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ATAQUE TERRORISTA EM BRUXELAS

Três grandes explosões ocorreram esta terça-feira de manhã no aeroporto internacional de Zaventem, em Bruxelas, na zona das partidas. Minutos antes das explosões, um homem terá gritado palavras em árabe e logo a polícia disparou sobre ele. Segundo a emissora belga VRT, as explosões foram levadas a cabo por bombistas suicidas. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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ATAQUE TERRORISTA EM BRUXELAS

Últimas informações dão conta de que foram ouvidos disparos após alguém ter gritado palavras em árabe. Aeroporto foi evacuado e o espaço aéreo fechado.

Três grandes explosões ocorreram esta terça-feira de manhã no aeroporto internacional de Zaventem, em Bruxelas, na zona das partidas. Fontes hospitalares citadas pela emissora pública belga RTBF falam em 28 mortos e dezenas de feridos.

Minutos antes das explosões, um homem terá gritado palavras em árabe e logo a polícia disparou sobre ele. Segundo a emissora belga VRT, as explosões foram levadas a cabo por bombistas suicidas.

O nível de ameaça foi elevado para quatro em todo o país (estava no nível 3) e activado o plano de catástrofe provincial.

“Ouvi duas grandes grandes explosões. Senti o edifício a tremer e depois havia muito pó e fumo”, descreve um repórter da Sky News que se encontrava na zona do “duty free”.

O aeroporto foi evacuado e as ligações de comboio entre o aeroporto e a capital suspensas. Os voos estão também suspensos e o espaço aéreo foi fechado.

A primeira explosão terá ocorrido às 8h00 (7h00 em Lisboa), ao que tudo indica junto ao balcão da American Airlines, mas esta informação ainda não foi confirmada.

As imagens que estão a ser divulgadas mostram fumo a sair do edifício do terminal e grandes danos no interior do edifício, cujo tecto já abateu. As janelas também não resistiram às explosões e os estilhaços atingiram várias pessoas.

É ainda desconhecida a causa das explosões e se se tratou de um acidente ou de um atentado. Certo é que aconteceram quatro dias depois da detenção, em Bruxelas, do principal suspeito dos ataques de Novembro em Paris. Salah Abdeslam, 26 anos, foi detido na sexta-feira, depois de quatro meses em fuga. A sua detenção permitiu identificar um novo suspeito: Najim Laachraoui, de 24 anos, mais conhecido pelo nome falso de Sufiane Kayal.

Desde então, a polícia belga tem estado mais alerta para eventuais represálias.

O aeroporto internacional de Bruxelas serve mais de 23 milhões de pessoas por ano.

Uma resposta esperada: Na segunda-feira, o ministro belga da Administração Interna, Jan Jambon, afirmou que o país estava em alerta dada a possibilidade de vingança por parte de aliados de Salah Abdeslam.

“Sabemos que neutralizar uma célula pode levar outras a entrar em acção. Estamos cientes de que este é um desses casos”, antecipou numa entrevista à rádio pública.

O investigador francês Francois Molins afirmou, numa conferência de imprensa em Paris, no sábado, que Abdeslam – cidadão francês nascido e criado em Bruxelas – admitiu ter pretendido fazer-se explodir no Stade de France, durante os atentados, mas que acabou por desistir.

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INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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