ECONOMIA & FINANÇAS
ECONOMIA: UVA DE MESA PORTUGUESA JÁ PODE SER EXPORTADA PARA A CHINA
O mercado chinês foi aberto hoje à exportação de uva de mesa produzida em Portugal, após um “intenso processo de negociações técnicas e diplomáticas”, anunciou o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.
O mercado chinês foi aberto hoje à exportação de uva de mesa produzida em Portugal, após um “intenso processo de negociações técnicas e diplomáticas”, anunciou o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.
Em comunicado, o Ministério liderado por Capoulas Santos sublinha que se trata do “primeiro acordo fitossanitário conseguido com as autoridades chinesas, abrindo mais uma oportunidade de crescimento para o setor hortofrutícola nacional”.
“Pode agora ter início a exportação desta fruta, desde que cumpridos todos os requisitos acordados entre as autoridades fitossanitárias nacionais e chinesas”, explica a mesma fonte.
Para o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, citado no comunicado, “esta é uma excelente notícia para o setor hortofrutícola nacional, cujas exportações têm vindo a registar uma trajetória ascendente muito consistente”.
Medeiros Vieira refere que até julho, as exportações do setor hortofrutícola ultrapassaram 900 milhões de euros, o que representa um crescimento de 11% face ao período homólogo.
“O mercado chinês, que este Governo abriu para a carne de porco, é um mercado de extrema exigência, mas de uma dimensão relevantíssima, capaz de fazer a diferença para muitos produtores nacionais”, sublinha o governante, considerando também que “nesta matéria, é necessário ter uma estratégia de negociação consistente, assente em elevados padrões de qualidade e numa diplomacia dinâmica e com grande capacidade de resposta”.
O secretário de Estado da Agricultura manifesta-se otimista também quanto à abertura do mercado chinês aos citrinos, pera e maçã, “processos que estão já em fase adiantada de negociação”, adianta.
Segundo o Ministério da Agricultura, desde que assumiu funções, o Governo abriu 56 mercados, para 228 produtos (172 da área animal e 56 de origem vegetal).
O Governo está ainda a trabalhar “de forma intensa e empenhada” na abertura de 61 mercados, para viabilização da exportação de 277 produtos, sendo 232 da área animal e 45 da área vegetal, avança a mesma fonte.
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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