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LISBOA: MANIFESTAÇÃO CONTRA OS DESPEJOS E POR ALTERNATIVAS ‘DIGNAS’

Cerca de 50 pessoas manifestaram-se hoje, em frente ao Ministério das Infraestruturas e da Habitação, em Lisboa, para exigir a suspensão temporária de todos os despejos até que estejam constituídas ‘alternativas dignas e adequadas’ de habitação.

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Cerca de 50 pessoas manifestaram-se hoje, em frente ao Ministério das Infraestruturas e da Habitação, em Lisboa, para exigir a suspensão temporária de todos os despejos até que estejam constituídas “alternativas dignas e adequadas” de habitação.

“Estamos a pedir uma suspensão temporária dos despejos enquanto não há soluções, dizendo que, se há assim tanta fé que a Nova Geração de Políticas de Habitação vai funcionar no futuro, então que se suspenda os despejos até lá, porque as pessoas estão a ser despejadas agora”, afirmou a presidente da Habita — Associação pelo Direito à Habitação e à Cidade, Rita Silva, em declarações à agência Lusa.

No âmbito da ação de protesto, os cidadãos, que se encontram em situação de despejo, ergueram cartazes com mensagens como “Habitação para todos”, “Há uma crise de habitação”, “Despejos sem solução não!”, “Regulem as rendas” e “Contra a financeirização do mercado imobiliário”.

Recebidos pela chefe de gabinete do ministro da Habitação, os manifestantes questionaram sobre as soluções que existem para as pessoas que estão a ser despejadas, ao que a resposta foi que “não há nenhuma solução, inclusivamente também não sabem que tipo de soluções a Segurança Social está ou não está habilitada a providenciar”, avançou a presidente da associação Habita.

Expondo uma série de casos de pessoas que estão em risco de ser despejadas ou que já foram despejadas, “situações diversas, de diferentes municípios, do arrendamento privado e das câmaras municipais”, Rita Silva adiantou que, por parte do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, a única informação prestada foi que há “uma grande fé na Nova Geração de Políticas de Habitação”.

“A Nova Geração de Políticas de Habitação não vai responder ao problema das pessoas que estão, neste momento, a ser despejadas, nem responde ao problema geral”, defendeu a responsável pela associação Habita, criticando as “soluções neoliberais” como as rendas acessíveis, que “não são de todo acessíveis aos salários médios de quem vive e trabalha em Portugal”, uma vez que as rendas são definidas em 80% do valor do mercado, a que poderão candidatar-se famílias que fiquem com uma taxa de esforço que não ultrapasse os 35%.

“Para os salários médios e baixos em Portugal, não há soluções e o que nos dizem é que há falta de dinheiro público, porque não há recursos financeiros do Estado”, referiu Rita Silva, reiterando que há falta de respostas, por parte do Governo, na Nova Geração de Políticas de Habitação.

Em contraste à ausência de resposta às famílias com salários médios e baixos, “há muito dinheiro público e medidas governativas que estão a apoiar o mercado que expulsa, por exemplo, as isenções à reabilitação urbana e as isenções aos fundos de investimento imobiliário”, contestou a associação Habita.

“Vamos voltar muitas vezes ao Ministério, vamos exigir do Ministério uma verdadeira política de habitação que responda às necessidades concretas do momento atual”, disse Rita Silva, explicando que não ficou agendado nenhum encontro, mas as respostas que os cidadãos receberam hoje são “insuficientes”.

Considerando que há uma crise e uma emergência habitacional, a associação Habita reivindica “respostas de emergência imediatas”, propondo “uma suspensão temporária de todos os despejos até que estejam constituídas alternativas dignas e adequadas para todas as pessoas”, independentemente da Nova Geração de Políticas de Habitação e da Lei de Bases da Habitação.

Sobre a Lei de Bases da Habitação, em discussão no parlamento, com projetos de PS, PCP e BE, a associativista pelo direito à habitação e à cidade destacou o recuo dos socialistas em relação aos mecanismos de proteção ao despejo, “que já não eram muitos e ainda retrocederam mais”.

“Não há mecanismo de proteção efetiva relativamente aos despejos”, reclamou Rita Silva, alertando para a situação de “crise de despejos por este Portugal fora” tem a ver com não-renovações de contrato, com pessoas que não conseguem pagar as rendas, pessoas que não conseguem pagar os créditos à habitação.

