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ARTE & CULTURA

TEATRO DE VILA REAL APRESENTA CARTAZ DE VERÃO

O Teatro de Vila Real celebra o verão com cerca de 40 propostas que vão desde a música, dança, cinema, novo circo e teatro de rua e decorrem nesta casa de espetáculos e no centro da cidade.

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O Teatro de Vila Real celebra o verão com cerca de 40 propostas que vão desde a música, dança, cinema, novo circo e teatro de rua e decorrem nesta casa de espetáculos e no centro da cidade.

A programação do próximo trimestre do Teatro de Vila Real divide-se em dois grandes ciclos: “Do lado do verão”, que decorre entre julho e agosto, e “Algures a Nordeste”, em setembro.

Segundo anunciou hoje a casa de espetáculos, em comunicado, estão agendados mais de 40 eventos para estes três meses, em várias áreas e géneros, desde o teatro de rua, novo circo, dança, cinema e vários géneros musicais.

A partir de 27 de junho e até ao final de agosto, a programação do Teatro acontece “Do lado do verão” (ao ar livre), aproveitando a arquitetura do edifício e a envolvente paisagística do parque Corgo.

Este ciclo inclui um cartaz de 10 concertos no auditório exterior e no relvado junto ao café-concerto, com propostas da música moderna portuguesa e que vão desde Best Youth, Sopa de Pedra, Sean Riley & The Slowriders, Orquestra Bamba Social com Tiago Nacarato, Os Quatro e Meia, Marco Rodrigues, JP Simões, Joana Barra Vaz, Lince e a vila-realense Catarina Miranda (Emmy Curl).

Pelo meio, há cinema ao ar livre, com sessões na praça cénica do teatro e na zona histórica da cidade.

É também na zona histórica que acontece a terceira edição do “Arruada — ciclo de artes de rua de Vila Real”, produzido em conjunto com os serviços de animação e turismo da autarquia.

Entre 06 de julho a 25 de agosto, à sexta à noite e ao sábado de manhã, vão ser apresentadas 16 propostas de teatro de rua e novo circo, de companhias portuguesas e espanholas, com várias abordagens artísticas.

De 31 de julho a 04 de agosto tem lugar um novo projeto do Teatro de Vila Real, o ciclo “Clássicos de verão”, que “se pretende que seja a semente de um festival sobretudo de ar livre dedicado à música clássica”.

Durante cerca de uma semana, podem ouvir-se diariamente, em ambiente descontraído, vários compositores e formações clássicos ou de inspiração clássica, num programa que se cruza também com o cinema.

A transição entre o verão e o outono vai ser feita com a dança contemporânea, naquela que é a segunda edição do “Algures a Nordeste”, o festival organizado pelos teatros de Vila Real e Bragança e que, este ano, decorre de 08 a 29 de setembro.

O festival de dança contemporânea de Trás-os-Montes, apoiado pelo Norte 2020, apresenta de “uma programação eclética e ousada” no domínio da criação portuguesa.

Segundo o teatro de Vila Real, os coreógrafos convidados desta edição são Victor Hugo Pontes, Paulo Ribeiro, Olga Roriz, Cláudia Martins/Rafael Carriço, Bruno Duarte e Daniel Cardoso.

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PAUL MCCARTNEY PEDE AO GOVERNO PARA PROTEGER ARTISTAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

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O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

Numa entrevista à BBC, o cantor e compositor britânico, de 82 anos, alertou que os músicos podem ser “despojados” das suas criações e voltou a criticar o projeto do Governo trabalhista que prevê alterações à legislação sobre direitos de autor.

Entre as propostas está “uma exceção aos direitos de autor” para treinar modelos de IA com fins comerciais, cujo projeto ofereceria aos criadores a possibilidade de “reservar os seus direitos”.

Paul McCartney, que manteve uma carreia praticamente a solo após a dissolução oficial dos Beatles, em 1970, sustenta que, com essa reforma, os artistas perderão o controlo sobre as suas obras.

“Os jovens podem escrever uma bela canção, mas podem acabar por não ser os proprietários dela”, disse.

