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NACIONAL

VENDA DO ALTICE ARENA ENVOLTO EM SUSPEITAS

O Ministério Público está a investigar a venda do Pavilhão Atlântico a um consórcio liderado por Luís Montez, genro do ex-Presidente da República Cavaco Silva. Há suspeitas de favorecimento num negócio revelado pelas escutas da Operação Marquês e que envolve Ricardo Salgado.

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O Ministério Público está a investigar a venda do Pavilhão Atlântico a um consórcio liderado por Luís Montez, genro do ex-Presidente da República Cavaco Silva. Há suspeitas de favorecimento num negócio revelado pelas escutas da Operação Marquês e que envolve Ricardo Salgado.

O caso é reportado numa investigação da jornalista Ana Leal da TVI que fala de um “verdadeiro negócio da China” para Luís Montez.

O canal de televisão teve acesso a documentos, a testemunhas e as escutas telefónicas que revelam um alegado esquema que visou garantir que o genro de Cavaco Silva ficava com o Pavilhão Atlântico, graças a uma preciosa ajuda de Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, e com um especial contributo do então presidente da PT, Zeinal Bava.

A venda do Pavilhão Atlântico reporta-se a Março de 2012, altura em que o Governo PSD/CDS, com a Troika instalada em Portugal, decidiu fechar a empresa pública Parque Expo e por à venda a sala de espectáculos para conseguir amealhar um montante significativo.

Foram três os candidatos à compra num processo em que o Governo optou pela “negociação particular” em vez de realizar um concurso público, como aponta a TVI.

Na corrida estava o consórcio de Luís Montez, que está ligado ao Festival Meo Sudoeste, o grupo de Álvaro Covões, o fundador do NOS Alive e ex-sócio do genro de Cavaco na produtora “Música no Coração”, e o grupo internacional AEG.

A TVI nota que o director geral, o director de operações e o director financeiro do Pavilhão Atlântico faziam parte do consórcio de Luís Montez e que eram, portanto, candidatos. Mas, apesar disso, continuaram em funções e tiveram reuniões com os concorrentes, ficando a par do que tinham pela frente.

Por outro lado, Luís Montez não tinha fundos próprios para a compra, mas terá contado com uma “mãozinha” de Ricardo Salgado, o então “dono disto tudo”.

A TVI apurou que, “em plena crise, o consórcio do genro de Cavaco celebrou um contrato de leasing com o BES“, conseguindo assim um empréstimo de 19 milhões de euros. Além disso, o BES também entrou como accionista da sociedade que gere o Pavilhão, a Arena Atlântico.

Por outro lado, Ricardo Salgado terá convencido o então presidente da PT, Zeinal Bava, a pagar 11 milhões de euros num contrato de patrocínio para transformar o Pavilhão Atlântico na MEO Arena.

As escutas telefónicas da Operação Marquês terão sido essenciais para desvendar o alegado esquema e a TVI garante que há um telefonema de Salgado a Bava que levou a que a PT findasse o compromisso que tinha assumido com um dos concorrentes de Luís Montez, passando assim a apoiar o consórcio do genro de Cavaco.

Luís Montez acabou por ganhar a corrida com uma proposta de 21,2 milhões de euros, enquanto o grupo de Álvaro Covões oferecia 19 milhões e o grupo AEG apenas 16,5 milhões.

O Pavilhão, construído para a Expo 98, custou ao Estado 60 milhões de euros.

Contactado pela TVI, o genro de Cavaco garantiu, numa resposta por escrito, que nunca falou deste assunto com Ricardo Salgado, “directa ou indirectamente”. Além disso, sustenta que a parceria estabelecida com a PT tem sido muito proveitosa, tanto que a Altice, que adquiriu a telefónica, a mantém.

Actualmente denominado Altice Arena, o Pavilhão é um sucesso financeiro, obtendo dividendos de patrocínios que dão para pagar todos os custos da sua manutenção e ainda sobram.

SV | ZAP | TVI

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ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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RELATÓRIO DE SEGURANÇA INTERNA DE 2024 SEM DADOS DE NACIONALIDADE E GÉNERO

O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024 está a ser elaborado e não vai incluir dados sobre criminosos e vítimas por nacionalidade, idade ou género, indicou o Sistema de Segurança Interna, avançando que uma eventual alteração será efetuada no próximo ano.

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O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024 está a ser elaborado e não vai incluir dados sobre criminosos e vítimas por nacionalidade, idade ou género, indicou o Sistema de Segurança Interna, avançando que uma eventual alteração será efetuada no próximo ano.

“O Relatório Anual de Segurança Interna 2024, encontra-se em fase de execução, não se prevendo alterações relativamente ao modelo e conteúdo. Deste modo, os dados respeitantes a crimes praticados por estrangeiros, vão continuar a poder ser consultados no capítulo relativo à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais”, refere o Sistema de Segurança Interna, numa resposta enviada à Lusa.

A 15 de janeiro, num debate quinzenal na Assembleia da República, o primeiro-ministro manifestou abertura a uma proposta do presidente da Iniciativa Liberal para que o Relatório Anual de Segurança Interna inclua no futuro dados sobre criminosos e vítimas por nacionalidade, idade ou género.

Na resolução entregue no parlamento, a IL defende que o RASI passe a divulgar a nacionalidade e o género dos criminosos e das vítimas, argumentando que esses dados contribuiriam para combater a desinformação.

O Sistema de Segurança Interna acrescenta ainda que “qualquer eventual alteração que este relatório possa vir a sofrer, apenas deverá ter lugar no próximo ano”.

O RASI, que reúne as estatísticas da criminalidade das forças e serviços de segurança, é da responsabilidade do Sistema de Segurança Interna e é entregue anualmente na Assembleia da República até 31 de março.

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