NACIONAL
FUNCIONÁRIOS JUDICIAIS INDIGNADOS
Os funcionários Judiciais estão indignados por alegadamente terem sido obrigados a trabalhar no Dia de Carnaval quando existira tolerância de ponto.
O Sindicato dos Funcionários Judiciais acusou ontem os coordenadores das Comarcas de Lisboa Norte e de Faro de terem desrespeitado a tolerância de ponto que o governo deu aos funcionários públicos para o dia de Carnaval.
Na sua página de Facebook, o sindicato considerou que ninguém para além da “Sra. Ministra da Justiça tem competência para determinar a prestação de serviço no dia da tolerância de ponto”. Neste sentido, o sindicato considera que as decisões, via despachos, dos magistrados coordenadores da Comarca de Faro e de Lisboa Norte são “ilegais” e, por isso, “não devem ser acatadas”.
Na Comarca de Lisboa Norte encontravam-se ontem dez funcionários judiciais a exercer as suas funções normais, enquanto na de Faro foram nove. No comunicado, a estrutura sindical também reforçou que numa reunião com a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, ocorrida a 25 de janeiro, ficou acordado que “os funcionários públicos, todos, deverão usufruir da tolerância de ponto no Carnaval no dia 13 de fevereiro”. Contactado pela organização para saber se o estabelecido se mantinha, explicam, o ministério respondeu não serem necessários serviços urgentes e “considerou não ser necessária a prolação de qualquer despacho”.
Para os funcionários que decidissem desobedecer às ordens, a organização sindical reiterou “todo o apoio legal” aos colegas que “desobedecendo a estas ordens ilegais venham a ser alvo de qualquer represália”.
Em sintonia com o comunicado publicado, Carlos Almeida, presidente do sindicato, disse, em declarações à SIC Notícias, que os “procuradores estão a exorbitar e muito as suas competências. Estão a cometer uma ilegalidade que nós não podemos deixar em claro”. O sindicalista denunciou ainda que apenas se exigiu aos funcionários destas comarcas que trabalhassem, não sendo obrigatório os magistrados fazê-lo, uma situação que impede o regular funcionamento da comarca por os funcionários não poderem avançar com os processos sozinhos.
“Os senhores juízes presidentes entenderam, e bem, que não havia nenhum serviço urgente a fazer e por isso não se entende esta prepotência por parte de dois magistrados do Ministério Público”, explicou.
Para que o assunto não caia no esquecimento e nada seja feito, o Sindicato já pediu formalmente cópias dos despachos dos magistrados para exigir a abertura de processos disciplinares à Procuradoria-Geral da República e Conselho Superior do Ministério Público por desrespeito à tolerância de ponto.
A tolerância de ponto para ontem foi concedida pelo primeiro-ministro, António Costa, em despacho. “É concedida tolerância de ponto aos trabalhadores que exercem funções públicas nos serviços da administração directa do Estado, sejam eles centrais ou desconcentrados, e nos institutos públicos no próximos dia 13” de Fevereiro, podia ler-se no despacho. Como justificação, Costa advogou que “embora a terça-feira de Carnaval não conste da lista de feriados obrigatórios estipulados por lei”, o governo considerou que “existe em Portugal uma tradição consolidada de organização de festas neste período.
NACIONAL
HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.
“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.
Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.
Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.
Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.
O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.
O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.
NACIONAL
ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.
De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.
No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.
Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.
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