REGIÕES
ALUNOS DE LEIRIA LEVAM MANTAS PARA AS AULAS DEVIDO AO FRIO
Os alunos da Escola Secundária Afonso Lopes Vieira (ESALV), em Leiria, assistem às aulas de gorro, luvas e mantas, e os professores lecionam de casaco vestido para enfrentar o frio que sentem nas salas devido à falta de obras.
Os alunos da Escola Secundária Afonso Lopes Vieira (ESALV), em Leiria, assistem às aulas de gorro, luvas e mantas, e os professores lecionam de casaco vestido para enfrentar o frio que sentem nas salas devido à falta de obras.
A diretora da ESALV, Celeste Frazão, denuncia a falta de obras, exigidas há vários anos para colmatar a falta de isolamento, que impede a eficácia do aquecimento.
“Chove em três salas, cuja cobertura do teto é de amianto, as caixilharias são velhas, as janelas não têm qualquer isolamento, há humidade em paredes e tetos. Éramos a escola de Leiria que mais precisava de obras e foi aquela que ficou de fora das intervenções da Parque Escolar, apesar de o projeto ter sido concluído”.
A escola gasta em eletricidade e gás uma média de quatro mil euros mensais, quando as temperaturas mais descem.
“Poderíamos poupar muito mais dinheiro no aquecimento se o Ministério da Educação realizasse obras ao nível das janelas e estores, beneficiando o isolamento dos edifícios”, revelou a responsável.
Os aquecedores são ligados ainda antes de os estudantes entrarem nas salas de aula. “Mas o calor perde-se”.
Ao entrar-se nas salas de aula constata-se turmas em que os casacos de penas não são despidos, estudantes com luvas, mantas no colo e outros até de gorro.
“Habitualmente, não permitiria. Masm nesta situação, abro uma exceção e deixo-os estar assim vestidos na sala”, justificou uma docente, também ela de casaco grosso vestido.
Celeste Frazão questiona: “Com uma economia em franca recuperação, onde há investimentos noutros setores, não se percebe a falta de investimento na Educação, que deveria ser uma pasta prioritária”.
“Já pedimos à DGEstE [Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares] para requalificarem o isolamento, a parte elétrica e a canalização. Já estiveram aqui deputados e denunciaram estas condições, mas nada ainda foi feito”, reforçou, admitindo a dificuldades dos alunos em se concentrarem devido ao frio.
O amianto é outro dos problemas com que a escola se debate há vários anos. “Há três salas onde chove. Se isso acontece, é porque as placas de fibrocimento estão danificadas, o que se torna num perigo”, alertou Celeste Frazão, ao apontar a humidade no teto como prova das falhas na estrutura.
Com cerca de mil alunos, a ESALV tem vindo a aumentar o número de estudantes para dar resposta à redução de turmas financiadas nos colégios com contratos de associação. “Este ano não tínhamos cadeiras nem mesas em número suficiente para os alunos que recebemos”.
O vice-presidente da associação de pais, Carlos Duarte, disse à Lusa que, após reunião realizada na quarta-feira, “foi decidido tomar uma posição mais firme relativamente às necessidades que tem a escola”.
Carlos Duarte adiantou que vai ser requerido às várias entidades da Educação a realização de obras de requalificação.
“Se até finais de fevereiro não houver qualquer informação relativamente a esse assunto, iremos avançar para ações mais ‘vistosas'”, anunciou.
LUSA
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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