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EM PORTUGAL DEMORA-SE 125 ANOS PARA DEIXAR DE SER POBRE

Uma família portuguesa de fracos recursos socioeconómicos pode demorar 125 anos até que os seus descendentes consigam alcançar um salário médio, revela um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre mobilidade social.

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Uma família portuguesa de fracos recursos socioeconómicos pode demorar 125 anos até que os seus descendentes consigam alcançar um salário médio, revela um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre mobilidade social.

O relatório, divulgado hoje, aponta que em Portugal a condição económica transmite-se “fortemente” de geração em geração.

“Tendo em conta a mobilidade de rendimentos de uma geração para a seguinte, bem como o nível de desigualdade salarial em Portugal, pode demorar cinco gerações para que as crianças de uma família na base da distribuição de rendimentos consigam um salário médio”, lê-se na avaliação sobre Portugal.

Os dados da OCDE mostram que em Portugal, 33% das pessoas concordam que a educação dos pais é importante para ser bem-sucedido na vida, uma percentagem ligeiramente inferior à média da OCDE, com 37%, ao mesmo tempo que muitos se revelaram pessimistas sobre as suas hipóteses de melhorarem a sua situação financeira.

Mais de metade dos pais preocupados com futuro económico filhos:

“Apenas uma minoria (17%) esperava em 2015 que a sua situação económica melhorasse no ano seguinte e há uma preocupação em relação ao futuro dos descendentes”, diz a OCDE.

A instituição acrescenta que já em 2018 realizou um inquérito, “Riscos que contam”, em que 58% dos pais portugueses colocaram no top três das suas preocupações o risco dos filhos não alcançarem o nível económico e de conforto que eles já têm.

Na comparação com os restantes países analisados (Austrália, Brasil, Chile, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Coreia, México, Espanha, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos), Portugal surge como aquele onde a “mobilidade medida em termos de educação é menor”.

“Apesar das várias reformas para combater o absentismo escolar e reduzir o abandono escolar precoce, as hipóteses dos mais jovens terem uma carreira de sucesso depende fortemente da sua origem socioeconómica ou do nível de capital humano dos pais”, lê-se no relatório.

A mobilidade social não é distribuída uniformemente ao longo das gerações e em Portugal 24% dos filhos de pais com baixos rendimentos acabam também por ter baixos rendimentos. No lado oposto, 39% das crianças cujos pais têm rendimentos elevados crescem para também elas terem rendimentos elevados.

Por outro lado, relativamente ao tipo de ocupação, 55% das crianças filhas de pais trabalhadores manuais acabam com a mesma ocupação dos pais, contra 37% da média da OCDE. Ao mesmo tempo, os filhos de gestores têm cinco vezes mais probabilidades de serem também gestores.

Olhando para a mobilidade ao longo da vida, o fenómeno em Portugal é igualmente limitado, particularmente na base e no topo, sendo que entre os que estão nos 20% com rendimentos mais baixos há poucas hipóteses de subirem durante quatro anos e 67% acabam por nunca sair.

“No topo, a persistência é ainda maior e 69% dos 20% com rendimentos mais altos ficam lá durante um período de quatro anos”, diz a OCDE.

Para a organização, a falta de mobilidade na base pode estar relacionada com os níveis elevados de desemprego de longa duração e a segmentação do mercado laboral.

A OCDE refere que a falta de mobilidade social não é uma inevitabilidade e que há margem para políticas que aumentem a mobilidade entre gerações e ao longo da vida, deixando três objetivos: apoiar as crianças de meios desfavorecidos, assegurando uma boa educação pré-escolar, combater o desemprego de longa duração e aumentar o nível de qualificações através da educação para adultos.

O relatório pretende mostrar os prejuízos da fraca mobilidade social, em que as pessoas mais pobres, na base da escada remuneratória, têm poucas hipóteses de subir, da mesma maneira que os que estão no topo permanecem lá.

De acordo com a OCDE, isto tem consequências negativas tanto em termos sociais, como económicos e políticos, já que a falta de mobilidade social implica que muitos talentos não estejam a ser aproveitados, o que diminui o potencial crescimento económico, além de reduzir o bem-estar e a coesão social.

LUSA | Nuno Noronha

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HOMENS SÃO MAIS AFETADOS POR DOENÇAS QUE LEVAM À MORTE PREMATURA – ESTUDO

Um estudo hoje divulgado sugere diferenças substanciais entre homens e mulheres no que toca à saúde, com os homens a serem afetados por doenças que conduzem mais à morte prematura.

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Um estudo hoje divulgado sugere diferenças substanciais entre homens e mulheres no que toca à saúde, com os homens a serem afetados por doenças que conduzem mais à morte prematura.

O estudo, divulgado na publicação médica The Lancet Public Health, baseou-se em dados globais de 2021 para comparar o número de anos de vida perdidos – devido a doença e a morte prematura – para 20 das principais causas de doença em homens e mulheres com mais de 10 anos.

A análise estima que o peso para 13 dessas 20 principais causas de doença, incluindo covid-19, lesões na estrada e problemas cardiovasculares e respiratórios, era em 2021 mais elevado em homens do que em mulheres.

Nos homens, a perda de saúde reflete-se sobretudo em patologias que levam mais à morte prematura, como cancro do pulmão, problemas cardíacos e doença renal crónica, segundo o estudo.

