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TURISMO: REGIÃO CENTRO QUER ABANDONAR O ‘DISCURSO DO COITADINHO’

O Centro de Portugal tem de “abandonar o discurso de coitadinho” e lutar pelos seus direitos junto do poder central, posicionando-se com uma alternativa válida às regiões metropolitanas”, defendeu hoje Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro.

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O Centro de Portugal tem de “abandonar o discurso de coitadinho” e lutar pelos seus direitos junto do poder central, posicionando-se com uma alternativa válida às regiões metropolitanas”, defendeu hoje Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro.

Olíder da entidade regional, que abrange cem municípios, considera que “o Centro de Portugal tem sido maltratado pelo poder central ao longo de décadas”, situação que se traduziu num “evidente atraso” em relação a outras regiões do país.

“Chegou a altura de colocar a maior região do país no centro das atenções”, disse Pedro Machado à agência Lusa, acrescentando que “o Centro está cansado de ser tratado como o parente pobre do país e com paternalismo por parte dos decisores”.

Machado lembra que a Turismo do Centro chega ao Dia Mundial do Turismo, que se comemora na sexta-feira, com um crescimento acima da média nacional segundo indicadores regulares do Instituto Nacional de Estatística.

Mas isso não tem correspondência no peso da Região no todo nacional, uma vez que tem de lutar em diversos setores de atividade contra “constrangimentos” que a impedem de “concretizar todo o seu enorme potencial”.

Com um discurso que ultrapassa as fronteiras do turismo e da entidade a que preside, Pedro Machado defende que o Centro “tem de cimentar a sua atratividade”, posicionando-se como alternativa válida às regiões metropolitanas.

Para que isso aconteça, o presidente da Turismo do Centro defende uma nova atitude por parte dos dirigentes regionais e dos decisores nacionais. Aos primeiros, Machado pede “uma atitude menos conformista”, dizendo que “não basta gerir o declínio do interior”, sendo preciso “abandonar o discurso do coitadinho e não aceitar o papel de menoridade que querem atribuir à região”.

Aos políticos nacionais, Machado pede mais atenção aos problemas da região, em quase todas as áreas. “Não chega interessarem-se pela vida das pessoas desta região apenas nas campanhas eleitorais”, avisa.

Neste contexto, Pedro Machado enumera as medidas que considera essenciais para o “arranque da região”, que surgem como um verdadeiro caderno reivindicativo em diversas áreas, mas sobretudo no capítulo das acessibilidades.

Assim, aponta para a necessidade de construir uma ligação de Viseu à A1, seja a norte ou a sul de Coimbra. Defende que a única forma de desenvolver economicamente a Beira Interior passa por uma ligação em autoestrada de Castelo Branco à fronteira de Espanha, que deixaria Madrid a três horas de distância, incrementando a vinda de turistas.

Ainda pensando no impacto para o Turismo, pede uma solução para “a difícil acessibilidade à Serra da Estrela”, através de um túnel entre Seia e Covilhã, ou de um novo traçado da ligação atual às Penhas da Saúde. “Não haverá desenvolvimento e verdadeiro destino de neve na Serra sem a resolução deste constrangimento”, avisa.

Considera também que as portagens nas Scut do interior deveriam ser progressivamente reduzidas. “As portagens são um elemento dissuasor, que afasta os turistas interessados em descobrir o interior do país”, refere Machado.

O presidente da Turismo do Centro insiste, como tem feito nos últimos anos, na utilização da Base Aérea de Monte Real para voos civis, o que permitiria ao Centro deixar de ser a única região do país que não é servida por um aeroporto.

“A região deve bater-se por uma solução aeroportuária, direcionada para a utilização de voos ‘charters’ e ‘low cost'”, defende. “Monte Real, em estádio mais avançado e pela ligação a Fátima, à Nazaré e ao Património Mundial, seria preferencial, não descurando outras soluções, como os aeródromos de Coimbra, Viseu ou Covilhã”, refere.

O líder da Turismo do Centro foca também a sua atenção nas acessibilidades ferroviárias e marítimas, defendendo a concretização da ligação ferroviária, em velocidade alta, Aveiro-Viseu-Salamanca-Madrid, e a construção, até 2030, de um Terminal de Cruzeiros (de segunda linha), para embarcações de menor dimensão e exigência, que seja alternativa a Porto e Lisboa, a fixar em Aveiro ou Figueira da Foz.

“Mas, acima de tudo, é preciso mudar de atitude e reivindicar as ferramentas e fundos que permitam o crescimento da maior região do país”, refere Machado, que promete enumerar em breve as suas prioridades para valorização do interior, consideradas fundamentais.

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CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.

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Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.

Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.

Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.

“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.

Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.

Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.

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RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL

A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.

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A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.

Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.

Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.

Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.

Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.

No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.

Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.

No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.

No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.

Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.

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