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NACIONAL

MARCA GOV.PT UNIFORMIZA CANAIS DE ATENDIMENTO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

O Governo lança a marca gov.pt que uniformiza canais de atendimento dos serviços públicos, cujo objetivo “é facilitar a relação do cidadão e das empresas, com o Estado”, afirma à Lusa a ministra da Juventude e Modernização.

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O Governo lança a marca gov.pt que uniformiza canais de atendimento dos serviços públicos, cujo objetivo “é facilitar a relação do cidadão e das empresas, com o Estado”, afirma à Lusa a ministra da Juventude e Modernização.

“Temos uma proliferação de ‘websites’, temos mais de 300 sinalizados e o cidadão muitas vezes não sabe onde é que se deve dirigir, ou tem de se dirigir a vários ‘websites’ para conseguir tratar, às vezes, até de um mesmo problema”, explica Margarida Balseiro Lopes.

O objetivo “com a criação do portal único dos serviços digitais com a marca gov.pt é o cidadão dirigir-se a este ‘site’ e lá conseguir tratar um conjunto de serviços que são disponibilizados pela Administração Pública”, adianta a governante.

Isto assenta numa “visão omnicanal”, ou seja, a “possibilidade do cidadão sobre um determinado processo (…), integrando todos os canais de atendimento, começar eventualmente no telefone e de conseguir finalizar, por exemplo, no portal único de serviços digitais”, prossegue a ministra da Juventude e Modernização.

E o que é que o portal vai ter? Por exemplo, “vai ter o histórico das interações, nomeadamente as interações que aquele cidadão teve a propósito do IMT ou do IMI, que teve na repartição das Finanças X com o telefonema que fez” para o número único “para onde os cidadãos devem ligar e que concluiu, por exemplo, com o pagamento do valor através de uma interação que teve com o ‘site’”.

Tudo isto “sempre com esta preocupação: como é que nós facilitamos a interação do Estado com as pessoas”, reforça a governante.

O portal único dos serviços digitais gov.pt será lançado em setembro e no próximo ano haverá uma ‘app’ [aplicação] “em que a filosofia é exatamente” esta: que “o Estado concentre nesta aplicação os vários serviços que disponibiliza aos cidadãos”, diz.

“Devemos privilegiar o digital”, mas para isso “precisamos de informar e capacitar as pessoas e não temos sido bem sucedidos neste exercício e temos de melhorar a forma como informamos as pessoas, porque muitas vezes vão para o presencial porque não sabem que podem tratar numa Loja de Cidadão, por exemplo”, salienta.

E também “temos de informar as pessoas que, tendo mais dificuldades no acesso a estes serviços de forma digital, que existem espaços que são Espaços Cidadão, que neste momento há 891 – o último foi inaugurado em Braga e temos um horizonte de 400 até 2026 – para que possam ter alguém, que é uma espécie de mediador que apoia, que auxilia o cidadão a tratar de um determinado problema através de um ‘tablet’”, explica.

Trata-se de um atendimento digital, mas assistido: “Esta é uma dimensão muito importante porque a pessoa está a dar este apoio nestes Espaços [Cidadão] para duas coisas, em primeiro lugar ajuda este cidadão a resolver o seu problema, mas em segundo lugar tornam-no mais autónomo para que de futuro possam utilizar os canais digitais”.

A marca gov.pt, adianta, “vai ser anunciada no NOS Alive”.

“Vamos ter um ‘stand’ já com a marca”, sendo que o ‘site’ é lançado em setembro, tratando-se de um projeto com várias etapas.

Além disso, “vamos ter este mês o primeiro Conselho de Ministros para a Transição Digital e Modernização, que é também uma mudança, porque nós temos os Conselhos de Ministros que se reúnem todas as semanas, mas tendo em conta a centralidade deste tema (…) existirão trimestralmente Conselhos de Ministros destinados” a esta matéria, sublinha.

“Isto porquê? Porque isto não está num único ministério. Isto está em vários ministérios. Isso significa que neste Conselho de Ministros que é presidido pelo primeiro-ministro, são feitos pontos de situação e apresentação de novas iniciativas para que este esforço não seja só do ministério da Modernização”, mas de todos os ministérios e de toda a Administração Pública.

O serviço de atendimento telefónico, que atualmente está apenas disponível em português, vai passar a estar disponível noutras línguas.

“Hoje em dia nós temos uma percentagem muito significativa” de estrangeiros a viver em Portugal e “também temos de ter resposta nessas línguas”, explica.

Questionada sobre se vai haver reforço de pessoal, a ministra da Juventude e Modernização afirma: “Temos de utilizar muitos dos recursos que temos e esta também é uma preocupação que nós temos, até porque muito recentemente tivemos uma resolução do Conselho de Ministros” sobre o reforço do atendimento sem marcação.

“É muito importante percebermos que os problemas não são os mesmos no concelho A ou no concelho B, nem sequer na Loja ou no Espaço A ou no Espaço B. E, portanto, tem de haver uma sinalização dos constrangimentos que existem e quais é que são essas razões”, prossegue.

