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FELGUEIRAS: SUSPEITAS DE CRIME NA GESTÃO DO EX-PRESIDENTE INÁCIO RIBEIRO

Assembleia Municipal de Felgueiras envia auditoria à câmara para Ministério Público. Uma auditoria às contas da autarquia mostrou indícios de prevaricação, violação orçamental e administração danosa.

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A decisão foi tomada por maioria, por proposta da mesa, depois de o atual presidente da câmara, Nuno Fonseca (PS/Livre), ter concluído, na sessão da assembleia municipal, haver indícios de crimes, nomeadamente de prevaricação, violação orçamental e administração danosa, entre 2013 e 2017, período do executivo liderado por Inácio Ribeiro, ao qual reportou a auditoria realizada por uma entidade independente.

De acordo com os termos da deliberação, o relatório também vai ser enviado para a Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) e Inspeção-Geral de Finanças (IGJ).

As conclusões da auditoria ao mandato anterior, realizada por deliberação da Assembleia Municipal e por iniciativa do PSD, suscitaram uma longa discussão entre os membros do órgão.

A polémica começou na terça-feira, depois de o PSD local, em conferência de imprensa, ter acusado o presidente da Câmara Municipal, Nuno Fonseca [PS/Livre], de ter mentido sobre a saúde financeira do município, uma vez que a recente auditoria concluiu, segundo aquele partido, que as contas da gestão social-democrata, do anterior mandato, “eram boas”.

“Nestes últimos 20 meses, o atual executivo, presidido por Nuno Fonseca, mentiu aos felgueirenses quanto à saúde financeira da Câmara de Felgueiras, construindo um conjunto de falsidades sobre a pesada herança que o executivo do PSD lhes deixou”, consideraram os social-democratas, argumentos que hoje os deputados daquele partido repetiram na Assembleia Municipal.

Por seu turno, o presidente negou hoje ao plenário que tenha mentido aos munícipes sobre as contas da autarquia.

“Eu não sou mentiroso. Se há aqui alguém que é mentiroso são vocês, e andam aqui a baralhar as pessoas”, afirmou, voltando-se para a bancada da oposição.

Nuno Fonseca insistiu que a auditoria “revela coisas preocupantes, inúmeras irregularidades, algumas delas graves e que põem o município numa situação muito delicada”.

Alegadas irregularidades na contração de ajustes diretos e na constituição de uma empresa municipal foram outras situações elencadas pelo chefe do executivo municipal.

A propósito da situação financeira, o autarca recordou que, quando tomou posse, em outubro de 2017, os fundos disponíveis eram de “apenas” cinco mil euros e que, em novembro, os fundos disponíveis eram de 1,3 milhões de euros negativos.

Nuno Fonseca considerou, por outro lado, que as contas do anterior mandato, que hoje o PSD elogiou, “não refletem a verdade”.

E explicou, citando uma conclusão da auditoria: “A informação sobre as regras do equilíbrio orçamental não se encontra devidamente reportada. E, portanto, do ponto de vista das contas, aquilo que não está bem reportado não vai refletir a verdade, vai refletir aquilo que se andou a maquilhar”.

Em reforço da sua posição, leu outro excerto do relatório: “Na auditoria diz o seguinte: registo tardio de faturas rececionadas, verificando-se assim incumprimento, representando um risco de passivo não registado no final do período de reporte”.

O autarca assinalou, por fim, que foram detetados “fortes indícios de mecanismos de fracionamento de despesa, fuga aos concursos públicos e, eventualmente, fuga ao visto do Tribunal de Contas, com prejuízo para o município, porque perdeu fundos comunitários”.

Após a intervenção de Nuno Fonseca e depois de também o presidente da Assembleia Municipal, José Campos, ter dito que ficou “muito preocupado” com as conclusões da auditoria, defendendo que o órgão devia tomar uma posição sobre a matéria, a maioria dos deputados, incluindo da bancada do PSD, concordou com a necessidade de ser enviado o documento para as entidades que fiscalizam o exercício do poder local.

LUSA

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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