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INTERNACIONAL

IMAGENS DE SATÉLITE LEVANTAM DÚVIDAS SOBRE KIM JONG-UN

Imagens de satélite e informações dos serviços secretos dos EUA revelam a produção de armas nucleares já após as conversações de paz entre a Coreia do Norte e os EUA.

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A Coreia do Norte estará a expandir um complexo de produção de mísseis balísticos, sugere a análise de imagens de satélite captadas por peritos dos Estados Unidos. Estes dados levantam novas dúvidas sobre a disposição do regime de Kim Jong-un para abandonar o armamento nuclear.

Cresce, entre as autoridades norte-americanas, a convicção de que a Coreia do Norte não pretende abandonar por completo o arsenal nuclear e está a procurar esconder o número de armas e instalações de produção.

Novas imagens de satélite, publicadas na edição online do Wall Street Journal, indiciam que Pyongyang está a terminar a construção do Instituto de Materiais Químicos, que se localiza na cidade de Hamhung. As fotografias foram captadas pela Planet Labs Inc., de San Francisco, e analisadas por especialistas do Instituto de Estudos Internacionais Middlebury (MIIS), em Monterrey.

O Instituto de Materiais Químicos é um complexo de produção de peças de carbono para mísseis de combustível sólido, de acordo com um investigador associado do MIIS.

A maior parte da fábrica foi construída em maio, após a reunião do líder norte-coreano, Kim Jong-un, com o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, antes da cimeira com Donald Trump, adiantou Jeffrey Lewis, diretor do Programa de Não-Proliferação do Leste Asiático no MIIS.

Jong-un comprometeu-se com a desnuclearização da Península Coreana quando se encontrou com o Presidente dos Estados Unidos em Singapura, no mês passado. No entanto, Pyongyang e Washington parecem ter perspetivas muito diferentes desse objetivo.

O portal 38 North analisou, na semana passada, imagens de satélite que mostraram melhorias na infraestrutura de algumas das instalações nucleares de Pyongyang. Mas os autores alertaram que o trabalho “não deve ser visto como tendo qualquer relação com a promessa de desnuclearização da Coreia do Norte”.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, disse à CBS News que os Estados Unidos dispõem de um plano para desmantelar os programas de mísseis balísticos da Península Coreana no espaço de um ano. Porém, Pyongyang teria de revelar todos os locais de armas não declarados.

“Não há ninguém envolvido nesta discussão com a Coreia do Norte na Administração que se encontre sobrecarregado por ingenuidade. Já vimos como os norte-coreanos se comportaram antes”, disse Bolton.

“O Presidente tem sido muito claro. Não vai cometer os mesmos erros das administrações anteriores. Vamos continuar com isto e veremos o que acontece”, continuou.

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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