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INTERNACIONAL

‘EX-SÓCIO’ DE ZUCKERBERG DEFENDE O DESMANTELAMENTO DO FACEBOOK

O desmantelamento da empresa Facebook foi recomendado na quinta-feira por uma das suas principais figuras, o cofundador Chris Hughes, num longo artigo de opinião, em que também defende o seu controlo apertado.

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O desmantelamento da empresa Facebook foi recomendado na quinta-feira por uma das suas principais figuras, o cofundador Chris Hughes, num longo artigo de opinião, em que também defende o seu controlo apertado.

Hughes, que fundou esta empresa de redes sociais com Mark Zuckerberg há 15 anos num dormitório da Universidade de Harvard, escreveu no New York Times: “É a altura de desmantelar a Facebook”, separando a rede social, que é a sua atividade original, das aplicações Instagram e WhatsApp, que entretanto adquiriu.

No seu texto, Chris Hughes, que saiu da empresa e garante ter vendido a sua posição em 2012, criticou diretamente Zuckerberg, que acusou de ter sacrificado a proteção da vida privada dos utilizadores em benefício do clique e de ter eliminado a concorrência sem estado de alma.

O texto, muito longo, é acompanhado de uma fotografia dos dois, com rostos juvenis, no ‘campus’ da universidade em 2004.

“É um ser humano. Mas é a sua humanidade que torna o seu poder, fora de controlo, tão problemático”, escreveu Hughes, sobre o seu antigo colega.

Mark Zuckerberg “criou um leviatã que elimina o espírito de empresa e restringe a escolha dos consumidores”, acusou Hughes, que agora é membro do Projeto de Segurança Económica (Economic Security Project), que defende a instauração de um rendimento mínimo de existência nos Estados Unidos da América, e do Roosevelt Institute.

Na sua opinião, Zuckerberg pode decidir, por seu livre arbítrio, alterar os algoritmos da Facebook, para modificar o que os utilizadores veem no seu fio de atualidade ou os parâmetros de proteção de vida privada.

“Estou em cólera pela prioridade que deu ao crescimento, negligenciando a segurança e o civismo para ganhar a corrida aos cliques”, lamentou, afirmando que “o governo deve responsabilizar Mark” por esta situação.

Para Chris Hughes, a Facebook tornou-se um monopólio que convém desmantelar “no mais curto espaço de tempo”: reguladores e eleitos devem tratar rapidamente deste dossiê com, se for preciso, a ameaça de um processo antimonopólio nos tribunais.

E acrescentou: “Desmantelar a Facebook não é suficiente. Precisamos de uma nova agência, encarregada pelo Congresso de regular as empresas tecnológicas”.

Hughes junta-se assim a outros críticos virulentos, como George Soros, que ataca com frequência a Facebook e outras empresas da internet, que também descreve como “monopólios cada vez mais potentes”.

Hughes junta-se também à senadora democrata Elizabeth Warren, candidata democrata às eleições presidenciais de 2020, que propôs recentemente “desmantelar estes monopólios” e que considerou hoje, na rede social Twitter, que Chris Hughes tinha “razão”.

Já muito criticada por não ter antecipado as manipulações políticas orquestradas pela sua rede em particular, durante a campanha presidencial norte-americana em 2016, a Facebook é também atacada pela gestão dos dados pessoais dos seus utilizadores, desde o escândalo Cambridge Analytica em 2018.

LUSA

INTERNACIONAL

INVESTIGAÇÃO SUECA DESCARTA SABOTAGEM AOS CABOS SUBMARINOS

O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

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O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

“Foi estabelecido que uma combinação de condições climatéricas, falhas de equipamento e erros de navegação contribuíram” para os danos, afirmou Mats Ljungqvist em comunicado.

A Suécia tinha abordado um navio búlgaro, o “Vezhen”, no âmbito da investigação de “sabotagem agravada”.

O diretor executivo da empresa de navegação búlgara NaviBulgar negou qualquer irregularidade.

“A investigação mostra agora claramente que não se tratou de sabotagem”, graças ‘aos interrogatórios, às apreensões efetuadas e analisadas e aos exames do local do incidente’, acrescentou Ljungqvist.

O navio apreendido foi, no entanto, a causa dos danos no cabo, segundo o procurador. A investigação prossegue para determinar se foram cometidas outras infrações relacionadas com este incidente.

Na madrugada de 26 de janeiro, foi danificado um cabo de fibra ótica pertencente ao Centro Nacional de Rádio e Televisão da Letónia (LVRTC), que liga a ilha sueca de Gotland à cidade letã de Ventspils.

O LVRTC afirmou que as avaliações preliminares sugeriam “fatores externos”.

Num contexto de vigilância reforçada face às ameaças de “guerra híbrida”, a Noruega abordou brevemente, entre quinta e sexta-feira, um navio norueguês com tripulação russa por suspeita de envolvimento nos danos, antes de o deixar regressar ao mar por falta de provas.

Vários cabos submarinos foram danificados ou quebrados nos últimos meses no Mar Báltico.

Em resposta à natureza repetida destes acontecimentos, a organização do Tratyado do Atlântico Norte (NATO) anunciou em janeiro o lançamento de uma missão de patrulha para proteger esta infraestrutura submarina sensível.

Aeronaves, navios e ‘drones’ estão agora a ser destacados de forma mais frequente e regular para o Mar Báltico, no âmbito de uma nova operação designada “Baltic Sentinel” (“Sentinela do Báltico”).

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INTERNACIONAL

WHATSAPP DENUNCIA CIBERESPIONAGEM A JORNALISTAS COM “SOFTWARE” ISRAELITA

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

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Imagem ilustrativa gerada por AI.

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

O WhatsApp (que pertence à empresa norte-americana Meta) disse que a campanha usou ‘spyware’ da empresa israelita Paragon Solutions e teve como alvo cerca de 90 jornalistas e ativistas de 20 países, a maioria da Europa.

Os alvos foram notificados e a operação foi interrompida em dezembro de 2024, segundo noticiou a NBC News.

O WhatsApp disse que a Paragon usou um ‘vetor’ — um método de acesso ilegal a uma rede, possivelmente através de grupos de conversação e do envio de um ficheiro malicioso — mas não sabe quem perpetrou o ataque.

O WhatsApp, que não respondeu às perguntas da agência de notícias EFE sobre o ataque e a nacionalidade dos afetados, enviou uma carta à Paragon a pedir que cesse as suas atividades e não descartou ações legais, segundo a edição norte-americana do The Guardian.

O jornalista italiano Francesco Cancellato, que conduz o jornal ‘online’ de investigação Fanpage, disse na sexta-feira que foi notificado pelo WhatsApp como uma das vítimas da campanha de ciberespionagem.

“As nossas investigações indicam que pode ter recebido um ficheiro malicioso via WhatsApp e que o ‘spyware’ pode ter levado a que acedessem aos seus dados, incluindo mensagens guardadas no dispositivo”, refere a notificação da rede social.

A Paragon é a criadora do programa de espionagem Graphite, tem como clientes agências governamentais e foi recentemente adquirida pelo grupo de investimento norte-americano AE Industrial Partners.

Segundo o seu ‘site’, a Paragon define-se como uma empresa de ciberdefesa e oferece soluções “baseadas na ética” para “localizar e analisar dados digitais”, formar trabalhadores digitais ou “mitigar ameaças”.

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