ECONOMIA & FINANÇAS
BANCOS PODERÃO LIMITAR O CRÉDITO A PARTICULARES
Os bancos deverão manter os critérios de aprovação de créditos no quarto trimestre, com algumas instituições a preverem restringir os critérios nos empréstimos a particulares, revelam dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
Os bancos deverão manter os critérios de aprovação de créditos no quarto trimestre, com algumas instituições a preverem restringir os critérios nos empréstimos a particulares, revelam dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A previsão do BdP consta dos resultados do inquérito de outubro a cinco bancos sobre o mercado de crédito.
Para o último trimestre do ano, “as instituições inquiridas não antecipam alterações nos critérios de concessão de crédito a empresas e algumas instituições preveem restringir os critérios de aprovação nos empréstimos a particulares”, refere.
A maioria das instituições não antecipa alterações na procura de empréstimos por parte das empresas, mas no segmento dos particulares, dois bancos anteveem uma redução da procura de crédito à habitação, acrescenta.
Sobre o terceiro trimestre do ano, os critérios de concessão e os termos e condições contratuais no crédito a empresas mantiveram-se, de um modo geral, inalterados.
“Não obstante, três bancos reportaram uma ligeira diminuição dos ‘spreads’ aplicados em empréstimos de risco médio, tanto no segmento das PME como no segmento das grandes empresas”, aponta o documento.
Relativamente aos empréstimos a particulares, a maioria das instituições reportou critérios de aprovação mais restritivos, tanto no crédito à habitação como no crédito ao consumo.
O principal fator que os bancos indicaram para explicar a maior restritividade no crédito a particulares foi o cumprimento da medida macroprudencial aplicada aos novos créditos à habitação e ao consumo pelo BdP.
A maioria das instituições indicou ainda que a procura de crédito por parte das empresas permaneceu praticamente inalterada. No entanto, um banco reportou um ligeiro aumento da procura nos empréstimos a grandes empresas e dois bancos indicaram uma procura ligeiramente maior nos empréstimos de longo prazo.
No segmento dos particulares, a maioria das instituições sinalizou um aumento da procura de crédito para aquisição de habitação e uma estabilização na procura de crédito para consumo.
“O aumento da confiança dos consumidores, perspetivas do mercado da habitação e o nível das taxas de juro terão sido os principais fatores subjacentes à evolução da procura de crédito à habitação”, refere o BdP.
LUSA
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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