Em alguns casos haverá falta de recursos humanos, “mas noutros casos há uma gestão ineficiente dos recursos que atualmente existem e é aqui que nós temos também de atuar”, remata Margarida Balseiro Lopes.

NACIONAL

MORTALIDADE INFANTIL REGRESSOU A NÍVEIS PRÉ-PANDEMIA – DGS

A taxa de mortalidade infantil estabilizou e regressou aos níveis pré-pandemia e, nos últimos dois anos, as mortes maternas baixaram, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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A taxa de mortalidade infantil estabilizou e regressou aos níveis pré-pandemia e, nos últimos dois anos, as mortes maternas baixaram, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A informação foi avançada à agência Lusa pela diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, a propósito dos relatórios que a DGS divulga esta quinta-feira sobre a mortalidade infantil e materna no período 2017-2021.

“Aquilo que nós conseguimos ver, no caso da mortalidade materna, é que nos últimos dois anos, com análises preliminares, nós conseguimos ver até alguma diminuição e, no caso da mortalidade infantil, (…) uma estabilização, mas conseguimos ver que os níveis observados vão para aqueles níveis que eram os níveis pré-pandemia”, afirmou.

No caso da mortalidade materna, segundo explicou, o relatório incorpora o trabalho desenvolvido pela comissão criada em 2020 para analisar este fenómeno e também os dados recolhidos através do Sistema de Informação de Certificados de Óbito (SICO).

Sobre o trabalho da comissão criada em 2020 para estudar a mortalidade materna, cujo trabalho nunca foi tornado público, Rita Sá Machado explicou essa opção com o facto de tal documento conter “dados muito sensíveis” que poderiam permitir identificação de pessoas.

Quanto a distância entre o período abrangido pelos relatórios divulgados esta quinta-feira pela DGS e os números mais recentes já divulgados, por exemplo, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a responsável explicou: “São dois trabalhos distintos: num estamos a falar daquilo que são indicadores simples, olhando para tendências, se os indicadores vão aumentando ou diminuindo. Uma outra coisa foi o que trabalhámos de uma forma detalhada, olhando com uma dimensão mais profunda, com recomendações específicas”.

Os dados divulgados esta quita-feira indicam que após 2015 manteve-se o aumento do numero de mortes maternas, variando entre sete e 17. O valor máximo observado no período em análise verificou-se em 2020, coincidente com a pandemia de covid-19 (17 mortes).

Admite ainda que a aplicação dos respetivos mecanismos de melhoria pode justificar o aumento do número de mortes maternas e do Rácio de Mortalidade Materna (RMM) a partir de 2014, “pelo aumento da sensibilidade e pela diminuição de fenómenos de subnotificação”.

Segundo o relatório, a maioria (51,7%) das mortes maternas no quinquénio 2017-2021 ocorreu em mulheres em menos de 35 anos, apesar do Rácio de Mortes Maternas (que reflete a capacidade do sistema de saúde prestar os cuidados eficazes na prevenção e complicações que ocorrem) é superior nas mulheres com mais de 40 anos de idade.

O documento destaca igualmente a prevalência de carga de doença identificada antes da gravidez, considerando este indicador “de grande relevância”, uma vez que abrange 63% dos casos.

O diagnóstico da obesidade foi o mais prevalente, seguido da hipertensão arterial. Em 33,3% dos casos de morte materna foi identificado um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 25kg/m2 (excesso de peso e obesidade).

A diretora-geral de Saúde sublinha que estas alterações sociodemográficas da população e a carga de doença estão a ter efeitos nas mães e, por isso, defende um acompanhamento das diretrizes emanadas pela DGS e da “própria prestação e organização dos serviços de saúde” para acompanhamento destas mães.

Nas conclusões do relatório, a DGS refere que embora a maioria das mortes maternas ocorra em mulheres portuguesas, o rácio de mortalidade materna (RMM) nas mulheres estrangeiras é superior.

Esta situação leva a responsável da DGS a considerar necessário “um melhor conhecimento dos próprios profissionais que estão no atendimento, para que o processo de atendimento seja mais célebre a algumas destas mulheres [estrangeiras]”.

A este propósito, a DGS recomenda no relatório a elaboração e divulgação de uma circular conjunta sobre procedimentos no atendimento de grávidas de nacionalidade estrangeira.

Questionada sobre se uma possível alteração na Lei de Bases da Saúde que restrinja acesso a cidadãos estrangeiros a casos urgentes ou se o ato for pago, Rita Sá Machado recorda:”uma grávida, quer no seu acompanhamento, quer em qualquer problema que tenha durante a gravidez, é sempre olhado como questões de urgência ou emergência”.

No relatório sobre a mortalidade materna, a DGS recomenda ainda que se assegure que uma grávida não vigiada tem uma consulta num prazo de uma semana após o pedido da unidade de saúde, seja qual for o trimestre da gravidez.

A melhoria da vigilância da saúde das grávidas em condições de risco e com necessidade de vigilância acrescida, garantindo de é encaminhada dos cuidados de saúde primários para consulta específica e ser atendida no praz máximo de duas semanas, são outras das recomendações.

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HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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