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BRAGANÇA LANÇA FESTIVAL DE CINEMA ACESSÍVEL PARA CEGOS E SURDOS

As pessoas cegas e surdas vão poder assistir, pela primeira vez, em Bragança, a sessões de cinema oferecidas pela comunidade académica, que pretende chamar a atenção para as dificuldades destes grupos específicos, divulgaram hoje os promotores.

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As pessoas cegas e surdas vão poder assistir, pela primeira vez, em Bragança, a sessões de cinema oferecidas pela comunidade académica, que pretende chamar a atenção para as dificuldades destes grupos específicos, divulgaram hoje os promotores.

A iniciativa parte dos alunos de mestrado de Tradução da Escola Superior de Educação (ESSE) do Instituto Politécnico de Bragança com a exibição de cinco filmes com audiodescrição e legendagem e visitas guiadas a equipamentos culturais adaptadas às necessidades destes públicos.

Trata-se do primeiro Festival de Cinema Acessível apresentado como “uma iniciativa inédita no país”, que decorre quinta e sexta-feira no auditório da ESE e contempla também espaço para debate sobre a problemática em questão.

A ideia nasceu do trabalho desenvolvido no mestrado de Tradução, concretamente na unidade de Tradução Audiovisual, como contou à Lusa a docente responsável, Cláudia Martins.

“Os alunos trabalham tanto nestas áreas e não conseguimos chegar ao público-alvo, por isso decidimos aproveitar o trabalho realizado e uma parceria que temos para estágios com o Cine-Clube de Avanca e fazer este festival”, concretizou.

O Cine-Clube de Avanca é parceiro no evento e responsável por um dos festivais de cinema mais antigos de Portugal, o Festival de Cinema de Avanca.

O evento de Bragança foi divulgado, segundo Cláudia Martins, junto de instituições que trabalham com surdos e cegos, mas a organização receia que esta primeira edição venha a deparar-se com falta do público-alvo, sobretudo de surdos.

“Não há visibilidade dada a essas pessoas porque não há números. Cada distrito não tem consciência de quantas pessoas tem com deficiência e qual o tipo, e sem esses números ficamos perdidos”, apontou a docente.

Segundo defende, a causa desta lacuna “não é falta de boa vontade, é mesmo falta de recursos nas instituições” que trabalham com estas problemáticas.

A dificuldade surge logo, como salientou, em conseguir fazer chegar a quem precisa as ferramentas e produtos desenvolvidos a nível académico para facilitar o acesso destes grupos ao cinema ou outras manifestações culturais.

O festival assume-se também como “um alerta” para esta situação e para fazer passar a mensagem de que estas modalidades “não são apenas para um grupo específico, têm vantagem para todos”.

O mestrado de Tradução da ESE de Bragança tem desenvolvido atividades de acessibilidade cultural, nomeadamente legendagem para surdos e audiodescrição para cegos, que vão ser postas em prática neste festival.

Ao todo serão exibidas cinco curtas-metragens com legendagem para surdos e audiodescrição para cegos nos dois dias e, embora tenham sido pensados para grupos específicos, toda a comunidade pode assistir e participar nas ações previstas.

O propósito dos promotores é também “proporcionar à assistência generalista e institucional uma experiência de acessibilidade que os sensibilizará para um dos temas mais impactantes na sociedade atual”.

O programa do festival inclui também visitas guiadas ao Centro de Arte Contemporânea Graça Morais e ao Museu do Abade de Baçal, com a devida adaptação às pessoas com deficiência visual e/ou auditiva.

No encerramento é esperado o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e serão apresentadas algumas conclusões relativas às necessidades de acessibilidade em alguns equipamentos culturais da cidade de Bragança.

LUSA

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ERMESINDE: A A4 VAI ESTAR CORTADA AO TRÂNSITO DURANTE A NOITE

A circulação na autoestrada (A) 4 vai estar encerrada nas noites de terça-feira para quarta-feira e de quarta-feira para quinta-feira, devido a obras, na zona da portagem do nó de Ermesinde, em Valongo, no sentido Porto-Amarante.

