ECONOMIA & FINANÇAS
5G: DEMASIADO IMPORTANTE PARA QUE FIQUE À VONTADE DO REGULADOR DIZ A VODAFONE
O presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, disse hoje que o 5G (quinta geração móvel) “é demasiado importante para que possa ser deixado à roda livre apenas do regulador”, apontando críticas à Anacom.
O presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, disse hoje que o 5G (quinta geração móvel) “é demasiado importante para que possa ser deixado à roda livre apenas do regulador”, apontando críticas à Anacom.
“O 5G é demasiado importante para que possa ser deixado à roda livre apenas do regulador e apenas a ser associado à temática das frequências”, defendeu Mário Vaz, que falava no painel “O Estado da Nação das Comunicações”, durante o 29.º congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que hoje terminou em Lisboa com o mote “O Futuro dos Negócios”.
Para o responsável da empresa de telecomunicações, o atraso na implementação do 5G “é recuperável”, no entanto não vê “a questão do ‘timing’” como o fator determinante.
“O 5G é o instrumental para o posicionamento competitivo do país no futuro”, sublinhou.
Em relação ao relatório sobre a situação das comunicações em Portugal, divulgado pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), Mário Vaz destacou o facto de o documento nada referir sobre os preços de regulação e os preços do espectro em Portugal.
“De 2012 a 2019 os preços da regulação aumentaram 43%”, disse o responsável da Vodafone Portugal.
“Se olharmos para os custos de espectro, estes aumentaram 55%”, acrescentou.
O administrador tecnológico da Vodafone Portugal, João Nascimento, garantiu em agosto que a operadora está pronta para operar com a nova rede 5G assim que for atribuída a licença, o que estima venha a acontecer no primeiro semestre de 2020.
João Nascimento adiantou na mesma ocasião que a empresa está a “aguardar que o Governo e o regulador deem indicações” sobre o arranque da rede 5G.
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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