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NACIONAL

ORDEM DOS MÉDICOS RECEBEU 20 PEDIDOS DE AJUDA SOBRE ECOGRAFIAS

Cerca de duas dezenas de pais acompanhados na clínica Ecosado estão preocupados com as ecografias realizadas neste estabelecimento de saúde, tendo pedido ajuda e aconselhamento à Ordem dos Médicos (OM), avançou hoje à Lusa o bastonário.

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Cerca de duas dezenas de pais acompanhados na clínica Ecosado estão preocupados com as ecografias realizadas neste estabelecimento de saúde, tendo pedido ajuda e aconselhamento à Ordem dos Médicos (OM), avançou hoje à Lusa o bastonário.

Miguel Guimarães adiantou que os pedidos de ajuda foram dirigidos ao bastonário e foram feitos principalmente pelos pais.

“Também há casos de grávidas, mas foram basicamente os maridos que tomaram a dianteira. Ficaram preocupados, e bem”, disse o bastonário dos médicos.

Segundo Miguel Guimarães, as preocupações dos pais prendiam-se com o facto de as grávidas estarem a realizar as ecografias naquela clínica em Setúbal, onde o médico Artur Carvalho realizou ecografias à mãe do bebé que nasceu com malformações graves.

“Uma das questões que se colocou e foi a mais frequente (…) era a dizer que estavam a fazer as ecografias na Ecosado e que agora não sabiam como haviam de fazer”, porque tinham dúvidas se o médico tinha feito corretamente o exame.

Perante esta preocupação, os pais pediram aconselhamento à OM no sentido de indicar, por um lado, onde deviam fazer a ecografia e, por outro lado, se deviam repetir as ecografias já realizadas, disse Miguel Guimarães, referindo ainda casos de pais preocupados com o destino a dar às credenciais para ecografias que têm em mãos, uma vez que foi denunciado que a Ecosado não tem convenção com o SNS.

A agência Lusa contactou especialistas no sentido de perceber o impacto que casos como o deste bebé que nasceu sem parte rosto pode ter em grávidas e se tem havido manifestações de preocupação por parte de famílias.

“Em Portugal, a distribuição dos nossos recursos humanos e a sua qualificação é muito elevada e não podemos confundir um caso que ocorre marginal numa pequena situação com todo o universo da vigilância da gravidez em Portugal, que tem dos melhores indicadores quer obstétricos quer neonatais da OCDE”, disse à agência Lusa o presidente do Conselho Regional do Sul da OM, Alexandre Valentim Lourenço.

Também médico obstetra no Hospital Santa Maria, Alexandre Valentim Lourenço afirmou que não tem havido “um afluxo anormal de grávidas ou de pais a pedirem informação suplementar, embora haja alguma preocupação”.

“Muitas destas pessoas que estão a seguir uma gravidez têm uma boa relação com o seu médico assistente, o qual lhes dá muito tempo de atenção e têm resolvido com o seu médico assistente as dúvidas que, entretanto, possam ter surgido”, sublinhou.

O presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia, Luís Graça, afirmou por seu turno que as “grávidas podem ficar tranquilas”, mas disse compreender uma eventual preocupação.

“Eu entendo que as grávidas, que mesmo sem haver este tipo de acontecimentos têm sempre alguma ansiedade relativamente ao seu bebé, agora fiquem bastante mais preocupadas”, afirmou o especialista, que exerce há mais de 40 anos.

No entanto, deve dar-se “uma palavra de tranquilidade, porque a maior parte dos locais onde se faz ecografia obstétrica é de qualidade média ou superior”.

“A maior parte dos médicos que fazem ecografia obstétrica são pessoas com qualidade ou pelo menos são pessoas que têm a consciência das suas limitações e, portanto, se tiverem alguma dúvida mandam a outro lado”, salientou.

Portanto, vincou Luís Graça, “as grávidas não têm que ficar completamente desaustinadas com o que sucedeu. Agora que é compreensível estarem preocupadas, sim”.

Alexandre Valentim Lourenço acrescentou que a OM pode assegurar que Portugal tem especialistas na área de obstetrícia de “elevada qualidade e que a vigilância da gravidez em Portugal é, por exemplo, de melhor qualidade do que no Reino Unido”, onde a maior parte das grávidas não têm acesso aos mesmos métodos complementares nem às ecografias que existem em Portugal.

Para o responsável, “é importante” preservar o que foi construído ao longo de 20 anos na área materno-infantil e “evitar que haja desregulação, falta de controlo e que se retorne a um passado, já um pouco antigo, de uma situação em que os indicadores e a assistência não eram tão bons”.

