Ligue-se a nós

REGIÕES

FREIXO-DE-ESPADA-À-CINTA QUER RECUPERAR A PRODUÇÃO DE SEDA

A produção de seda quer voltar a ganhar relevância económica no distrito de Bragança, após vários séculos de interregno, com o concelho de Freixo de Espada à Cinta apostado em recuperar esse dinamismo.

Online há

em

A produção de seda quer voltar a ganhar relevância económica no distrito de Bragança, após vários séculos de interregno, com o concelho de Freixo de Espada à Cinta apostado em recuperar esse dinamismo.

Durante vários séculos, a produção de fio de seda teve importância relevante na economia do distrito de Bragança, mas, segundo investigadores, nem sempre foi possível manter a atividade de forma continuada e rentável.

“A régua do tempo mostra que desde o século XIII que a produção de seda começou a ganhar peso. Contudo, a grande expansão dá-se a partir do século XVI, em concelhos como o de Freixo de Espada à Cinta, Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela”, explicou à Lusa o diretor do Museu do Abade de Baçal, Amâncio Felício.

Em 1.794 havia no distrito de Bragança 232 teares que empregavam 915 pessoas, às quais se juntavam 11 torcedores, 24 tintureiros, numa indústria que absorvia 18% da população ativa deste território.

“O reforço das exportações de seda dá-se partir do século XVI. Contudo, há conjunto de altos e baixos, muito à custa da Santa Inquisição que afetou a produção de seda, nomeadamente por estar ligada a famílias de judeus sefarditas”, explicou Amâncio Felício.

Segundo o responsável, o Estado ainda tentou recuperar a produção com a construção do Real Filatório de Chacim, no concelho de Macedo de Cavaleiros, uma tentativa que, no final do século XVIII pretendia revitalizar o setor e aumentar o número de artesãos ligados à produção de seda.

No século XIX, em Mirandela, nascia a Estação de Sericicultura que procurou através de métodos científicos melhorar a qualidade da seda produzida.

“Já no século XIX, a produção de seda entra em declínio, com doenças que viriam a dizimar as amoreiras, e há falta de alimento para o bicho-da-seda, isto para além de convulsões sociais políticas ou religiosas do passado, como a perseguição da Inquisição aos judeus, grandes mestres nesta área, ou a invasões francesas que acabaram com a produção”, indicou Amâncio Felício.

Contudo há cerca 30 anos de anos, o concelho de Freixo de Espada à Cinta começa a destacar-se na produção de seda pelo método artesanal. Dá início à formação de tecedeiras, incrementa a criação do bicho-da-seda e prepara-se para novos desafios.

Este trabalho tem o seu saber e Maria Júlia Martins é uma das tecedeiras mais conceituadas do território.

“Desde a criação do bicho-da-seda até ao produtor final, ainda é feito em Freixo de Espada à Cinta. Mas, é preciso criar mais atrativos, embora, já se esteja a fazer alguma coisa”, observou.

Agarrada ao seu tear Maria Júlia disse que os produtos são muitos procurados, independente dos preços e que “há muita gente” a visitar Freixo de Espada á Cinta “para conhecer ciclo da seda”.

Uma colcha de seda poderá chegar aos 10 mil euros, enquanto um conjunto de panos de mesa andará pelos 650 euros e as toalhas de batismo na casa dos 160 a 250 euros.

“Trabalhar a seda é uma coisa muito delicada e que requer muita atenção e boa matéria-prima “, segredos revelados pela tecedeira

A presidente da Câmara de Freixo de Espada à Cinta, Maria do Céu Quintas, mostra-se convicta de que a seda será, “a muito em breve prazo”, um verdadeiro símbolo de Freixo de Espada à Cinta, juntando-se assim à arquitetura manuelina existente na vila trasmontana.

“Somos únicos na produção de seda artesanal, em toda a Península Ibérica. Por este motivo, temos que aproveitar e fazer renascer esta mais-valia e transformá-la num produto capaz de ajudar a potenciar a economia local e regional”, frisou.

A autarca mostra-se confiante, afirmando mesmo que para além da confeção das tradicionais colchas, almofadas ou panos de mesa, é preciso apostar num “design” inovador, capaz de captar a atenção das gerações mais novas.

O município havia proposto ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) a realização de um Curso de Formação Profissional de Tecelão e Tecedeira, que terminou sem desistências no seio de 23 formandos.

“Acho que agora temos o futuro assegurado”, enfatizou.

Atualmente, as únicas tecedeiras a laborar o ciclo da seda encontram-se num espaço dedicado para o efeito, localizado no Museu da Seda, onde o trabalho ao vivo se alia à venda e exposição de acessórios, designadamente echarpes e carteiras de senhora.

Na fotografia, um tear para produção de seda.

LUSA

REGIÕES

MIRANDA DO DOURO: AUTARQUIA IMPUGNA AVALIAÇÃO DO FISCO ÀS BARRAGENS

O município de Miranda do Douro pediu junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela a impugnação da avaliação feita pela Autoridade Tributaria às duas barragens do concelho, considerando estarem subvalorizadas, revelou hoje à Lusa fonte da autarquia.

Online há

em

O município de Miranda do Douro pediu junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela a impugnação da avaliação feita pela Autoridade Tributaria às duas barragens do concelho, considerando estarem subvalorizadas, revelou hoje à Lusa fonte da autarquia.

“O município de Miranda do Douro decidiu impugnar a avaliação feita pela AT, por não concordar com a exclusão dos órgãos de segurança e de produção destes centros eletroprodutores de energia, como turbinas, transformadores ou os descarregadores, porque são parte integrante do prédio, e que têm de ser tomados em conta, pelo seu valor tributário”, explicou o vereador Vítor Bernardo.

