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RTP: GOVERNO ACUSADO DE ‘ATRAPALHAR’ REGULALIZAÇÃO DE PRECÁRIOS

A Subcomissão de Trabalhadores da RTP/Porto acusou hoje a tutela de estar a ‘emperrar’ o processo de integração de mais de uma centena de funcionários precários que se candidataram ao Programa de Regularização de Vínculos na Administração Pública (PREVPAP).

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A Subcomissão de Trabalhadores da RTP/Porto acusou hoje a tutela de estar a “emperrar” o processo de integração de mais de uma centena de funcionários precários que se candidataram ao Programa de Regularização de Vínculos na Administração Pública (PREVPAP).

“A administração da RTP já deu parecer positivo. Agora é a CAB [Comissão de Avaliação Bipartida, entidade que junta representantes de três Ministérios de organizações sindicais e à qual cabe avaliar os processos] e o Governo que estão a emperrar. O Governo não atua e as pessoas estão a sofrer com isto”, disse, à agência Lusa, Nelson Silva da Subcomissão de Trabalhadores da RTP/Porto.

Em causa está o programa PREVPAP criado pelo Governo de António Costa, que visa a regularização de vínculos precários na administração pública e o qual estava previsto ter terminado em maio do ano passado.

No entanto em vários setores estatais, bem como em empresas do setor empresarial do Estado, os processos de análise das candidaturas e de regularização de vínculos está atrasado.

De acordo com a Subcomissão de Trabalhadores da RTP/Porto, a nível nacional existem 92 casos que aguardam na CAB para serem processados, aos quais se somam 51 casos que aguardam o despacho da tutela, ou seja, dos Ministérios da Cultura, Finanças, bem como Trabalho e Segurança Social.

“Estamos em maio e faz agora um ano que o processo devia estar concluído. Não é ter começado. É: devia estar concluído há um ano. E isto depois gera ainda mais atrasos porque o processo segue muitas formalidades”, disse Nelson Silva que recordou que os trabalhadores já integrados na RTP ao abrigo do PREVPAP tiveram parecer favorável no verão de 2018, mas esperaram até janeiro para que a integração foi efetivada.

Nelson Silva somou à situação descrita o facto de na RTP/Porto existirem 27 casos de trabalhadores em regime de ‘outsourcing’, os quais esta Subcomissão de Trabalhadores acredita estarem a ser alvo de “discriminação face a colegas que exercem”, disse o responsável, “exatamente as mesmas funções”, nomeadamente face “a um universo de 130 colegas que foram integrados ao abrigo do PREVPAP em janeiro”.

“Estamos a falar de pessoas que tinham 26 dias em média de trabalho por mês, mas estão neste momento com um ou dois dias e alguns nem trabalham. Isto causa um corte brutal no vencimento. Isso é de todo inadmissível e gera situações muito graves a nível pessoal e familiar”, descreveu o responsável.

Já em comunicado a Subcomissão de Trabalhadores da RTP/Porto lembra que estão em causa “vidas de trabalhadores” com os quais os funcionários já integrados nos quadros da empresa partilham espaços

“Pela natureza do seu trabalho, merecem ser tratados com a dignidade que se exige numa democracia minimamente avançada”, refere a nota.

A Subcomissão de Trabalhadores da RTP/Porto recorda, ainda, que em fevereiro esta entidade “chamou a atenção para o tratamento distinto a que estavam a ser sujeitos os trabalhadores abrangidos pelas situações de ‘outsourcing'” e que na altura responsabilizou “diretamente a administração da RTP pela informação que estava a prestar à CAB”.

“Recordámos, inclusivamente, as declarações de responsáveis governativos altamente críticas quanto à postura da empresa, entre as quais as do próprio primeiro-ministro que disse publicamente não entender a incapacidade que o conselho de administração da RTP revelava em resolver o problema”, descreve o comunicado.

Mas, entretanto, de acordo com a Subcomissão de Trabalhadores da RTP/Porto, a informação foi “corrigida pela administração” pelo que “é agora o Governo que revela incapacidade em resolver o problema”, descreve a nota que, por fim, revela que esta subcomissão “perante este impasse” pediu a 15 de maio uma reunião à CAB, aguardando resposta.

LUSA

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ERMESINDE: A A4 VAI ESTAR CORTADA AO TRÂNSITO DURANTE A NOITE

A circulação na autoestrada (A) 4 vai estar encerrada nas noites de terça-feira para quarta-feira e de quarta-feira para quinta-feira, devido a obras, na zona da portagem do nó de Ermesinde, em Valongo, no sentido Porto-Amarante.

