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NACIONAL

CRIMES SEXUAIS CONTRA CRIANÇAS AUMENTARAM 40% ESTE ANO

Os crimes de cariz sexual praticados na Internet contra as crianças aumentaram em Portugal cerca de 40%, entre janeiro e outubro deste ano, disse hoje à agência Lusa a inspetora-chefe da Polícia Judiciária (PJ) Carla Costa.

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Os crimes de cariz sexual praticados na Internet contra as crianças aumentaram em Portugal cerca de 40%, entre janeiro e outubro deste ano, disse hoje à agência Lusa a inspetora-chefe da Polícia Judiciária (PJ) Carla Costa.

Falando a propósito do Dia Europeu para a Proteção das Crianças contra a Exploração Sexual e o Abuso Sexual que hoje foi assinalado em Lisboa, a inspetora-chefe da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológico (UNC3T) referiu que a investigação e a deteção dos agressores sexuais resulta não só da apresentação de denúncias mas de todo um trabalho de “prevenção e monitorização” no espaço da Internet.

Carla Costa admitiu que a investigação deste tipo de crimes é morosa e “por vezes complicada”, porque implica a colaboração de outras entidades – servidores e operadores -, exigindo a intervenção de um juiz para autorizar certas diligências.

A inspetora-chefe realçou ainda a importância das parcerias com a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) e com a associação “Miúdos Seguros na NET”, a qual tem desenvolvido ações de sensibilização nas escolas e divulgado conteúdos relacionados com a temática.

Carla Costa reconheceu que o facto de tais ilícitos praticados contra as crianças serem “crime público” facilita a abertura da investigação, porque esta deixou de estar dependente de queixa ou de participação às autoridades policiais e judiciárias.

A inspetora-chefe da PJ revelou que esta polícia de investigação criminal está a “fazer estudos sobre os perfis dos agressores sexuais online”, adiantando que 97% destes são do sexo masculino. Quanto à faixa etária, esta tem-se mostrado “diversa” até ao momento.

Por outro lado – indicou ainda – alguns dos agressores sexuais têm já antecedentes criminais relacionados com esta tipologia de crimes, designadamente pornografia de menores, mas também com outro género de criminalidade associado.

Em seu entender, neste momento é “importante” prosseguir com a prevenção e com as diversas ações e campanhas de sensibilização junto das escolas e das crianças e jovens, até porque se tratam de “vítimas fáceis” devido à idade e pouca experiência.

Entretanto, foi divulgado, no âmbito do dia que hoje se assinala, que mais de 2.700 crianças foram vítimas de abusos sexuais nos últimos três anos e que já em 2019 dezenas de crianças e jovens pediram ajuda por causa de um crime que acontece sobretudo na família e deixa marcas irreversíveis.

O Dia Europeu para a Proteção das Crianças contra a Exploração Sexual e o Abuso Sexual é uma data criada pelo Conselho da Europa para lembrar que, em média, uma em cada cinco crianças na Europa são vítimas de alguma forma de violência ou exploração sexual.

Os dados estatísticos do Ministério da Justiça mostram que nos últimos três anos, entre 2016 e 2018, foram registados 2.752 crimes de abuso sexual de menores pelas autoridades policiais portuguesas, tendo havido mais de 5 mil processos que deram entrada na PJ.

Segundo os dados estatísticos do Ministério da Justiça, 822 pessoas foram condenadas nos últimos três anos por abuso sexual de menores, a maior parte dos quais (49%) a pena suspensa com regime de prova, tendo sido aplicada pena efetiva em 31% dos casos.

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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