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ECONOMIA & FINANÇAS

TURISMO: PORTUGAL É O MELHOR DESTINO SUSTENTÁVEL DA EUROPA

Portugal recebeu hoje, e pela primeira vez, o prémio de Melhor Destino Sustentável da Europa, uma distinção anunciada hoje durante a ITB Berlim, a principal feira internacional de turismo.

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Portugal recebeu hoje, e pela primeira vez, o prémio de Melhor Destino Sustentável da Europa, uma distinção anunciada hoje durante a ITB Berlim, a principal feira internacional de turismo.

“É mais um atrativo e mais um cartão de visita para promover Portugal num mercado que valoriza tanto os destinos sustentáveis. É fantástico em termos de notoriedade internacional”, revelou a Ana Mendes Godinho, Secretária de estado do Turismo, em declarações à agência Lusa.

“Foi uma surpresa, tinham-nos indicado que estaríamos na lista de finalistas, mas foi uma boa surpresa ver o reconhecimento do trabalho e da estratégia do turismo 2027”, sublinhou.

O prémio resulta de uma candidatura feita por Portugal, e nos 2.º e 3.º lugares ficaram Bled, uma região da Eslovénia, e Mali Losinj, na Croácia.

“Coloca-nos no radar dos investidores e do público que, cada vez mais, faz as suas opções dos destinos de férias por critérios de sustentabilidade da própria oferta turística”, assumiu a secretária de Estado do Turismo, que além da visita à feira ITB Berlim participou também no Fórum de Investidores Internacional de Turismo (IHIF), onde estiveram mais de 2.200 investidores.

Portugal, que participou pela primeira vez no IHIF, teve “um painel de apresentação” como destino turístico que suscitou “muita adesão e muita curiosidade”, com “alguns grupos e marcas internacionais com interesse em conhecer e olhar para Portugal como destino de investimento”, referiu.

De acordo com Ana Mendes Godinho, a Alemanha é o segundo mercado mais importante para Portugal em termos de dormidas.

“Em 2018, o que sentimos foi um crescimento mais acelerado de receitas do que de hóspedes. Tivemos um crescimento de receitas de 10% e um aumento de 5% do número de passageiros desembarcados oriundos da Alemanha, o que significa que tivemos cerca de 2,6 milhões de passageiros desembarcados dos aeroportos vindos da Alemanha. Em termos de hospedes, tivemos um ligeiro decréscimo de cerca de 3% o que mostra que estamos a conseguir chegar a segmentos que gastam mais quando vão a Portugal”, esclareceu.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos a 2016, o gasto médio por viagem do turista alemão era de 960 euros, e o gasto médio diário fixava-se nos 91 euros. Em 2018, os turistas alemães geraram 1.900 milhões de euros de receitas, mais 9,8 por cento que em 2017.

“Estamos a apostar cada vez mais na promoção de Portugal como destino de congressos internacionais e de eventos corporativos e de empresas e também como destino de estágios desportivos, precisamente para promover” o país também como destino que atrai público diversificado ao longo do ano, e “não como sendo um destino sol e praia, como era conhecido há uns anos aqui na Alemanha”, definiu a Secretária de Estado do Turismo.

A feira ITB Berlim termina no próximo domingo. A presença portuguesa conta com as sete regiões das áreas promocionais turísticas portuguesas: Porto e Norte de Portugal, Centro de Portugal, ATL — Associação Turismo de Lisboa, Alentejo, Madeira e Açores e 92 empresas distribuídas por 870 m2.

LUSA

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SETE EM CADA DEZ EMPRESAS DISCORDAM DA SEMANA DE QUATRO DIAS

Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.

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Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.

Elaborado pela Associação Industrial Portuguesa — Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) e referente ao quarto trimestre de 2024, o “Inquérito de Contexto Empresarial sobre o Mercado Laboral” indica ainda que 70% das empresas defendem que matérias laborais como carreiras, benefícios, remunerações complementares ou limites de horas extraordinárias deveriam ser concertadas no interior das empresas e não em sede de Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).

Relativamente ao banco de horas individual, 71% das empresas inquiridas dá parecer favorável e, destas, 74% entende que deveria ser fixado por acordo dentro da empresa, em vez de nas convenções coletivas de trabalho.

Segundo nota a AIP, entre as empresas que mais defendem esta concertação interna estão as pequenas e médias empresas.

Já em termos de modelo de trabalho, 81% das 523 empresas participantes dizem praticar trabalho presencial, 17% um modelo híbrido e 2% teletrabalho. Entre as que adotaram um modelo híbrido ou remoto, 73% afirmam que tal contribuiu para uma melhoria da produtividade e 84% consideram manter este modelo.