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A circulação na autoestrada (A) 4 vai estar encerrada nas noites de terça-feira para quarta-feira e de quarta-feira para quinta-feira, devido a obras, na zona da portagem do nó de Ermesinde, em Valongo, no sentido Porto-Amarante.

Segundo a concessionária BCR-Brisa irão decorrer trabalhos de manutenção na zona da praça de portagem, entre as 21h00 e as 06h00.

Nesse período, como alternativa, os automobilistas deverão sair pelo ramo de Ermesinde (sentido Porto-Amarante) até à rotunda de Ermesinde, seguindo na quarta saída da rotunda pela via da esquerda no sentido A4 para Vila Real-Valongo, retomando aí o percurso, indica a concessionária.

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VIANA DO CASTELO: NOVA FÁBRICA VAI CRIAR 500 POSTOS DE TRABALHO

O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.

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O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.

Filip Schelfhout, presidente executivo do CTS Group, que falava na apresentação pública do projeto de investimento na Câmara de Viana do Castelo, adiantou que a nova unidade, a instalar em terrenos situados entre as freguesias de Darque e Vila Nova de Anha, adiantou que a fábrica irá produzir, por ano, 400 toneladas de Unidades de Distribuição de Energia Elétrica (EPOD), para o mercado mundial de data center.

O responsável revelou que a empresa NordicEpod, que resulta da parceira entre o grupo norueguês CTS e a norte-americana Eaton, vai construir a nova fábrica nos 110 mil metros quadrados adquiridos em Viana do Castelo e que os 500 postos de trabalho diretos serão preenchidos com mão-de-obra qualificada, sobretudo engenheiros.

Com um total de construção de 21 mil metros quadrados, a área de produção ficará instalada em 12 mil metros quadrados.

O responsável adiantou que 90% da produção da unidade, que vai entrar em laboração no dia 01 de fevereiro de 2026, destina-se ao mercado europeu e do Médio Oriente, mas estimou entrar no mercado nacional e em outros, face ao crescimento do setor.

Quando começar a laborar, a fábrica irá “despachar”, através do porto de mar de Viana do Castelo, situado a menos de um quilómetro, 10 toneladas EPOD’s, por semana, e 450, por ano, estimando uma faturação anual de 650 milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas, Francisco Reis CEO da BIMMS, que pertence ao grupo norueguês, explicou que os EPOD, que atingem 17 metros de comprimento e 3,5 de largura, são “equipamentos pré-fabricados de transformação de energia de média para baixa corrente que se destinam, essencialmente a suportar instalações críticas, como é o caso dos data centers que não podem ter falhas de energia”.

“Estamos a falar de data centers como a Amazon, Google, Meta, TikTok. São data centers que não podem deixar de ter energia elétrica porque se isso acontece o mundo para”, acrescentou.

Além do mercado externo, Francisco Reis disse que se espera o investimento esta segunda-feira anunciado venha a produzir para Portugal.

“O crescimento da fábrica pode ser feito em duas fases. Internamente terá duas linhas extra de produção que podemos ativar quando aumentar a procura, mas também podemos ativar a construção de outras fábricas, se for necessário servir outros mercados”, referiu.

Francisco Reis explicou que “a fábrica terá duas de produção, uma destinada aos EPOD e, outra, de produção de quadros elétricos”.

A “localização dos terrenos, junto ao porto de mar, a 10 minutos de distância do centro da cidade e a motivação do presidente da Câmara” determinaram a escolha de Viana do Castelo para a instalação da nova fábrica.

O autarca socialista Luís Nobre destacou a “magnitude do projeto e dos parceiros envolvidos”, num setor que considerou “emergente”, capaz de “ter um efeito de arrastamento de outros agentes económicos para se instalarem no concelho”.

“O volume de negócios da nova fábrica está estimado em 650 milhões de euros, por anos. Esse valor representa, atualmente, mais de metade das exportações de Viana do Castelo”, apontou.

Para Luís Nobre trata-se de “um investimento com uma forte componente de inovação e de impacto na nossa economia e na nossa riqueza”.

“Precisávamos deste projeto para tornar o nosso porto de mar num fator de criação de riqueza”, disse, referindo que no concelho estão instaladas mais de 30 multinacionais.

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