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VOTO ANTECIPADO: 28 MIL INSCRITOS EM DOIS DIAS LEVANTA PREOCUPAÇÕES

A Câmara do Porto disse hoje que os números referentes ao primeiro dia de inscrições para exercer o voto antecipado nas legislativas “vêm reforçar” as preocupações já manifestadas em maio e reiteradas novamente no início deste mês.

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A Câmara do Porto disse hoje que os números referentes ao primeiro dia de inscrições para exercer o voto antecipado nas legislativas “vêm reforçar” as preocupações já manifestadas em maio e reiteradas novamente no início deste mês.

“Os números apresentados ontem [segunda-feira] pela SGMAI [Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna referentes apenas ao primeiro dia vêm reforçar as preocupações já anteriormente manifestadas pela câmara em maio e reiteradas novamente no início deste mês”, apontou hoje a autarquia em resposta à Lusa.

Na segunda-feira, primeiro dia de inscrições, e segundo os dados registados até 23:59 de segunda-feira pela SGMAI, mais de 28.176 pessoas inscreveram-se no voto antecipado para as eleições legislativas de 6 de outubro.

Segundo o relatório da SGMAI, os distritos que lideram os pedidos de votação antecipada, que decorre a 29 de setembro, são os distritos de Lisboa (11.006) e o Porto (4.779).

Em maio, o município tinha já alertado para a falta de condições que permitiam cumprir a lei do voto antecipado, alertando para as dificuldades que se anteviam.

“A verdade é que, de maio até agora, nada foi feito apesar das dificuldades registadas, daí o reforço da câmara ainda no início do mês de setembro, sem qualquer resposta até ao momento”, refere a câmara.

Para o município, são vários os fatores que concorreram para “esta incerteza”, desde logo “a imprevisibilidade do número de votantes até escassas horas do ato eleitoral, o despejar de responsabilidades nas câmaras de competências distritais, a ausência de qualquer tipo de compensação financeira na gestão deste processo, ou a desresponsabilização dos partidos na nomeação de delegados às mesas”, o que “obriga o Presidente de câmara a, 24 horas antes, ter de promover um suposto ‘sorteio’ entre os seus munícipes para colmatar a questão”.

No início do mês, o município voltou a alertar para a “ausência de condições” para cumprir a lei do voto antecipado, considerando que a mesma é “descuidada” e onera as autarquias.

“Senhor secretário-geral, o que estamos a falar – e para que se perceba – é que, conhecido o número de leitores que deseje votar antecipadamente no Porto (o que pode variar entre 0 e 10 milhões) apenas numa sexta-feira anterior ao ato, a Câmara do Porto calcule e monte em 48 horas um processo de constituição de mesas de voto que podem chegar a requerer, segundo os números previstos pela própria secretaria-geral, centenas de delegados que, devendo ser nomeados pelos partidos políticos, não estão legalmente garantidos”, lê-se numa carta enviada para o Secretário Geral – Adjunto da Administração Eleitoral no início de setembro.

Acrescenta a autarquia na missiva que “a mesma lei que desobriga os partidos da colaboração”, “obriga o presidente da câmara a resolver o problema em 24 horas e a um sábado através de um suposto sorteio entre os seus municípios para colmatar a eventual deserção das forças políticas do processo”.

“Como se processa tal sorteio, como se notificam os referidos delegados a um sábado e como se obrigam a participar no processo eleitoral que desconhecem? A lei não esclarece”, questiona o município.

A inscrição para o voto antecipado tem de ser feita até às 24 horas da próxima quinta-feira, dia 26 de setembro.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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