Ligue-se a nós

REGIÕES

PORTO: MOVIMENTO QUER TRAVAR O ‘ALOJAMENTO LOCAL’

O movimento “O Porto não se Vende” defendeu hoje a suspensão imediata de novos alojamentos locais no centro histórico da cidade, que considera estar transformado num “hotel a céu aberto”.

Online há

em

O movimento “O Porto não se Vende” defendeu hoje a suspensão imediata de novos alojamentos locais no centro histórico da cidade, que considera estar transformado num “hotel a céu aberto”.

Ana Barbeiro, representante do movimento cívico “O Porto não se Vende” e autora de um estudo sobre o mapeamento do Alojamento Local (AL) no Porto, defendeu que a Câmara do Porto deve proporcionar um serviço para receber queixas e contributos positivos da população enquanto não decide avançar com possíveis medidas de contenção do AL no centro da cidade.

“Vamos ouvir as pessoas. Não podemos esperar mais não sei quantos meses, enquanto ouvimos as pessoas, sem fazer nada”, disse, considerando que a autarquia deve “suspender [novos AL] até que se encontrarem medidas [de contenção]”.

Falando num debate promovido pela Câmara do Porto sobre habitação na cidade, que durou duas horas, Ana Barbeiro, moradora no centro histórico desde 2004, afirmou que a autarquia deve ter como “pano de fundo” que a habitação é um “direito fundamental”.

“O centro histórico [do Porto] é um hotel a céu aberto com os respetivos serviços de entretenimento e bares ‘gourmet’”, e o AL “transformou-se num serviço mínimo de hotelaria distribuído por quarteirões da cidade”, criticou Ana Barbeiro, convidada a participar neste debate público que decorreu no edifício da Câmara e contou também com a presença do presidente do Alojamento Local em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda, e do vereador com a pasta do Turismo, Ricardo Valente.

“A prioridade é o direito à habitação dos habitantes” e “defender a tipicidade das pessoas”, não transformando a cidade numa “simples carta postal”, frisou Ana Barbeiro no final da sua intervenção nesta iniciativa, cujo encerramento ficou marcado por críticas de alguns participantes que queriam intervir no debate e foram interditados, com a justificação de que tinham sido informados que as sugestões deveriam ser deixadas numa “caixa de sugestões”.

Ana Barbeiro reiterou, ao longo das suas intervenções na sessão, a necessidade da suspensão de novos registos de AL até que se tenha um pacote de medidas identificadas pela autarquia para as zonas de contenção daquele alojamento turístico.

“Eu vi a atitude das pessoas do centro histórico a mudar ao longo dos últimos tempos. Desde uma grande alegria inicial, com a chegada dos turistas pelo reavivar do centro histórico, (…) até hoje, em que os “moradores não têm defesa”, designadamente “contra as perturbações quotidianas”, contou, classificando o centro histórico como uma espécie de “colmeia turística, onde numa casa para quatro cabem afinal oito, porque basta abrir as gavetas das camas.

O presidente de Câmara do Porto, Rui Moreira, garantiu na semana passada, em reunião do executivo, estar disposto a implementar medidas de contenção para limitar o AL no centro histórico, após conhecer um estudo feito recentemente na cidade.

O estudo, apresentado no dia 07 de maio na Câmara do Porto, revelou que há “um elevado grau de concentração na Baixa da cidade”, onde a pressão corrente é o “dobro do valor” observado em todo o município.

Em vigor desde 21 de outubro de 2018, as alterações legislativas ao regime do AL determinam que as câmaras municipais e as assembleias de condóminos podem intervir na autorização do exercício da atividade, permitindo a fixação de “áreas de contenção” para “preservar a realidade social dos bairros e lugares”.

O Porto não se Vende” – que reclama o “direito constitucional à habitação acessível para todos” – realizou no verão de 2018 um estudo sobre o mapeamento do AL que revelava que, entre os 6.198 registos de AL que existiam na cidade do Porto até 18 de julho desse ano, mais de metade (51,3%) estavam em nome de empresas ou sociedades e sociedades unipessoais.

LUSA

REGIÕES

ERMESINDE: A A4 VAI ESTAR CORTADA AO TRÂNSITO DURANTE A NOITE

A circulação na autoestrada (A) 4 vai estar encerrada nas noites de terça-feira para quarta-feira e de quarta-feira para quinta-feira, devido a obras, na zona da portagem do nó de Ermesinde, em Valongo, no sentido Porto-Amarante.

