Ligue-se a nós

ECONOMIA & FINANÇAS

MOODY’S VAI TIRAR PORTUGAL DO “LIXO”

Foi a primeira a pôr a dívida portuguesa em categoria especulativa e será a última entre as grandes agências de rating mundiais a tirar o País da categoria “lixo”, depois de S&P e Fitch terem feito o mesmo. Regresso a grau de investimento deverá acontecer em Abril.

Online há

em

Foi a primeira a pôr a dívida portuguesa em categoria especulativa e será a última entre as grandes agências de rating mundiais a tirar o País da categoria “lixo”, depois de S&P e Fitch terem feito o mesmo. Regresso a grau de investimento deverá acontecer em Abril.

A Moody’s deverá retirar Portugal do ‘lixo’ em Abril, devido às “melhorias notáveis” nas contas públicas e na economia, mas alerta que a dívida elevada está a limitar a margem do país para investir e reagir a choques.

“Portugal está prestes a regressar à nota de investimento”, segundo a apresentação de Evan Wohlmann, vice-presidente responsável pela avaliação do risco soberano da Moody’s, numa conferência promovida pela agência de ‘rating’ hoje em Lisboa.

Em setembro, a Moody’s melhorou a perspetiva sobre a dívida pública portuguesa de estável para positiva, mantendo, no entanto, a notação atribuída a Portugal em ‘Ba1’, um nível especulativo, vulgarmente chamado de ‘lixo’. Uma perspetiva positiva indica que a notação poderá ser melhorada num horizonte até 18 meses. Recorde-se que a Moody’s tem agendada a próxima revisão do rating português para 20 de abril.

Apesar de na conferência Evan Wohlmann se ter mostrado otimista, quando questionado diretamente pela agência Lusa se uma melhoria do rating na próxima revisão está garantida, o analista disse estar à espera de sinais positivos também para o médio prazo.

“Claro que quando há uma perspectiva positiva ela exerce uma pressão para a revisão em alta do rating”, afirmou Evan Wohlmann em declarações à Lusa, acrescentando que “aguarda a confirmação de que estas tendências [positivas] podem ser sustentadas e de que a dívida vai começar a seguir uma tendência de queda”.

O analista da Moody’s disse que a avaliação não respeita apenas a 2017 ou 2018, mas que está relacionada também com o médio prazo: “Precisamos de estar confiantes de que o perfil de crédito de Portugal pode manter-se quando o ciclo mudar, absorver choques futuros que possam acontecer no futuro”, disse.

Ainda assim, “os desenvolvimentos até aqui têm estado em linha com as expectativas” da Moody’s, a única agência de rating que ainda mantém Portugal num nível especulativo.

Na conferência, Evan Wohlmann afirmou que a perspetiva portuguesa reflete as “melhorias notáveis na frente orçamental e económica”, admitindo que as previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o conjunto de 2017 “ultrapassaram as expectativas”.

Recorde-se que, na quarta-feira, a Comissão Europeia reviu em alta a previsão para o crescimento do PIB português para 2,7% no conjunto do ano passado. Apenas na próxima semana é que o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga a primeira estimativa rápida sobre esse indicador.

“A recuperação é abrangente a todas as componentes e tem uma diferença em relação a outros anos, o investimento”, disse o analista da Moody’s, destancado também o aumento das exportações.

Na frente orçamental, Evan Wohlmann destacou também a redução do défice orçamental, mas lembrou que Portugal se insere na grande maioria dos países que este ano deverá ver um agravamento do seu saldo estrutural (que não tem em consideração os impactos do cíclo económico).

Apesar das questões positivas, o analista afirmou que a crise deixou legados em Portugal que ainda continuam a pesar na economia: a elevada dívida pública, que a Moody’s espera que “finalmente comece a descer”, e os créditos não performativos (NPL, na sigla em inglês).

Para Evan Wohlmann, a dívida pública “reduz a margem orçamental para absorver outros choques e para investir”.

Publicidade

HELPO, EU CONSIGNO EU CONSIGO, IRS 2024
ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

ECONOMIA & FINANÇAS

RECICLAGEM EM PORTUGAL CONTINUA AQUÉM DAS METAS DEFINIDAS

A recolha seletiva de resíduos em Portugal continua abaixo das metas definidas para 2025, sendo o plástico o menos reciclado, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Online há

em

A recolha seletiva de resíduos em Portugal continua abaixo das metas definidas para 2025, sendo o plástico o menos reciclado, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

No relatório da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) sobre reciclagem relativo a 2022, a recolha indiferenciada (lixo comum) representa 77% dos resíduos recolhidos, enquanto a recolha seletiva (reciclagem) representa apenas 21%.

A APA alerta que, apesar de algumas melhorias na recolha seletiva, que tem aumentado na última década, a taxa de recolha indiferenciada “mantém-se elevada” e que “é crucial inverter” o panorama.

Segundo os dados do relatório, o vidro foi o resíduo mais reciclado em 2022, representando cerca de 55% da recolha, enquanto a percentagem de plástico reciclado é de apenas 22% e a de papel e cartão de 47%.