Contactado pela Lusa para saber se o SNS 24 registou um acréscimo de contactos para o SNS 24 por parte de grávidas, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) afirmaram que não.

“Não se registaram alterações no SNS 24, quer através do canal telefónico, quer digital, no que diz respeito à procura de temas como Gravidez/Gravidez e puerpério, saúde da mulher, guia da grávida ou interrupção Voluntária da Gravidez”

NACIONAL

RAMALHO EANES AFIRMA QUE PCP QUERIA ESTABELECER UM REGIME TOTALITÁRIO

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

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O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

Ramalho Eanes falava perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma aula-debate sobre o 25 de Abril com alunos de escolas secundárias e universidades, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

A propósito dos antecedentes do 25 de Novembro de 1975, o general e primeiro Presidente eleito em democracia começou por referir que não queria “tecer considerações nenhumas sobre o PCP” e que teve “ótimas relações com Álvaro Cunhal”, um homem que “muito estimava” e “muito considerava”.

“Mas naquela altura o PCP, talvez acossado pela extrema-esquerda, preparava-se efetivamente para estabelecer em Portugal um regime totalitário”, afirmou, acrescentando: “Não tenho dúvidas”.

Citando Melo Antunes, Eanes sustentou que na altura era necessário “reinstitucionalizar o aparelho militar” para que se opusesse “a qualquer tentativa armada de conquista do poder”.

“Por razões diversas, e como as coisas se agudizavam, surgiu o Documento dos Nove, que o Conselho da Revolução todo praticamente subscreveu e que foi subscrito por milhares de oficiais. Isso demonstrou que a instituição militar estava muito mal, estava desinstitucionalizada, tinha de uma maneira geral perdido a sua fidelidade ao povo e à democracia e tinha criado fidelidades perversas em relação às filiações partidárias”, prosseguiu.

Em concreto sobre os acontecimentos de 25 de Novembro, Eanes disse que houve “uma ofensiva militar”, no seu entender “organizada levianamente pela extrema-esquerda, mas em que o PCP não podia ter deixado de intervir”, perante a qual ele e outros militares foram obrigados a agir.

“Tivemos essa ação, enfim, e repito que podia ter levado a uma guerra civil e que foi indispensável o 25 de Novembro. Repito: foi indispensável, para que as promessas de honra dos militares à população fossem realizadas”, defendeu.

Segundo Eanes, o desfecho do 25 de Novembro deveu-se aos “militares que se tinham mantido fieis à promessa de honra que tinham feito à população, que era devolver-lhes a liberdade, mas a liberdade sem condicionamentos” e que “resolveram, perante uma insurreição armada responder — bom, e a uma insurreição armada, naturalmente, só se responde com armas”.

“O 25 de Abril foi único, foi fundador. É ele que concede a liberdade aos portugueses. É ele que devemos festejar, comemorar e sobretudo refletir. Mas não devemos esquecer a perturbação natural que se seguiu, em que houve um combate de ideologias, de modelos de sociedade, em que houve um PREC que criou uma situação insustentável, uma situação de medo e uma situação que nos levou perto de uma guerra civil”, declarou.

Nesta aula-debate, Eanes relatou que estava em Angola e recebeu a notícia do 25 de Abril sem surpresa, porque “tinha participado nas diferentes reuniões que se tinham realizado para organizar uma resposta ao regime”, com “grande alegria” e “grande esperança”, porque “os portugueses iam ter a liberdade” e “finalmente, acabar-se-ia a guerra” colonial.

“Mas não tive dúvidas nenhumas de que a descolonização iria ser trágica, como foi. Aliás, eu digo isto com à vontade, com grande à vontade. Eu sei que muita gente vai contar que acha que a descolonização foi uma coisa maravilhosa. Não foi”, considerou.

Na sua opinião, foi trágica porque “deixou aqueles países, Angola e Moçambique, numa situação de guerra que durou anos e que destruiu tudo” e porque “fez regressar ao continente muitos angolanos”.

“Eles tinham nascido em Angola, eles eram angolanos, não conheciam outra pátria que não fosse aquela, não tinham outra terra que não fosse aquela, terra em que tinham os seus mortos, em que tinham tido nascido os seus filhos, e de repente são obrigados, perdendo tudo, a regressar a uma terra que tinha sido a dos seus antepassados, mas que eles não conheciam, que eles não amavam. São os retornados”, acrescentou.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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