REGIÕES
PSD QUER ISENTAR DE SEGURANÇA SOCIAL AS EMPRESAS DAS FLORES E CORVO
O deputado do PSD Paulo Moniz pediu ao Presidente da República para interceder junto do Governo na criação de um regime de isenção de Segurança Social para os empresários das Flores e do Corvo, nos Açores.
O deputado do PSD Paulo Moniz pediu ao Presidente da República para interceder junto do Governo na criação de um regime de isenção de Segurança Social para os empresários das Flores e do Corvo, nos Açores.
“A execução desta medida confirmará que a solidariedade nacional, demonstrada imediatamente a seguir à passagem do furacão Lorenzo, perdura até ao regresso à normalidade nas ilhas das Flores e Corvo”, afirma o deputado da Assembleia da República Paulo Moniz, em carta aberta enviada a Marcelo Rebelo de Sousa a que a Lusa teve hoje acesso.
A proposta surge devido à destruição total do porto das Lajes das Flores na sequência passagem do furacão Lorenzo pelos Açores em outubro, que colocou em risco o abastecimento ao grupo ocidental do arquipélago, composto pelas ilhas das Flores e do Corvo, esta última onde o chefe de Estado tem previsto chegar hoje para a passagem de ano.
O deputado social-democrata assinala que em 14 de novembro questionou o primeiro-ministro, o socialista António Costa, (através de pergunta escrita) acerca da criação deste regime de isenção de Segurança Social para os empresários daquelas ilhas.
Apesar de o regimento da Assembleia da República prever que o prazo de resposta não deva exceder os 30 dias, Paulo Moniz refere que ainda não obteve resposta do Governo.
“Venho por este meio solicitar a vossa excelência para que possa interceder na reposição da justiça (…) face ao tratamento negativamente discriminatório ora em apreço e numa questão que é fundamental para as populações das ilhas das Flores e Corvo”, lê-se na missiva enviada a Marcelo Rebelo de Sousa.
O deputado eleito pelo círculo dos Açores destaca que a criação deste regime é de “exclusiva competência do Governo da República”, recordando que a medida já foi adotada noutras circunstâncias, como aquando dos incêndios de 2017.
No documento, Paulo Moniz realça a “importância crucial” do porto das Lajes, assinalando que o abastecimento às ilhas do grupo ocidental está a ser feito de “forma precária e sem a regularidade absolutamente necessária”, causando “graves prejuízos” à economia local.
“Esta situação está já a causar graves prejuízos à economia local, visto que as empresas aguardam várias semanas por mercadorias que já pagaram e os bens perecíveis chegam muitas vezes a estas ilhas impróprios para consumo”, lê-se.
O social-democrata frisa que é “imperioso que as entidades públicas atuem”, uma vez que estão em causa “muitos postos de trabalho”.
“Estes problemas põem seriamente em causa muitos postos de trabalho no setor privado das ilhas das Flores e Corvo, que vão desde o comércio à agricultura, passando pela construção civil e outras atividades”, aponta.
Em 17 de Dezembro, o presidente da Câmara do Corvo, José Manuel Silva, disse no parlamento açoriano que a ilha tem sofrido “constrangimentos” devido às dificuldades de abastecimento deixadas pela passagem do furacão Lorenzo, mas garantiu que, até então, não existiam despedimentos a registar.
Em novembro, os empresários da ilha das Flores admitiram encerrar estabelecimentos por falta de mercadorias, que têm chegado à ilha em número reduzido, devido às limitações do porto.
Os prejuízos provocados pelo Lorenzo ascenderam a 330 milhões de euros, 190 milhões dos quais em resultado da destruição total do porto das Lajes das Flores.
O Governo da República anunciou pouco depois o compromisso de assumir 85% do valor dos prejuízos, ficando o restante a cargo do executivo dos Açores e da comparticipação comunitária.
O executivo aprovou também um decreto-lei que estabeleceu medidas excecionais de contratação pública por ajuste direto a propósito dos danos provocados pela passagem do furacão.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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