Online há

em

A circulação na autoestrada (A) 4 vai estar encerrada nas noites de terça-feira para quarta-feira e de quarta-feira para quinta-feira, devido a obras, na zona da portagem do nó de Ermesinde, em Valongo, no sentido Porto-Amarante.

Segundo a concessionária BCR-Brisa irão decorrer trabalhos de manutenção na zona da praça de portagem, entre as 21h00 e as 06h00.

Nesse período, como alternativa, os automobilistas deverão sair pelo ramo de Ermesinde (sentido Porto-Amarante) até à rotunda de Ermesinde, seguindo na quarta saída da rotunda pela via da esquerda no sentido A4 para Vila Real-Valongo, retomando aí o percurso, indica a concessionária.

LER MAIS

REGIÕES

VIANA DO CASTELO: NOVA FÁBRICA VAI CRIAR 500 POSTOS DE TRABALHO

O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.

Online há

em

O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.

Filip Schelfhout, presidente executivo do CTS Group, que falava na apresentação pública do projeto de investimento na Câmara de Viana do Castelo, adiantou que a nova unidade, a instalar em terrenos situados entre as freguesias de Darque e Vila Nova de Anha, adiantou que a fábrica irá produzir, por ano, 400 toneladas de Unidades de Distribuição de Energia Elétrica (EPOD), para o mercado mundial de data center.

O responsável revelou que a empresa NordicEpod, que resulta da parceira entre o grupo norueguês CTS e a norte-americana Eaton, vai construir a nova fábrica nos 110 mil metros quadrados adquiridos em Viana do Castelo e que os 500 postos de trabalho diretos serão preenchidos com mão-de-obra qualificada, sobretudo engenheiros.

Com um total de construção de 21 mil metros quadrados, a área de produção ficará instalada em 12 mil metros quadrados.

O responsável adiantou que 90% da produção da unidade, que vai entrar em laboração no dia 01 de fevereiro de 2026, destina-se ao mercado europeu e do Médio Oriente, mas estimou entrar no mercado nacional e em outros, face ao crescimento do setor.

Quando começar a laborar, a fábrica irá “despachar”, através do porto de mar de Viana do Castelo, situado a menos de um quilómetro, 10 toneladas EPOD’s, por semana, e 450, por ano, estimando uma faturação anual de 650 milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas, Francisco Reis CEO da BIMMS, que pertence ao grupo norueguês, explicou que os EPOD, que atingem 17 metros de comprimento e 3,5 de largura, são “equipamentos pré-fabricados de transformação de energia de média para baixa corrente que se destinam, essencialmente a suportar instalações críticas, como é o caso dos data centers que não podem ter falhas de energia”.

“Estamos a falar de data centers como a Amazon, Google, Meta, TikTok. São data centers que não podem deixar de ter energia elétrica porque se isso acontece o mundo para”, acrescentou.

Além do mercado externo, Francisco Reis disse que se espera o investimento esta segunda-feira anunciado venha a produzir para Portugal.

“O crescimento da fábrica pode ser feito em duas fases. Internamente terá duas linhas extra de produção que podemos ativar quando aumentar a procura, mas também podemos ativar a construção de outras fábricas, se for necessário servir outros mercados”, referiu.

Francisco Reis explicou que “a fábrica terá duas de produção, uma destinada aos EPOD e, outra, de produção de quadros elétricos”.

A “localização dos terrenos, junto ao porto de mar, a 10 minutos de distância do centro da cidade e a motivação do presidente da Câmara” determinaram a escolha de Viana do Castelo para a instalação da nova fábrica.

O autarca socialista Luís Nobre destacou a “magnitude do projeto e dos parceiros envolvidos”, num setor que considerou “emergente”, capaz de “ter um efeito de arrastamento de outros agentes económicos para se instalarem no concelho”.

“O volume de negócios da nova fábrica está estimado em 650 milhões de euros, por anos. Esse valor representa, atualmente, mais de metade das exportações de Viana do Castelo”, apontou.

Para Luís Nobre trata-se de “um investimento com uma forte componente de inovação e de impacto na nossa economia e na nossa riqueza”.

“Precisávamos deste projeto para tornar o nosso porto de mar num fator de criação de riqueza”, disse, referindo que no concelho estão instaladas mais de 30 multinacionais.

LER MAIS

MAIS LIDAS