REGIÕES
ELISA FERREIRA: AS MINAS DE LÍTIO DEVEM TER UM IMPACTO AMBIENTAL REDUZIDO
A comissária europeia Elisa Ferreira assegurou hoje que a exploração de lítio em Montalegre e Boticas tem de “garantir que o impacto ambiental é reduzido e compensado” para respeitar as regras europeias.
A comissária europeia Elisa Ferreira assegurou hoje que a exploração de lítio em Montalegre e Boticas tem de “garantir que o impacto ambiental é reduzido e compensado” para respeitar as regras europeias.
“Temos todas as condições, se o país quiser, de fazer essa exploração em conformidade ambiental”, disse a comissária da Coesão e Reformas num jantar com jornalistas portugueses em Bruxelas.
“As regras europeias são claras: quem se responsabilizar por uma determinada exploração tem de garantir que o impacto ambiental é reduzido, compensado, e, portanto, há toda uma legislação europeia que enquadra essas explorações”, acrescentou.
A comissária, que tutela o chamado Fundo de Transição Justa, um instrumento do novo Pacto Ecológico Europeu destinado a financiar a transição energética nas regiões muito dependentes de carbono, respondia a uma pergunta sobre se o investimento numa exploração de lítio, que é poluente, não contraria os objetivos desse fundo e da aposta ambiental da atual Comissão Europeia.
A concessão para a exploração de lítio em Montalegre e Boticas, que o Governo português defende ser essencial para a transição energética, é contestada por associações ambientalistas, câmaras municipais e população, pelas potenciais consequências ambientais.
Elisa Ferreira distinguiu a exploração de lítio da descarbonização, explicando que a mudança do carvão para outras energias “tem um caráter de urgência” e, em algumas regiões da Europa, vai ter “impactos muito grandes de caráter social e de caráter económico”, razão pela qual “é para essas regiões que este fundo se destina”.
“Fizemos aqui uma evolução relativamente às propostas iniciais. No início, este fundo só se destinava a alguns países, basicamente os países de Leste, agora todos os países têm acesso, na proposta da Comissão”, afirmou.
“Era só destinado às zonas do carvão e nós estendemos a áreas, indústrias, que precisam de fazer uma transição e que são muito poluentes”, acrescentou.
Segundo a proposta divulgada em 16 de janeiro pela Comissão Europeia, Portugal vai arrecadar 79,2 milhões de euros com o novo Fundo de Transição Justa, estando a meio da tabela dos países da União Europeia, que é liderada pela Polónia, Alemanha e Roménia.
Portugal terá 1,1% do montante total deste fundo destinado à descarbonização de regiões especialmente dependentes dos combustíveis fósseis, que é de 7,5 mil milhões de euros.
Em Portugal, as centrais termoelétricas a carvão de Sines e do Pego – cujo encerramento o Governo já anunciou para 2023 e 2021, respetivamente -, são casos elegíveis para estes futuros subsídios comunitários, tal como outras indústrias ou empresas com fortes emissões de dióxido de carbono.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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