REGIÕES
PORTO: COMUNISTAS DIZEM QUE OS STCP ESTÃO NA ‘FALÊNCIA’
O PCP alertou hoje que a “viabilidade” da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) está “em risco” com o atual modelo de municipalização, citando um estudo que aponta “uma despesa maior do que o previsto” para as autarquias.
O PCP alertou hoje que a “viabilidade” da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) está “em risco” com o atual modelo de municipalização, citando um estudo que aponta “uma despesa maior do que o previsto” para as autarquias.
Em comunicado, a Direção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP refere que o estudo – datado deste mês e encomendado pela STCP ao Centro de Estudos de Gestão e Economia Aplicada da Universidade Católica do Porto para apurar as compensações por obrigação de serviço público no período 2020-2024 – deixa “claro que haverá para as autarquias um custo ‘superior de compensações ao previsto no presente contrato'”.
“Este mesmo estudo — sustentam os comunistas — revela que as autarquias vão ter que pagar um total de 79.673.242 euros até 2024”, devendo-se “em parte” a “avultada verba que ficará à responsabilidade das câmaras ao facto de haver um plano de investimentos entre 2020-2024 superior a 100 milhões de euros”.
Um investimento que, sublinham, “o Governo assumirá [em] menos de metade, ficando as autarquias com investimentos que vão muito para lá da sua real capacidade financeira”.
Segundo o PCP, “no Plano de Investimentos da STCP para o período 2020-2024 estão previstos 75.723.609 euros para a aquisição de autocarros, mas o Governo só assume 38.778.000 euros, sem qualquer garantia de que os municípios tenham condições financeiras para assumir os restantes 36.945.609 euros”.
“Em resumo, neste processo, as autarquias pedem para ficar com a gestão da STCP, assumem um custo avultado (previsivelmente para lá das suas possibilidades), mas não garantem alargamento do serviço nem a sustentabilidade da operação”, sustenta, alertando que “as autarquias não têm arcaboiço financeiro para o investimento que se exige”.
Neste contexto, o PCP do Porto considera que “a única forma de não empurrar a empresa para a atrofia financeira que ponha em causa o serviço público e a sua própria sustentabilidade é interromper este rumo e desencadear um processo de discussão sério, que envolva o Governo, os seis municípios e as forças políticas aí representadas, bem como os trabalhadores e seus representantes”.
Em declarações à agência Lusa, fonte do PCP do Porto lamentou que a existência e conteúdo deste estudo encomendado pela STCP à Universidade Católica não tenham sido revelados aos vereadores da oposição, sobretudo constando da agenda da reunião da Câmara Municipal do Porto da próxima segunda-feira o debate em torno do Aditamento ao Contrato de Concessão de Serviço Público de Transportes Rodoviários de Passageiros explorado pela STCP.
A agência Lusa tentou, sem sucesso, obter um comentário junto da administração da STCP.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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