REGIÕES
LEGISLATIVAS: PROTESTOS EM VILA NOVA DE GAIA DEVIDO A ‘POUCAS’ MESAS DE VOTO
Eleitores que votam numa escola do centro de Vila Nova de Gaia queixaram-se hoje de terem de enfrentar longas filas, numa secção onde o número de mesas de voto foi reduzido de 15 para oito.
Eleitores que votam numa escola do centro de Vila Nova de Gaia queixaram-se hoje de terem de enfrentar longas filas, numa secção onde o número de mesas de voto foi reduzido de 15 para oito.
Em causa estão as secções de voto instaladas na Escola Secundária António Sérgio, na freguesia urbana de Mafamude, onde há registos de eleitores que esperaram mais de uma hora pela sua vez, desistiram e voltaram mais tarde, para nova e longa espera.
Para votar nas 15 mesas de voto da escola em causa foram inscritos 11.119 eleitores e até às 15:30 tinham votado 4.775.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Junta de Freguesia, João Paulo Correia, sublinhou, desde logo, que não é a autarquia que determina a organização das mesas de voto. “O problema é que é a junta que tem de dar a cara, numa decisão que não foi nossa”, acrescentou, explicando que teve de dar cumprimento a uma alteração imposta por lei de há um ano.
“Isto tem a ver com a lei eleitoral para a Assembleia da República que, no seu artigo 40 e numa revisão feita há um ano, veio dizer que as mesas de voto eram organizadas por sensivelmente 1.500 eleitores. Depois, a própria Comissão Nacional de Eleições (CNE) e a DGAI, que dá apoio às eleições, insistiram junto das freguesias para fazerem essa alteração”.
Daí resultou que, no caso da Escola António Sérgio, onde tínhamos mesas com 900 eleitores, a junta foi forçada a aproximá-los dos 1.300 ou 1.400. “E aquilo foi autorizado”, afirmou.
João Paulo Correia lembrou, entretanto, que “os cidadãos que estiverem nas instalações à hora de fecho da votação, podem continuar a esperar, porque que terão sempre oportunidade de exercer o seu direito”.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da CNE, João Tiago Machado, disse não ter registado qualquer queixa alusiva.
Ao lado, no concelho do Porto, a PSP foi chamada a uma secção de voto da zona da Corujeira, por um cidadão que queria exercer o seu direito de voto, mas o seu nome já estava descarregado nos cadernos como tendo participado no ato eleitoral, disse fonte do Comando Metropolitano daquela força policial.
Questionado também sobre este assunto, João Tiago Machado disse ter notícia de pelo menos um caso similar, mas avisou que a CNE “não tem poderes nenhuns para atuar hoje nesse sentido”.
“O que se recomenda é que se lavre um protesto e, mediante esse protesto e se a entrada do último deputado por esse círculo tiver sido por pouquinhos votos, pode dar azo à repetição da votação nessa mesa”, observou.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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