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BOTICAS DÁ O ‘ARRANQUE’ AO PROTESTO NACIONAL CONTRA O LÍTIO

A associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso (UDCB) quer lançar, a partir de Boticas, uma rede nacional que una organizações representativas de populações que poderão vir a ser afetadas pela exploração de lítio em Portugal.

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A associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso (UDCB) quer lançar, a partir de Boticas, uma rede nacional que una organizações representativas de populações que poderão vir a ser afetadas pela exploração de lítio em Portugal.

O objetivo é, segundo disse hoje à agência Lusa Jéssica Cruz, que integra a UDCB, “unir esforços”, “ter mais voz” na luta contra os projetos mineiros e reivindicar uma alteração “às leis obsoletas a nível do ambiente, social e de proteção dos direitos humanos”.

A rede vai ser lançada durante o colóquio “Exploração do lítio em Portugal — impactos da corrida ao petróleo branco”, que se realiza no sábado em Boticas, distrito de Vila Real, iniciativa promovida pela associação UDCB, uma das primeiras organizações criadas em reação à exploração do lítio em Portugal.

A UDCB opõe-se à mina de lítio a céu aberto prevista para a freguesia de Covas do Barroso, onde a empresa mineira Savannah Resources tem realizado prospeções.

Jéssica Cruz referiu que o objetivo do colóquio “é informar, sensibilizar e alertar”.

O evento ocorre numa altura em que o Governo anunciou que vai lançar, até ao final do ano, oito novos concursos para exploração de lítio em Portugal.

A UDCB diz que todo o “processo está a decorrer à revelia da população, de forma opaca e aparentemente sem grandes critérios de seleção”.

“Controlo e fiscalização das companhias no terreno também não parecem fazer parte dos planos do Governo”, referiu ainda a associação.

Por isso, o objetivo do encontro é “partilhar experiências e tentar encontrar respostas a curto e longo prazo que possam ir de encontro aos interesses da população”.

O colóquio conta ainda com a participação do presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, de Maria do Carmo Mendes, a primeira peticionária e ativista pela preservação da Serra da Argemela, e de membros da Contraminacción, rede galega que luta contra a mineração a céu aberto.

Os temas em debate durante o encontro são: os porquês da corrida ao lítio, o plano nacional e exploração do lítio, exemplos de projetos das minas a céu aberto, direitos e recursos.

O programa inclui ainda uma visita à zona de prospeção de Covas do Barroso.

Este colóquio será, segundo Jéssica Cruz, o primeiro de uma série de encontros em torno da temática da exploração do lítio.

LUSA

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VIANA DO CASTELO: NOVA FÁBRICA VAI CRIAR 500 POSTOS DE TRABALHO

O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.

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O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.

Filip Schelfhout, presidente executivo do CTS Group, que falava na apresentação pública do projeto de investimento na Câmara de Viana do Castelo, adiantou que a nova unidade, a instalar em terrenos situados entre as freguesias de Darque e Vila Nova de Anha, adiantou que a fábrica irá produzir, por ano, 400 toneladas de Unidades de Distribuição de Energia Elétrica (EPOD), para o mercado mundial de data center.

O responsável revelou que a empresa NordicEpod, que resulta da parceira entre o grupo norueguês CTS e a norte-americana Eaton, vai construir a nova fábrica nos 110 mil metros quadrados adquiridos em Viana do Castelo e que os 500 postos de trabalho diretos serão preenchidos com mão-de-obra qualificada, sobretudo engenheiros.

Com um total de construção de 21 mil metros quadrados, a área de produção ficará instalada em 12 mil metros quadrados.

O responsável adiantou que 90% da produção da unidade, que vai entrar em laboração no dia 01 de fevereiro de 2026, destina-se ao mercado europeu e do Médio Oriente, mas estimou entrar no mercado nacional e em outros, face ao crescimento do setor.