Segundo o vereador, o pedido de impugnação da avaliação das barragens em sede de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) foi apresentado no tribunal a 02 de abril.

“Esta impugnação da avaliação surge agora, porque as nossas duas barragens foram inscritas a seu tempo na matriz predial para avaliação”, frisou Vítor Bernardo.

Bernardo avançou ainda que a barragem de Miranda do Douro foi avaliada pela AT em 52 milhões de euros e barragem de Picote em 55 milhões de euros.

“O valor destes dois empreendimentos, para além do edificado, com as unidade de produção como transformadores, turbinas e outros equipamentos, (…) sobe em mais de 120% por centro face ao estabelecido pela AT, em cada um destes centros eletroprodutores”, destacou o vereador social-democrata.

Agora, o município de Miranda Douro, no distrito de Bragança, espera que os responsáveis máximos pela AT cumpram o despacho do anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, e que seja anulado o ato administrativo da avaliação tributária feita as barragens.

Nuno Santos Félix determinava que as avaliações de barragens que fossem impugnadas por não considerarem a totalidade dos elementos que as integram deviam ser revogadas e refeitas pela Autoridade Tributária.

Esta indicação consta de um despacho datado de 04 de março, onde se lia que “sendo impugnada a avaliação de aproveitamentos hidroelétricos”, com base na “exclusão dos órgãos de segurança ou exploração da avaliação impugnada […], devem ser revogados os atos avaliativos que tenham excluído do respetivo objeto os órgãos de segurança ou exploração”, quando os mesmos “devam ser qualificados como ‘parte componente’ do prédio”.

Na origem deste despacho — o terceiro desde que aquele governante determinou a avaliação das barragens para efeitos de IMI — está a diferença com que os municípios e a AT entendem o que deve ser considerado para efeitos de avaliação e tributação em IMI no que diz respeito às barragens.

Os municípios contestam o entendimento da AT — vertido numa circular de 2021 – segundo o qual as máquinas e equipamentos (como turbinas da barragem) não devem ser classificados como prédio, ficando fora da incidência do IMI, e pedem ao Governo para o revogar.

O despacho lembra de que forma a legislação em vigor define uma barragem, notando que os “órgãos de segurança e exploração fazem, assim, parte do conceito legal” deste tipo de infraestrutura, com a lei a determinar também que, para efeitos da construção de uma barragem, o projeto deve incluir órgãos de segurança como os “descarregadores de cheias”, as “descargas de fundo” ou a “central e circuitos hidráulicos”.

Estando concluída a avaliação da generalidade dos aproveitamentos hidráulicos, e podendo haver impugnação judicial (ou arbitral) das segundas avaliações por parte do município ou do concessionário (sujeito passivo) da barragem, Nuno Santos Félix antecipava que a AT iria ser “chamada para contestar eventuais ou revogar os respetivos atos”.

O despacho sustentava que, perante a situação política da altura, deveria ser o governo seguinte em plenitude de funções a pronunciar-se globalmente quanto ao entendimento da avaliação da AT, limitando-se assim o efeito daquele diploma “ao estritamente necessário em face da inadiabilidade da prática da AT de atos processuais em contencioso relativo à avaliação de aproveitamentos hidroelétricos”.

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

LER MAIS

REGIÕES

LISBOA: MÁRIO MACHADO CONDENADO A DOIS ANOS E 10 MESES DE PRISÃO EFETIVA

O militante neonazi Mário Machado foi esta terça-feira condenado a dois anos e 10 meses de prisão efetiva por incitamento ao ódio e à violência contra mulheres de esquerda em publicações nas redes sociais.

Online há

em

O militante neonazi Mário Machado foi esta terça-feira condenado a dois anos e 10 meses de prisão efetiva por incitamento ao ódio e à violência contra mulheres de esquerda em publicações nas redes sociais.

Em causa neste julgamento estavam mensagens publicadas no antigo Twitter (atual X), atribuídas a Mário Machado e Ricardo Pais, em que estes apelavam à “prostituição forçada” das mulheres dos partidos de esquerda, e que visaram em particular a professora e dirigente do Movimento Alternativa Socialista (MAS) Renata Cambra.

Além de Mário Machado, Ricardo Pais foi condenado a um ano e oito meses de prisão com pena suspensa durante dois anos.

A sentença foi lida esta terça-feira no Juízo Local Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, depois de, em abril, nas alegações finais, o Ministério Público (MP) ter pedido uma pena de prisão efetiva para Mário Machado.

LER MAIS
Subscrever Canal WhatsApp
RÁDIO ONLINE
ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL

LINHA CANCRO
DESPORTO DIRETO
A RÁDIO QUE MARCA GOLOS
FAMALICÃO X BENFICA


RÁDIO REGIONAL NACIONAL: SD | HD



RÁDIO REGIONAL VILA REAL


RÁDIO REGIONAL CHAVES


RÁDIO REGIONAL BRAGANÇA


RÁDIO REGIONAL MIRANDELA


MUSICBOX

WEBRADIO 100% PORTUGAL


WEBRADIO 100% POPULAR


WEBRADIO 100% LOVE SONGS


WEBRADIO 100% BRASIL


WEBRADIO 100% OLDIES


WEBRADIO 100% ROCK


WEBRADIO 100% DANCE


WEBRADIO 100% INSPIRATION

KEYWORDS

FABIO NEURAL @ ENCODING


NARCÓTICOS ANÓNIMOS
PAGAMENTO PONTUAL


MAIS LIDAS