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A circulação na autoestrada (A) 4 vai estar encerrada nas noites de terça-feira para quarta-feira e de quarta-feira para quinta-feira, devido a obras, na zona da portagem do nó de Ermesinde, em Valongo, no sentido Porto-Amarante.

Segundo a concessionária BCR-Brisa irão decorrer trabalhos de manutenção na zona da praça de portagem, entre as 21h00 e as 06h00.

Nesse período, como alternativa, os automobilistas deverão sair pelo ramo de Ermesinde (sentido Porto-Amarante) até à rotunda de Ermesinde, seguindo na quarta saída da rotunda pela via da esquerda no sentido A4 para Vila Real-Valongo, retomando aí o percurso, indica a concessionária.

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VIANA DO CASTELO: NOVA FÁBRICA VAI CRIAR 500 POSTOS DE TRABALHO

O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.

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O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.

Filip Schelfhout, presidente executivo do CTS Group, que falava na apresentação pública do projeto de investimento na Câmara de Viana do Castelo, adiantou que a nova unidade, a instalar em terrenos situados entre as freguesias de Darque e Vila Nova de Anha, adiantou que a fábrica irá produzir, por ano, 400 toneladas de Unidades de Distribuição de Energia Elétrica (EPOD), para o mercado mundial de data center.

O responsável revelou que a empresa NordicEpod, que resulta da parceira entre o grupo norueguês CTS e a norte-americana Eaton, vai construir a nova fábrica nos 110 mil metros quadrados adquiridos em Viana do Castelo e que os 500 postos de trabalho diretos serão preenchidos com mão-de-obra qualificada, sobretudo engenheiros.

Com um total de construção de 21 mil metros quadrados, a área de produção ficará instalada em 12 mil metros quadrados.

O responsável adiantou que 90% da produção da unidade, que vai entrar em laboração no dia 01 de fevereiro de 2026, destina-se ao mercado europeu e do Médio Oriente, mas estimou entrar no mercado nacional e em outros, face ao crescimento do setor.

Quando começar a laborar, a fábrica irá “despachar”, através do porto de mar de Viana do Castelo, situado a menos de um quilómetro, 10 toneladas EPOD’s, por semana, e 450, por ano, estimando uma faturação anual de 650 milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas, Francisco Reis CEO da BIMMS, que pertence ao grupo norueguês, explicou que os EPOD, que atingem 17 metros de comprimento e 3,5 de largura, são “equipamentos pré-fabricados de transformação de energia de média para baixa corrente que se destinam, essencialmente a suportar instalações críticas, como é o caso dos data centers que não podem ter falhas de energia”.

“Estamos a falar de data centers como a Amazon, Google, Meta, TikTok. São data centers que não podem deixar de ter energia elétrica porque se isso acontece o mundo para”, acrescentou.

Além do mercado externo, Francisco Reis disse que se espera o investimento esta segunda-feira anunciado venha a produzir para Portugal.

“O crescimento da fábrica pode ser feito em duas fases. Internamente terá duas linhas extra de produção que podemos ativar quando aumentar a procura, mas também podemos ativar a construção de outras fábricas, se for necessário servir outros mercados”, referiu.

Francisco Reis explicou que “a fábrica terá duas de produção, uma destinada aos EPOD e, outra, de produção de quadros elétricos”.

A “localização dos terrenos, junto ao porto de mar, a 10 minutos de distância do centro da cidade e a motivação do presidente da Câmara” determinaram a escolha de Viana do Castelo para a instalação da nova fábrica.

O autarca socialista Luís Nobre destacou a “magnitude do projeto e dos parceiros envolvidos”, num setor que considerou “emergente”, capaz de “ter um efeito de arrastamento de outros agentes económicos para se instalarem no concelho”.

“O volume de negócios da nova fábrica está estimado em 650 milhões de euros, por anos. Esse valor representa, atualmente, mais de metade das exportações de Viana do Castelo”, apontou.

Para Luís Nobre trata-se de “um investimento com uma forte componente de inovação e de impacto na nossa economia e na nossa riqueza”.

“Precisávamos deste projeto para tornar o nosso porto de mar num fator de criação de riqueza”, disse, referindo que no concelho estão instaladas mais de 30 multinacionais.

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