Quando começar a laborar, a fábrica irá “despachar”, através do porto de mar de Viana do Castelo, situado a menos de um quilómetro, 10 toneladas EPOD’s, por semana, e 450, por ano, estimando uma faturação anual de 650 milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas, Francisco Reis CEO da BIMMS, que pertence ao grupo norueguês, explicou que os EPOD, que atingem 17 metros de comprimento e 3,5 de largura, são “equipamentos pré-fabricados de transformação de energia de média para baixa corrente que se destinam, essencialmente a suportar instalações críticas, como é o caso dos data centers que não podem ter falhas de energia”.

“Estamos a falar de data centers como a Amazon, Google, Meta, TikTok. São data centers que não podem deixar de ter energia elétrica porque se isso acontece o mundo para”, acrescentou.

Além do mercado externo, Francisco Reis disse que se espera o investimento esta segunda-feira anunciado venha a produzir para Portugal.

“O crescimento da fábrica pode ser feito em duas fases. Internamente terá duas linhas extra de produção que podemos ativar quando aumentar a procura, mas também podemos ativar a construção de outras fábricas, se for necessário servir outros mercados”, referiu.

Francisco Reis explicou que “a fábrica terá duas de produção, uma destinada aos EPOD e, outra, de produção de quadros elétricos”.

A “localização dos terrenos, junto ao porto de mar, a 10 minutos de distância do centro da cidade e a motivação do presidente da Câmara” determinaram a escolha de Viana do Castelo para a instalação da nova fábrica.

O autarca socialista Luís Nobre destacou a “magnitude do projeto e dos parceiros envolvidos”, num setor que considerou “emergente”, capaz de “ter um efeito de arrastamento de outros agentes económicos para se instalarem no concelho”.

“O volume de negócios da nova fábrica está estimado em 650 milhões de euros, por anos. Esse valor representa, atualmente, mais de metade das exportações de Viana do Castelo”, apontou.

Para Luís Nobre trata-se de “um investimento com uma forte componente de inovação e de impacto na nossa economia e na nossa riqueza”.

“Precisávamos deste projeto para tornar o nosso porto de mar num fator de criação de riqueza”, disse, referindo que no concelho estão instaladas mais de 30 multinacionais.

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AVEIRO: LUÍS SOUTO MIRANDA É CANDIDATO DO PSD À AUTARQUIA

O atual presidente da Assembleia Municipal de Aveiro, Luís Souto Miranda, vai ser o candidato do PSD à presidência da Câmara de Aveiro, nas eleições autárquicas, informou esta segunda-feira fonte da concelhia do partido.

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O atual presidente da Assembleia Municipal de Aveiro, Luís Souto Miranda, vai ser o candidato do PSD à presidência da Câmara de Aveiro, nas eleições autárquicas, informou esta segunda-feira fonte da concelhia do partido.

Em declarações à Lusa, o presidente da concelhia de Aveiro do PSD, Simão Santana, confirmou que Luís Souto Miranda será o candidato do partido à câmara local, adiantando que “foi uma decisão da direção nacional do PSD”.

Luís Souto vai assim disputar a presidência da Câmara com o irmão Alberto Souto Miranda, que liderou a autarquia aveirense, entre 1998 e 2005, e que também já anunciou a sua candidatura pelo PS.

Licenciado em Biologia pela Universidade de Aveiro, Luís Souto, de 60 anos, é especialista na área de Genética Forense e Populacional, mestre em Genética Aplicada, pela Universidade do Porto, e doutorado em Ciências Biomédicas, pela Faculdade de Medicina -Universidade de Coimbra.

Atualmente, é docente de bioética e genética forense na Universidade de Aveiro e desempenha o cargo de presidente da Assembleia Geral da ADERAV – Associação para Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro e da Confraria dos Ovos Moles.

Luís Souto é o segundo candidato à presidência da Câmara de Aveiro a surgir, depois de Alberto Souto Miranda, pelo PS.

Atualmente, a Câmara Municipal de Aveiro é liderada pelo social-democrata Ribau Esteves que completará o seu terceiro mandato e que não poderá, por esse motivo, recandidatar-se.

As eleições autárquicas deverão decorrer entre setembro e outubro de 2025.

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