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REGIÕES

AÇORES: TEMPESTADES SERÃO MAIS FREQUENTES

O Programa Regional para as Alterações Climáticas (PRAC) que o Governo dos Açores entregou na Assembleia Legislativa Regional prevê que o arquipélago registe temperaturas mais elevadas e tempestades mais frequentes até ao final do século.

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O Programa Regional para as Alterações Climáticas (PRAC) que o Governo dos Açores entregou na Assembleia Legislativa Regional prevê que o arquipélago registe temperaturas mais elevadas e tempestades mais frequentes até ao final do século.

De acordo com as previsões feitas por especialistas em alterações climáticas, e que serviram de base ao documento que será submetido à apreciação dos deputados, a temperatura média do ar deverá apresentar uma “trajetória ascendente” nos Açores, até 2100, podendo aumentar entre 1,4 e 3,2 graus celsius.

Os especialistas explicam, no entanto, que esse aumento gradual da temperatura do ar será mais acentuado nas ilhas do grupo Oriental (São Miguel e Santa Maria), que ficam situados mais a sul do arquipélago

Quanto à precipitação, e de acordo com o mesmo documento, a tendência é para que aumente no inverno, sobretudo no grupo Central (Faial, Pico, São Jorge, Graciosa e Terceira) e diminua no verão, em especial nas ilhas do grupo Ocidental (Flores e Corvo), situadas mais a norte.

Com base nestas previsões, o PRAC aponta para a possibilidade de ocorrerem mais inundações e cheias nos Açores, durante o inverno, e menos precipitação sazonal no verão, adiantando que é também provável que ocorram com mais frequência episódios de vento extremo e tempestades, bem como a sobrelevação da água do mar.

Nestas circunstâncias, é também previsível que aumente o risco de “galgamentos de mar” junto à orla costeira das ilhas, cenário agravado pela esperada subida do nível médio das águas que, no caso dos Açores, poderá atingir um metro até ao final do século.

Este estudo, elaborado com a intenção de precaver cenários de risco e preparar a região para possíveis alterações climáticas, é criticado, no entanto, por alguns especialistas.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), emitiu parecer “positivo” ao diploma, mas considera “superficial” a descrição sobre a modelação climática apresentada no documento, apresentando também uma “lacuna importante” ao não considerar “as alterações climáticas já verificadas”.

Também Eduardo Brito de Azevedo, professor da Universidade dos Açores, especialista em climatologia, ouvido pelos deputados, considera o estudo “muito genérico” e “vago”, apresentando mesmo o que considera serem alguns “erros crassos”.

A proposta de PRAC está pronta a subir a plenário, para discussão e votação, o que deverá acontecer na sessão marcada para a próxima semana, na Horta.

LUSA

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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