REGIÕES
AÇORES: HOSPITAL DE PONTA DELGADA EM SITUAÇÃO “INSUSTENTÁVEL”
O Hospital Divino Espírito Santo (HDES), nos Açores, registou um défice de 14,7 milhões de euros entre 2019 e 2022 e vive uma situação de “insustentabilidade financeira” devido a “subfinanciamento crónico”, segundo o Tribunal de Contas (TdC).
O Hospital Divino Espírito Santo (HDES), nos Açores, registou um défice de 14,7 milhões de euros entre 2019 e 2022 e vive uma situação de “insustentabilidade financeira” devido a “subfinanciamento crónico”, segundo o Tribunal de Contas (TdC).
De acordo com uma auditoria do TdC, consultada hoje pela agência Lusa, o maior hospital dos Açores recebeu um “assinalável reforço das verbas” através do Orçamento da região entre 2019 e 2022, mas aquele valor foi “insuficiente para assegurar a cobertura dos gastos incorridos com o nível de cuidados de saúde prestados”.
“Os gastos suportados pelo HDES naquele período (574,4 milhões de euros) excederam em 14,7 milhões de euros os rendimentos obtidos (559,7 milhões de euros), défice revelador da persistência de uma situação de subfinanciamento das respetivas atividades, tal como foi reconhecido pela tutela em contraditório”, lê-se no documento.
No final de 2022, os fundos próprios do hospital de Ponta Delgada cifraram-se em “apenas 3,7 milhões de euros”, tendo a unidade registando um passivo de 96,3 milhões de euros e um ativo de cerca de 100 milhões de euros, revela o relatório.
“O passivo corrente, ou seja, as responsabilidades com exigibilidade até 12 meses, ascendia a cerca de 92,1 milhões de euros (96% do passivo), traduzindo uma situação de insustentabilidade financeira que decorre do subfinanciamento crónico da respetiva atividade”, reforça o tribunal.
Segundo o TdC, as receitas com origem no Orçamento da região, de cerca de 539 milhões de euros, constituíram a “principal fonte de financiamento” (cerca de 86,5%) do HDES.
Daquele montante, 522 milhões de euros (84,2% do financiamento total) foram transferidos para o hospital ao abrigo do contrato-programa para o triénio 2019-2021, um modelo de financiamento que, alerta o Tribunal, “não corresponde ao legalmente previsto”.
“O modelo de financiamento subjacente ao contrato-programa, e respetivas modificações, não corresponde ao legalmente previsto, porquanto os instrumentos contratuais foram celebrados com atraso e o pagamento das contrapartidas financeiras acordadas não ficou dependente do cumprimento de objetivos”, destacam.
O TdC aponta a redução do financiamento público em 2022 (em comparação com 2021) como a causa da “inflexão da trajetória de recuperação” económica do HDES, que tinha sido encetada em 2020.
“A redução do financiamento público, em 2022, face ao ano anterior, num contexto em que a produção hospitalar superou os níveis pré-pandemia e os gastos operacionais sofreram os efeitos da acentuada subida da inflação, acabou por determinar a inflexão da trajetória de recuperação dos resultados económicos do HDES”, realçam os juízes.
O TdC assinala que “não existem evidências de que as tutelas tenham efetuado diligências no sentido da apresentação do referido plano de liquidação dos pagamentos em atraso” e recomenda que seja assegurado o “cumprimento do regime jurídico dos hospitais” e se “controle a execução dos contratos-programa”.
Em 04 de maio, o hospital de Ponta Delgada ficou inoperacional devido a um incêndio que obrigou a transferir todos os doentes internados para outras unidades de saúde dos Açores, da Madeira e do continente.
Atualmente, alguns serviços já estão a funcionar no edifício do HDES, mas o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) já revelou a intenção de realizar uma obra estrutural para modernizar o maior hospital dos Açores.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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