LUSA

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ERMESINDE: A A4 VAI ESTAR CORTADA AO TRÂNSITO DURANTE A NOITE

A circulação na autoestrada (A) 4 vai estar encerrada nas noites de terça-feira para quarta-feira e de quarta-feira para quinta-feira, devido a obras, na zona da portagem do nó de Ermesinde, em Valongo, no sentido Porto-Amarante.

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A circulação na autoestrada (A) 4 vai estar encerrada nas noites de terça-feira para quarta-feira e de quarta-feira para quinta-feira, devido a obras, na zona da portagem do nó de Ermesinde, em Valongo, no sentido Porto-Amarante.

Segundo a concessionária BCR-Brisa irão decorrer trabalhos de manutenção na zona da praça de portagem, entre as 21h00 e as 06h00.

Nesse período, como alternativa, os automobilistas deverão sair pelo ramo de Ermesinde (sentido Porto-Amarante) até à rotunda de Ermesinde, seguindo na quarta saída da rotunda pela via da esquerda no sentido A4 para Vila Real-Valongo, retomando aí o percurso, indica a concessionária.

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VIANA DO CASTELO: NOVA FÁBRICA VAI CRIAR 500 POSTOS DE TRABALHO

O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.

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O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.

Filip Schelfhout, presidente executivo do CTS Group, que falava na apresentação pública do projeto de investimento na Câmara de Viana do Castelo, adiantou que a nova unidade, a instalar em terrenos situados entre as freguesias de Darque e Vila Nova de Anha, adiantou que a fábrica irá produzir, por ano, 400 toneladas de Unidades de Distribuição de Energia Elétrica (EPOD), para o mercado mundial de data center.

O responsável revelou que a empresa NordicEpod, que resulta da parceira entre o grupo norueguês CTS e a norte-americana Eaton, vai construir a nova fábrica nos 110 mil metros quadrados adquiridos em Viana do Castelo e que os 500 postos de trabalho diretos serão preenchidos com mão-de-obra qualificada, sobretudo engenheiros.

Com um total de construção de 21 mil metros quadrados, a área de produção ficará instalada em 12 mil metros quadrados.

O responsável adiantou que 90% da produção da unidade, que vai entrar em laboração no dia 01 de fevereiro de 2026, destina-se ao mercado europeu e do Médio Oriente, mas estimou entrar no mercado nacional e em outros, face ao crescimento do setor.

Quando começar a laborar, a fábrica irá “despachar”, através do porto de mar de Viana do Castelo, situado a menos de um quilómetro, 10 toneladas EPOD’s, por semana, e 450, por ano, estimando uma faturação anual de 650 milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas, Francisco Reis CEO da BIMMS, que pertence ao grupo norueguês, explicou que os EPOD, que atingem 17 metros de comprimento e 3,5 de largura, são “equipamentos pré-fabricados de transformação de energia de média para baixa corrente que se destinam, essencialmente a suportar instalações críticas, como é o caso dos data centers que não podem ter falhas de energia”.

“Estamos a falar de data centers como a Amazon, Google, Meta, TikTok. São data centers que não podem deixar de ter energia elétrica porque se isso acontece o mundo para”, acrescentou.

Além do mercado externo, Francisco Reis disse que se espera o investimento esta segunda-feira anunciado venha a produzir para Portugal.

“O crescimento da fábrica pode ser feito em duas fases. Internamente terá duas linhas extra de produção que podemos ativar quando aumentar a procura, mas também podemos ativar a construção de outras fábricas, se for necessário servir outros mercados”, referiu.

Francisco Reis explicou que “a fábrica terá duas de produção, uma destinada aos EPOD e, outra, de produção de quadros elétricos”.

A “localização dos terrenos, junto ao porto de mar, a 10 minutos de distância do centro da cidade e a motivação do presidente da Câmara” determinaram a escolha de Viana do Castelo para a instalação da nova fábrica.

O autarca socialista Luís Nobre destacou a “magnitude do projeto e dos parceiros envolvidos”, num setor que considerou “emergente”, capaz de “ter um efeito de arrastamento de outros agentes económicos para se instalarem no concelho”.

“O volume de negócios da nova fábrica está estimado em 650 milhões de euros, por anos. Esse valor representa, atualmente, mais de metade das exportações de Viana do Castelo”, apontou.

Para Luís Nobre trata-se de “um investimento com uma forte componente de inovação e de impacto na nossa economia e na nossa riqueza”.

“Precisávamos deste projeto para tornar o nosso porto de mar num fator de criação de riqueza”, disse, referindo que no concelho estão instaladas mais de 30 multinacionais.

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