Pior ainda, “qualquer pessoa poderá apropriar-se dessa canção”, denunciou.

“A verdade é que o dinheiro irá para algum lado. Alguém será pago. Não deverá ser o tipo que escreveu ‘Yesterday’?”, um dos temas mais conhecidos dos The Beatles, composto por Paul McCartney (creditada a Lennon/McCartney), gravada em 1965 para o álbum “Help!”, questionou.

“Se apresentarem um projeto de lei, assegurem-se de que protegem os pensadores e os artistas, caso contrário, não terão o seu apoio. Somos o povo, vocês são o Governo. É suposto que nos protejam. Esse é o vosso trabalho”, reforçou McCartney.

O Governo britânico anunciou que aproveitará o período de consulta pública, que decorre até 25 de fevereiro, para explorar os principais pontos do debate, incluindo a forma como os criadores poderão obter licenças e ser remunerados pela utilização das suas obras.

Questionada sobre estas propostas numa entrevista à BBC, a ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves, garantiu que “quer apoiar os artistas” e fará “tudo para que os direitos de autor sejam respeitados”.

Em novembro de 2023, McCartney e Ringo Starr, os membros sobreviventes dos Beatles (George Harrison morreu em novembro de 2001), usaram a IA para extrair a voz de John Lennon, assassinado em 1980 em Nova Iorque, de uma canção inacabada com várias décadas, intitulada “Now and Then”.

“Eu acho que a IA é fantástica e pode fazer muitas coisas incríveis”, admitiu Paul McCartney.

“No entanto, a IA não deve despojar os criadores. Isso não faz sentido”, concluiu.

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PORTO: SERRALVES RECEBE 37 OBRAS CONTEMPORÂNEAS DA COLEÇÃO DUERCKHEIM

A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

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A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

Em comunicado, a Fundação de Serralves anunciou que vai receber, neste âmbito, o depósito de peças de Darren Almond, Georg Baselitz, Isaak Brodsky, Roman Buxbaum, Jake e Dinos Chapman, Theaster Gates, Gilbert & George, Antony Gormley, Damien Hirst, Zhang Huan, Stefan Hunstein, Anselm Kiefer, Michael Landy, Mamedov, Haralampi Oroschakoff, Sam Taylor-Wood, Matthias Wähner, Cerith Wyn Evans e Remy Zaugg.

O acordo inclui a doação de “Dat rosa miel apibus”, de Anselm Kiefer.

“É com grande alegria que Serralves recebe em depósito esta extraordinária coleção reunida ao longo de décadas de dedicação à arte pelo Conde Duerckheim. Este é um momento de grande importância para Serralves, e o acordo representa o reconhecimento da capacidade da Fundação para atrair e acolher as maiores coleções internacionais de arte contemporânea”, disse a presidente do conselho de administração da fundação, Ana Pinho, citada no mesmo comunicado.

De acordo com Serralves, o acordo foi possível graças à influência de Nuno Luzio, que deu a ideia ao Conde Christian Duerckheim, algo saudado por ambas as partes.

“Tendo estado fora de Portugal durante mais de 20 anos, Nuno Luzio demonstra o poder da diáspora portuguesa e o bem maior que podem fazer pelo seu país”, afirmou Ana Pinho.

Nascido em 1944 na região alemã da Saxónia, o industrial Christian Duerckheim viveu em Londres na década de 1960 e tornou-se num dos “mais significativos colecionadores da Europa”, como escreveu o jornal britânico The Guardian, em 2013, aquando de uma doação de 34 desenhos de artistas alemães modernos e de mais 60 trabalhos ao British Museum.

Em 2011, Duerckheim vendeu cerca de 80 obras através da leiloeira Sotheby’s por um valor recorde de mais de 100 milhões de libras, segundo notícias publicadas então pela imprensa especializada.

Na altura, ao New York Times, Christian Duerckheim afirmou que sempre quis ver a arte do seu tempo, enquanto alguém interessado em história que ficou obcecado com a arte do seu próprio país depois de ver uma obra de Georg Baselitz em 1970.

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