não compareceram (…). Falamos com todos eles. Naqueles em que há mais constrangimentos estamos deste lado para ajudar não só em necessidades de contratação, mas também de reforço das equipas”, disse ainda Ana Paula Martins.

À Lusa, Xavier Barreto adiantou que, em vez desse plano, poderá passa a existir uma metodologia de articulação diferente da existente nos anos anteriores.

“Não existirá propriamente um plano como existiu no passado, existirá uma articulação próxima e permanente entre o Ministério da Saúde e os diferentes hospitais. Isso poderá ser uma metodologia diferente daquela que adotamos no passado. Veremos”, referiu o presidente da APAH.

Perante eventuais novos constrangimentos nas escalas das equipas médicas, Xavier Barreto disse esperar que novamente os hospitais tenham de se organizar entre si, de uma “forma coordenada, para mitigar essas dificuldades”.

“No ano passado foi possível o Serviço Nacional de Saúde manter a resposta à população. Temos de encarar essas circunstâncias com preocupação, naturalmente com empenho, mas sem dramatizar em demasia a situação”, salientou.

Na quinta-feira, a grande afluência às urgências do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, provocou tempos de espera “mais elevados do que o desejado”, de acordo com fonte da unidade de saúde, tendo chegado às 13 horas de espera.

Em 02 de junho, A Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e o bloco de partos do Hospital de Aveiro estiveram encerrados durante o dia por falta de médicos disponíveis.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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