Quando questionadas sobre o Salário Mínimo Nacional (SMN), 83% das empresas concordam com a sua existência, ainda que 65% entendam que não deve ser encarado como um instrumento de redistribuição de riqueza.

Entre as que consideram que o SMN deve ser um instrumento com este fim, 45% diz que deveria ser a sociedade a suportá-lo, através de impostos negativos nos rendimentos mais baixos, enquanto as restantes 55% defendem que deveria ser suportado pelos custos de exploração das empresas.

Relativamente ao valor de 1.020 euros mensais projetados para o SMN até ao final da atual legislatura, mais de metade (56%) das empresas inquiridas apontam que é suportável pela conta de exploração das empresas, embora 95% desconheça algum estudo que aponte o seu setor de atividade como tendo capacidade para o financiar.

Para 65% das empresas, a fixação anual do salário mínimo deveria estar dependente da evolução da produtividade.

Quando questionadas sobre a autodeclaração de doença, 55% das empresas manifestou-se contra, apesar de 89% assinalar que nunca registou um caso destes ou que estes são muito pouco frequentes.

No que respeita ao designado “direito a desligar”, metade das empresas defende-o e outras tantas discordam, sendo que entre as que apresentam maior taxa de rejeição à implementação desta medida estão, sobretudo, as médias e microempresas.

Já quanto a sua comunicação à ACT, 86% das empresas discordam deste procedimento.

O inquérito da AIP-CCI foi realizado entre 12 de outubro e 11 de novembro de 2024 junto de 523 sociedades comerciais de todo o país (24% do Norte, 32% do Centro, 26% da Área Metropolitana de Lisboa, 12% do Alentejo, 3% do Algarve e 3% das ilhas).

A indústria representou 47% da amostra, seguida pelos serviços (26%), comércio (14%), construção (7%), agricultura (3%), alojamento e restauração (2%) e transportes e armazenagem (1%), sendo que 3% eram grandes empresas, 8% médias, 45% pequenas e 44% microempresas.

Da totalidade da amostra, 49,01% são empresas exportadoras.

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ERC: APENAS 4% DOS MEDIA PORTUGUESES FATURAM ACIMA DE 10 MILHÕES

As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.

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As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.

Esta é uma das conclusões do estudo de análise económica e financeira sobre os media em Portugal da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) relativo ao exercício de 2023, que tem por base dados reportados pelos regulados, no âmbito da Lei da Transparência da Titularidade dos Meios de Comunicação Social (Lei nº 78/2015, de 29 de julho).

“A análise conduzida pela ERC apurou que os ativos totais das empresas de comunicação social ascenderam a 1.123.063 euros e os rendimentos totais da atividade a 1.166.911 euros”, lê-se no comunicado do regulador.

Constatou-se “que as empresas com rendimentos superiores a 10 milhões de euros apenas representaram 4% da totalidade de entidades, mas 86% dos ativos, 84% dos capitais próprios do setor e 89% dos rendimentos”, prossegue a ERC.

O regulador refere que sobressai “o facto de não se ter assistido, em 2023, a uma melhoria dos rendimentos das empresas de comunicação social em Portugal, mantendo-se em 53% a percentagem de empresas que registam crescimento dos rendimentos”.

No período em análise, “o número de empresas com resultados líquidos positivos, resultados operacionais ou EBITDA positivos, e capitais próprios positivos situou-se em proporções inferiores a 2022”.

O estudo caracteriza o setor dos media português de “granular, composto por muitas pequenas empresas, em especial nos segmentos mais tradicionais, como as publicações periódicas e as rádios hertzianas”.

Aliás, “são as pequenas empresas que enfrentam maiores dificuldades face à alteração paradigmática da forma como os conteúdos são consumidos e dos interesses e composição dos consumidores, limitando ou inibindo a capacidade de crescimento”.

A publicidade continuou a ser a principal fonte de receitas do setor em 2023, “mas a sua evolução apresentou um comportamento misto entre as principais instituições”.

De acordo com a análise, “verificou-se um aumento das receitas de publicidade do segmento de televisão, mas mais centrado nos canais de televisão por subscrição (STVS) em detrimento do ‘free-to-air’ [canais gratuitos]”.

O consumo de notícias “é cada vez mais fragmentado entre diferentes plataformas comunicacionais e que a utilização do vídeo como fonte noticiosa tem vindo a crescer, especialmente entre os mais jovens”, refere a análise, que adianta que como “principal fonte de conteúdos de vídeo noticiosos surgem as plataformas de partilha de vídeo em detrimento dos ‘sites’ dos editores, o que aumenta os desafios de monetização de produção de conteúdos e conexão destes últimos”.

O estudo completo da ‘Análise Económica e Financeira ao Setor de Media em Portugal no ano 2023’ pode ser consultado na página da ERC.

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