INTERNACIONAL
CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS PREPARA-SE PARA SAIR DO LUXEMBURGO
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai fechar as suas duas agências no Luxemburgo, uma decisão que afeta 23 trabalhadores, segundo informação avançada hoje pelos sindicatos no país.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai fechar as suas duas agências no Luxemburgo, uma decisão que afeta 23 trabalhadores, segundo informação avançada hoje pelos sindicatos no país.
“Um banco que tem trabalhadores fiéis, leais e que contribuíram para a sua prosperidade decidiu fechar a sua atividade no Luxemburgo, após 21 anos de presença no Grão-Ducado”, anunciaram em comunicado conjunto o Sindicato Bancário do Luxemburgo (Aleba) e as centrais sindicais OGB-L e LCGB.
Na nota, os sindicatos lamentam que, “após quase dez dias de negociações”, a proposta apresentada pelo banco seja “desrespeitosa” para os trabalhadores, “que vão perder o emprego e encontrar-se em situações financeiras difíceis”, ficando “nitidamente abaixo do que se pratica habitualmente em situações similares”.
Segundo Carla Valente, conselheira jurídica do sindicato Aleba, o valor proposto pelo banco corresponde a um quarto “do que é habitual” em situações semelhantes no setor bancário.
“É ridículo, é fazer pouco dos empregados”, criticou Carla Valente.
De acordo com a jurista, os trabalhadores da CGD têm direito ao pagamento dos meses correspondentes a um pré-aviso “entre oito e 12 meses”, em função da antiguidade na instituição bancária, já que estão em causa contratos de trabalho “entre cinco e dez anos”.
Além disso, há lugar a uma “compensação financeira pelo despedimento”, prevista na lei, e “um orçamento para medidas de acompanhamento e de formação”, para ajudar os trabalhadores a encontrar um novo emprego.
O despedimento dá lugar ainda “a um pagamento extra-legal”, negociado “caso a caso”, em função da antiguidade e situação familiar dos trabalhadores, sendo neste ponto que o banco e os sindicatos não chegam a acordo.
Para os sindicatos, “o banco não quer reconhecer as suas responsabilidades sociais perante os assalariados, vítimas inocentes deste encerramento”.
Se o banco não chegar a acordo com os sindicatos nas próximas duas semanas, o processo poderá passar pela conciliação, sendo nomeado um representante do Ministério do Trabalho para mediar as discussões, explicou a jurista.
O anúncio do encerramento da CGD no Luxemburgo surge um dia antes do início das férias coletivas no setor da construção, altura em que milhares de trabalhadores portugueses regressam a Portugal, mas ainda não há data para o encerramento das duas agências, uma na capital e outra em Esch-sur-Alzette, a segunda maior cidade do país.
“As pessoas podem ir de férias, porque as agências não vão fechar de um dia para o outro”, afirmou a jurista do sindicato bancário.
A Lusa tentou ouvir os responsáveis da CGD em Lisboa e no Luxemburgo, mas até ao momento não obteve resposta.
A redução da operação da CGD fora de Portugal (nomeadamente Espanha, França, África do Sul e Brasil) foi acordada em 2017 com a Comissão Europeia como contrapartida da recapitalização do banco público.
A redução da operação da CGD acordada com a Comissão Europeia passa também pelo fecho de 180 balcões em Portugal até 2020, 70 dos quais encerram ainda este ano.
Em 2017, fecharam 67 balcões, e a CGD terá ainda de fechar, além dos 70 deste ano, mais 43 balcões nos próximos dois anos.
LUSA
INTERNACIONAL
GUERRA: MANOBRAS COM ARMAS NUCLEARES É “PERIGOSO E IRRESPONSÁVEL” – NATO
A NATO classificou como “perigosa e irresponsável” a decisão da Rússia de anunciar que planeia realizar em breve exercícios militares envolvendo armas nucleares táticas.
A NATO classificou como “perigosa e irresponsável” a decisão da Rússia de anunciar que planeia realizar em breve exercícios militares envolvendo armas nucleares táticas.
“A retórica nuclear da Rússia é perigosa e irresponsável. A NATO permanece vigilante”, disse a porta-voz da Aliança Atlântica Farah Dakhlallah, salientando que a postura coletiva dos membros da sua organização é prova da “garantia de proteção de cada centímetro de território aliado”.
A porta-voz lembrou que a Ucrânia tem direito à legítima defesa, consagrado na Carta das Nações Unidas, e insistiu que os aliados “continuarão a apoiar a Ucrânia”.
O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou hoje às Forças Armadas que realizem manobras com armas nucleares táticas, numa operação que deverá ocorrer “em breve”.
Estes exercícios, nos quais participarão a aviação e a Marinha, poderão realizar-se em território ucraniano, uma vez que o Distrito Militar Sul inclui as quatro regiões ucranianas ocupadas (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia).
O Kremlin explicou que as manobras são a resposta a declarações ameaçadoras, entre outras, do Presidente francês, Emmanuel Macron, que tem repetido não descartar o envio de tropas para território ucraniano.
“Eles falaram sobre a vontade e até a intenção de enviar contingentes militares para a Ucrânia, ou seja, de colocar soldados da NATO contra os militares russos. Esta é uma nova espiral de escalada de tensão. É sem precedentes e requer uma atenção especial e medidas especiais”, disse o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, numa conferência de imprensa.
INTERNACIONAL
GUERRA: RÚSSIA AMEAÇA ATACAR ALVOS BRITÂNICOS SE KIEV USAR ARMAS INGLESAS
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo ameaçou hoje que as forças do país podem atacar “qualquer instalação ou equipamento militar britânico em território ucraniano e além” se Kiev usar “armas britânicas” contra alvos na Rússia.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo ameaçou hoje que as forças do país podem atacar “qualquer instalação ou equipamento militar britânico em território ucraniano e além” se Kiev usar “armas britânicas” contra alvos na Rússia.
O ministério russo adiantou em comunicado ter convocado o embaixador britânico em Moscovo, Nigel Casey, para o alertar para esta possibilidade, depois de declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, “sobre o direito da Ucrânia de atacar território russo usando armas britânicas”.
“O embaixador [britânico] foi chamado para refletir sobre as inevitáveis consequências catastróficas de medidas hostis de Londres e refutar imediatamente as declarações beligerantes e provocativas do chefe da diplomacia, da forma mais decisiva e inequívoca”, explicou o Governo russo.
As declarações de David Cameron foram feitas durante uma visita a Kiev, na semana passada, tendo o ministro britânico afirmado que a Ucrânia tinha o direito de usar as armas fornecidas pelo Reino Unido para atacar alvos dentro da Rússia, e que a decisão de o fazer ou não cabia apenas a Kiev.
Segundo o Kremlin (presidência russa), as declarações do ministro britânico reconheceram que o país faz parte de facto do conflito, contradizendo uma garantia dada anteriormente de que armas de longo alcance dadas à Ucrânia não seriam usadas contra a Rússia.
As afirmações de David Cameron “provocaram uma escalada direta do conflito”, considerou o Kremlin.
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