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AÇORES ‘CONTABILIZA’ TODO O TEMPO DE SERVIÇO DOS ENFERMEIROS

O Governo dos Açores vai contabilizar integralmente o tempo de serviço congelado dos enfermeiros (de 2004 a 2017), atribuindo um ponto e meio por ano para efeitos de progressão na carreira, adiantou hoje o secretário regional da Saúde.

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O Governo dos Açores vai contabilizar integralmente o tempo de serviço congelado dos enfermeiros (de 2004 a 2017), atribuindo um ponto e meio por ano para efeitos de progressão na carreira, adiantou hoje o secretário regional da Saúde.

“Aquilo que nós consideramos é que os enfermeiros dos Açores estão numa situação bastante favorável, quando comparados com os colegas quer da Madeira, quer do continente”, afirmou o secretário regional da Saúde, Rui Luís, à margem de reuniões em Angra do Heroísmo, ilha Terceira, com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e com o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR).

Segundo Rui Luís, o executivo açoriano faz uma leitura diferente do Ministério da Saúde, que entende que a passagem para a nova carreira, em 2011, 2012 e 2013, deve ser considerada como um impulso remuneratório e por isso só deverá ser atribuída a pontuação a partir desses anos.

“O Governo Regional o que entende é que isto é uma obrigação legal. Foi uma passagem meramente para uma nova carreira e, portanto, todo o período, desde 2004, deve ser contabilizado para os enfermeiros”, declarou o governante.

A maioria dos enfermeiros dos Açores já tinha obtido uma avaliação de dois pontos, entre 2004 e 2008, superior à pontuação atribuída a nível nacional, de acordo com Rui Luís.

“Estamos agora a propor um ponto e meio até 2014 e, a partir de 2015 até 2017, pelo facto de não haver a tal portaria, também atribuirmos um ponto e meio”, avançou, referindo-se à portaria de direção de enfermagem que define o sistema de avaliação e desempenho dos enfermeiros.

O executivo açoriano vai fazer agora o levantamento do número de enfermeiros em condições de progressão e avaliar o impacto financeiro do descongelamento, para “a partir daí negociar com os sindicatos a forma de pôr em prática” a medida, que tem aplicação desde 01 de janeiro de 2018, com efeitos retroativos.

A vice-presidente da delegação dos Açores do SINDEPOR, Estrela Calado, defendeu, no entanto, uma atribuição maior de pontos por ano, alegando que os enfermeiros ainda estão numa fase de transição de carreiras.

“Gostaríamos de ser feita a atribuição de pelo menos dois pontos em cada ano, para que a partir de 2013 começassem a ser avaliados por pontos. Temos de ter em atenção que a anterior carreira só previa a atribuição de ‘satisfaz’ ou ‘não satisfaz’ e os enfermeiros progrediam de três em três anos com a menção qualitativa de satisfaz”, frisou.

O sindicato ficou de apresentar uma proposta, com fundamentação legal, e o executivo comprometeu-se a avaliá-la.

Já o presidente da direção regional dos Açores do SEP, Francisco Branco, saiu satisfeito da reunião com o secretário regional da Saúde.

“Nenhum enfermeiro vai ficar prejudicado relativamente ao tempo que tem para trás”, afirmou, salientando que o Governo Regional fez a mesma interpretação que o sindicato relativamente à contagem do tempo de serviço.

O sindicato defendeu que deve ser contabilizado também o tempo de serviço dos enfermeiros com contrato individual de trabalho e Rui Luís comprometeu-se a avaliar essa possibilidade.

Os enfermeiros podem progredir na carreira quando atingirem 10 pontos. A partir de 2018, a avaliação dos enfermeiros é feita em quatro menções: ‘não adequado’, ‘adequado’, ‘relevante’ e ‘excelente’, podendo as progressões ser atribuídas com três menções de ‘adequado’ ou, em caso de não existir cabimento orçamental, com 10 pontos, atribuídos de acordo com as avaliações.

Nos hospitais e centros de saúde dos Açores trabalham cerca de 1.500 enfermeiros.

LUSA

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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