ECONOMIA & FINANÇAS
FMI AVISA PORTUGAL: “ESTÃO NA DIRECÇÃO ERRADA”
O Orçamento de Portugal “vai na direcção errada”, alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI) no relatório sobre a Zona Euro, onde deixa também avisos quanto ao preço dos imóveis e a ideia de que “os bons tempos da Europa estão a acabar”.
O Orçamento de Portugal “vai na direcção errada”, alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI) no relatório sobre a Zona Euro, onde deixa também avisos quanto ao preço dos imóveis e a ideia de que “os bons tempos da Europa estão a acabar”.
O relatório do FMI sobre a Zona Euro, que foi publicado esta quinta-feira, alerta o Governo português para a necessidade de exercer um maior controle sobre o Orçamento, face à realidade de “alto endividamento”, com o rácio da dívida pública portuguesa situado acima dos 120% do Produto Interno Bruto.
O Fundo nota que “vários países com dívidas elevadas, incluindo Itália, Portugal e Espanha, continuarão a ajustar-se apenas pouco ou nada este ano”.
“Lamentavelmente, os planos orçamentais nacionais estão a fazer muito pouco ou vão na direcção errada“, lê-se no relatório citado pela Agência Lusa.
O FMI defende que Portugal não se pode desviar da consolidação orçamental, e que deve criar almofadas financeiras, aproveitando os dias de “vacas gordas” e antecipando um abrandamento económico em toda a Zona Euro.
A entidade nota que “se a normalização da política monetária coincidir com a percepção de que países vulneráveis não estão a fazer o suficiente para lidar com os problemas subjacentes, ou se, de facto, pretendem reverter reformas ou implementar políticas que prejudiquem a sustentabilidade da dívida, os prémios de risco poderão, de novo, subir abruptamente com possíveis efeitos de contágio, impondo perdas de valorização aos investidores em toda a zona do euro”.
Esse cenário “poderia forçar a ajustamentos orçamentais acentuados, tornando a situação ainda pior“, alerta o FMI.
Criticando também a Comissão Europeia por ter abrandado a vigilância aos Estados-membro, o FMI avisa também os países com maior potencial financeiro, como Alemanha e Holanda, para a “cautela excessiva” que impede um crescimento económico mais rápido.
Por outro lado, o FMI alerta para o risco de uma “bolha” imobiliária perante o “disparo na valorização dos preços dos imóveis para habitação e comércio” em certos países da Europa, como é o caso de Portugal.
LUSA | ZAP | RR
ECONOMIA & FINANÇAS
GOVERNO DUPLICA LIMITE DA CONSIGNAÇÃO DE 0,5% PARA 1% EM IRS
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o aumento do limite da consignação de IRS de 0,5% para 1% para entidades de “utilidade pública”, a entrar em vigor na campanha do próximo ano, anunciou o ministro da Presidência.
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o aumento do limite da consignação de IRS de 0,5% para 1% para entidades de “utilidade pública”, a entrar em vigor na campanha do próximo ano, anunciou o ministro da Presidência.
Em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, explicou que a duplicação da consignação de IRS de 0,5 para 1% para instituições de utilidade pública irá aplicar-se aos rendimentos auferidos pelos contribuintes este ano, tendo assim efeitos na campanha de liquidação de IRS que se concretiza no próximo ano.
O governante defendeu que com a medida, por um lado, reforça-se “a liberdade de escolha dos contribuintes” de “poder alocar o produto” dos impostos e, por outro lado, reforça-se de forma “muito significativa” o apoio a associações “de utilidade pública reconhecida”.
Segundo o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, a medida tem um “custo global” de “pelo menos mais 40 milhões de euros no setor social, ambiental e cultural”.
O número de entidades a quem os contribuintes podem atribuir 0,5% do seu IRS ou doar o benefício fiscal do IVA voltou a aumentar este ano, superando as 5.000, segundo a lista disponível no Portal das Finanças.
A escolha das entidades candidatas a esta consignação do IRS pode ser feita até ao final do mês de março ou durante o processo de entrega da declaração anual do imposto, que começou em 01 de abril e termina a 30 de junho.
Entre estas entidades incluem-se centenas de associações e academias dedicadas a diversos fins, bandas recreativas, casas do povo, vários centros sociais, de dia, paroquiais, infantis ou comunitários, fundações, cooperativas, coros, misericórdias ou sociedades filarmónicas e musicais.
Esta consignação não custa nada ao contribuinte nem significa uma redução do reembolso, uma vez que o valor é retirado ao imposto que é entregue ao Estado.
ECONOMIA & FINANÇAS
UM EM CADA SEIS TRABALHADORES EM PORTUGAL TEM CONTRATO A PRAZO – PORDATA
Um em cada seis trabalhadores em Portugal tem contrato a prazo, sendo o 3.º país europeu com maior percentagem, segundo dados hoje publicados pela Pordata.
Um em cada seis trabalhadores em Portugal tem contrato a prazo, sendo o 3.º país europeu com maior percentagem, segundo dados hoje publicados pela Pordata.
Um retrato da Pordata sobre o mercado laboral em Portugal, no âmbito do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, revela que 17,4% dos trabalhadores no país têm contrato a prazo, acima da média da União Europeia (13,4%).
“Em Portugal, um em cada seis trabalhadores tem contrato a prazo, rácio que se tem mantido quase sem alteração nos últimos 20 anos”, assinala.
Entre os países com maior percentagem de contratos a prazo estão a Sérvia e os Países Baixos.
Por outro lado, Portugal é o 10.º país dos 27 da União Europeia com menor proporção de trabalhadores a tempo parcial, já que apenas oito em cada 100 trabalhadores se encontram em regime ‘part-time’.
“Olhando apenas para as mulheres portuguesas que estão empregadas, apenas uma em cada 10 o faz a tempo parcial. É o 9.º país da UE27 com menor percentagem de mulheres empregadas em ‘part-time’”, aponta a Pordata, que assinala que nos Países Baixos e na Áustria mais de metade das mulheres empregadas trabalham neste regime.
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