Por oposição, as mulheres, que tendem a viver mais tempo, são afetadas por doenças ou incapacidades que se arrastam ao longo da vida, como dor lombar, dor de cabeça, depressão, ansiedade, doença de Alzheimer e outras demências.

A análise feita exclui problemas de saúde específicos do sexo, como cancros da próstata e doenças ginecológicas, mas avalia as diferenças entre homens e mulheres afetados pelas mesmas patologias.

De acordo com os autores do trabalho, as diferenças entre homens e mulheres à escala global no que concerne à saúde foram consistentes desde 1990, excetuando para algumas doenças como a diabetes, cujo diferencial quase triplicou, atingindo mais os homens do que as mulheres.

“O desafio, agora, é conceber, aplicar e avaliar formas de prevenir e tratar as principais causas de morbilidade e mortalidade prematura, baseadas no sexo e no género, desde tenra idade e em diversas populações”, assinalou, citada em comunicado, uma das autoras do estudo, a epidemiologista brasileira Luísa Sorio Flor, do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, Estados Unidos.

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ESTUDO REVELA ALTERAÇÕES CELULARES E MOLECULARES RESULTANTES DO DESPORTO

Um novo estudo realizado por cientistas norte-americanos confirma que a atividade física provoca inúmeras alterações celulares e moleculares nos órgãos com benefícios para a saúde. Os benefícios do exercício físico para a saúde já eram bem conhecidos, mas ainda não está totalmente compreendido como alteram o corpo em nível molecular.

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Um novo estudo realizado por cientistas norte-americanos confirma que a atividade física provoca inúmeras alterações celulares e moleculares nos órgãos com benefícios para a saúde. Os benefícios do exercício físico para a saúde já eram bem conhecidos, mas ainda não está totalmente compreendido como alteram o corpo em nível molecular.

A nova pesquisa, publicada na revista Nature, foi realizada em ratos e foram estudados 19 órgãos. Os resultados demonstram que a resposta do corpo ao exercício prolongado é mais complexa e abrangente do que se pensava anteriormente. Segundo os autores, a atividade física prolongada nesses animais causou alterações profundas no RNA, nas proteínas e nos metabolitos de quase todos os tecidos, fornecendo pistas para muitas condições humanas.

Para chegar a estas conclusões, os cientistas utilizaram uma série de técnicas laboratoriais para analisar alterações moleculares em ratos submetidos a semanas de exercício intenso.

Os cientistas estudaram vários tecidos, como coração, cérebro e pulmões, e descobriram que cada um dos órgãos mudava com o exercício, ajudando o corpo a regular o sistema imunológico, a responder ao stress e a controlar vias relacionadas com doenças inflamatórias do fígado, doenças cardíacas e tecidos.

A investigação foi liderada pelo MoTrPAC (consórcio de transdutores de atividade física), e nela participaram cientistas do Instituto Broad – Instituto Tecnológico do Massachusetts e da Universidade de Harvard – bem como da Universidade de Stanford e dos institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos.

“Este é o primeiro mapa de um organismo inteiro que analisa os efeitos do treino em vários órgãos. Os recursos obtidos serão extremamente valiosos e já produziram muitas perspetivas biológicas potencialmente novas para exploração adicional”, enfatizou Steve Carr, do Broad.

De acordo com Natalie Clark, cientista computacional do Broad, “há uma variedade de experimentações diferentes nos mesmos tecidos e isso deu uma visão global de como todas essas diferentes camadas moleculares contribuem para a resposta ao exercício”.

No total, foram realizados quase 10 mil testes para fazer cerca de 15 milhões de medições em sangue e 18 tecidos sólidos, explicou, em comunicado, o Broad Institute. Os cientistas descobriram que o exercício afetou milhares de moléculas, com as mudanças mais extremas ocorrendo na glândula adrenal, que produz hormonas que regulam muitos processos importantes, como imunidade, metabolismo e pressão arterial.

A pesquisa permitiu observar diferenças por sexo em diversos órgãos, principalmente em relação à resposta imunológica. A maioria das moléculas de sinalização imunológica exclusivas das mulheres mostraram alterações nos seus níveis entre uma e duas semanas de treino, enquanto as dos homens mostraram diferenças entre quatro e oito semanas.

Para sua surpresa, os cientistas encontraram um aumento na acetilação de proteínas mitocondriais, envolvidas na produção de energia, e num sinal de fosforização que regula o armazenamento de energia, tanto no fígado como no organismo, que muda durante o exercício.

Essas modificações poderiam ajudar o fígado tornar-se menos gorduroso e menos propenso a doenças através de exercícios, e poderiam oferecer um alvo para futuros tratamentos da doença hepática gordurosa não alcoólica.

“Embora o fígado não esteja diretamente envolvido no exercício, ele sofre modificações que poderiam melhorar a saúde. Ninguém imaginava que essas alterações de acetilação e fosforização ocorreriam após o treino”, afirmou Jean-Beltran, que resume: “O exercício é um processo muito complexo e isso é só a ponta do icebergue. Os autores, que disponibilizaram os dados a toda a comunidade científica, esperam que as suas descobertas possam um dia ser utilizadas para adaptar o exercício ao estado de saúde de cada pessoa ou para desenvolver tratamentos que imitem os efeitos da atividade física.

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