A agência refere que nos resíduos urbanos produzidos em Portugal, a maioria – cerca de 57% – é depositada em aterro e apenas 16% são encaminhados para reciclagem.

A recolha de resíduos indiferenciados representa cerca de 80% do recolhido em 2022, sendo este um indicador “que ao longo dos anos não tem dado sinais de melhoria”, apesar dos investimentos efetuados para o efeito.

A APA diz ainda que os resíduos recolhidos de forma indiferenciada têm “um enorme potencial” que é pouco aproveitado, por terem como destino o aterro ou a valorização energética.

Citada em comunicado a propósito do Dia Internacional da Reciclagem, que se comemora hoje, a diretora executiva da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, defende que Portugal “tem feito um trabalho notável no que diz respeito à reciclagem de embalagens” e o sistema “tem vindo a evoluir”, mas considera que “é preciso acelerar” porque o país “tem novas metas para cumprir”.

“Motivar para gerar ainda mais ação é fundamental. São os cidadãos que depositam as suas embalagens nos ecopontos e, por isso, a par de terem ao dispor um serviço de qualidade e conveniente, há que investir em campanhas de proximidade e diferenciadoras, ensinando o impacto positivo que este gesto tem no planeta”, argumenta.

De acordo com os objetivos definidos pela União Europeia, os estados-membros devem reciclar cerca de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado até ao final de 2025.

LER MAIS

ECONOMIA & FINANÇAS

IMPOSTOS: COBRANÇA COERCIVA DE DÍVIDAS FISCAIS DISPARA 21% EM 2023

O valor da cobrança coerciva de dívidas fiscais ascendeu a 1.294,9 milhões de euros em 2023, mais 20,9% face ao ano anterior, segundo a Conta Geral do Estado (CGE) do ano passado, hoje divulgada.

Online há

em

O valor da cobrança coerciva de dívidas fiscais ascendeu a 1.294,9 milhões de euros em 2023, mais 20,9% face ao ano anterior, segundo a Conta Geral do Estado (CGE) do ano passado, hoje divulgada.

A Conta Geral do Estado de 2023, publicada hoje pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) e entregue na quarta-feira à Assembleia da República e ao Tribunal de Contas, revela que foi registado em receita do Estado decorrente da cobrança coerciva um acréscimo de 223,6 milhões de euros em 2023 face a 2022, totalizando 1.294,9 milhões de euros.

Para este acréscimo contribuíram, essencialmente, o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS), com um acréscimo de 24,3%, o imposto sobre o valor acrescentado (IVA), com um aumento de 15,2%, e nos juros de mora, de 34,8%.

Apenas se observa um decréscimo pouco significativo na recuperação de dívidas relativas ao Imposto do Selo (IS) e nas reposições não abatidas nos pagamentos, de 23,1% e 37,8%, respetivamente, o correspondente a cerca de 3,4 e 0,4 milhões de euros.

O IRS é o imposto com o maior peso das dívidas fiscais recuperadas (29,7%), totalizando 384,8 milhões de euros, seguido pelo IRC (14,8%), com um total de 191,2 milhões de euros, e pelo IVA (23,3%), que ascendeu a 301,3 milhões de euros.

Por outro lado, as reposições não abatidas nos pagamentos têm o menor peso das dívidas fiscais recuperadas (0,1%), seguida pelo imposto do selo (1%).

De acordo com a CGE, a receita por cobrar pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) — passado o prazo de cobrança voluntária – ascendeu a 26.757,7 milhões de euros no final de 2023, representando um aumento de 10,2% face ao valor de 2022.

O documento indica que “para esta evolução contribuiu o aumento de 721,4 milhões de euros (+10,1%) da dívida ativa e de 1726,6 milhões de euros (+19,9%) da dívida incobrável”.

No final de 2023, 29,9% da carteira correspondia a dívida ativa, 31,6% a suspensa e 38,9% classificada como incobrável.

LER MAIS
Subscrever Canal WhatsApp
RÁDIO ONLINE
ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL

LINHA CANCRO
DESPORTO DIRETO
A RÁDIO QUE MARCA GOLOS
FAMALICÃO X BENFICA


RÁDIO REGIONAL NACIONAL: SD | HD



RÁDIO REGIONAL VILA REAL


RÁDIO REGIONAL CHAVES


RÁDIO REGIONAL BRAGANÇA


RÁDIO REGIONAL MIRANDELA


MUSICBOX

WEBRADIO 100% PORTUGAL


WEBRADIO 100% POPULAR


WEBRADIO 100% LOVE SONGS


WEBRADIO 100% BRASIL


WEBRADIO 100% OLDIES


WEBRADIO 100% ROCK


WEBRADIO 100% DANCE


WEBRADIO 100% INSPIRATION

KEYWORDS

FABIO NEURAL @ ENCODING


NARCÓTICOS ANÓNIMOS
PAGAMENTO PONTUAL


MAIS LIDAS