ECONOMIA & FINANÇAS
TOYS’R US EM FALÊNCIA
Depois de anunciar o encerramento das lojas no Reino Unido e nos EUA, a Toys R Us declarou insolvência em Portugal. A empresa revelou a falência há seis meses e não consegue encontrar comprador.
A Toys “R” Us Iberia Real Estate, sociedade da Toys “R” Us Iberia detentora de parte dos imóveis do grupo em Espanha e Portugal, solicitou uma assembleia de credores no tribunal de Comércio de Madrid, informou hoje a empresa.
As restantes sociedades do Grupo Toys “R” Us Iberia mantêm a atividade com normalidade e iniciaram os processos necessários para procurar potenciais compradores do negócio na Península Ibérica, explica a empresa.
A solicitação de uma assembleia de credores desta empresa, que possui 26 imóveis, tem como objectivo, segundo o grupo, proteger os activos imobiliários da cadeia de brinquedos.
A Toys “R” Us Iberia Real Estate garante solidariamente o financiamento emprestado ao grupo por diferentes fundos internacionais.
Em 14 de março último, o grupo anunciou que vai encerrar todas as lojas no Reino Unido, deixando mais de três mil pessoas no desemprego. No dia seguinte, divulgou que vai proceder à liquidação da negócio nos Estados Unidos.
Coincidindo com aquele anúncio, a Toys “R” Us Iberia explicou que estudaria a viabilidade em Espanha e a possibilidade de vender o seu negócio no mercado espanhol, onde possui 53 lojas e 1.600 empregados.
“Estamos a trabalhar, em estreita colaboração com os nossos assessores, para alcançar medidas que nos permitam preservar a continuidade da nossa actividade em Espanha, bem como os interesses dos nossos colaboradores e empregados”, afirmou naquela ocasião o diretor-geral da Toys “R” Us em Espaha e Portugal, Jean Charretteur.
A Toys “R” Us entrou em Portugal em 1993, com a abertura das lojas de Telheiras (Lisboa) e de Vila Nova de Gaia. Um ano depois inaugurou a unidade no Cascais Shopping e em 1997 em Braga e no Centro Comercial Colombo (Lisboa).
Em 2002 inaugurou duas lojas no Almada Fórum e no Aveiro Retail Park. Em 2012 chegou ao Freeport, em 2014 ao Mar Shopping, em 2016 abriu em Braga e, em 2017, abriu a loja em Guimarães, de acordo com dados da empresa.
Em setembro, a cadeia de brinquedos tinha cerca de 1.700 lojas em todo o mundo e, em 2016, gerou uma receita de 11.500 milhões (cerca de 9.590 milhões de euros).
A empresa foi criada em 1948 por Charles Lazarus, que aproveitou o ‘baby boom’ após a Segunda Guerra Mundial, e abriu o seu primeiro estabelecimento em Washington, sob o nome de Children’s Bargain Town.
Em 1957, adotou o nome Toys “R” Us, com o qual entrou em Bolsa em 1978.
Em março de 2005, o consórcio formado pelas firmas Kohlberg Kravis Roberts, Bain Capital e Vornado Realty Trust chegou a um acordo para retirar a Toys “R” Us do mercado e comprá-la por 6.600 milhões de dólares.
Em 2013, abandonou os planos para regressar ao mercado.
Desde então, manteve um alto endividamento, o que limitou sua capacidade de investir em planos de crescimento, incluindo o desenvolvimento do seu canal ‘online’.
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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