REGIÕES
LISBOA: ADESÃO À GREVE DOS ESTIVADORES ATINGIU OS 100%
A adesão à greve dos estivadores do Porto de Lisboa que teve início hoje de manhã e que afeta as empresas Liscont, Sotagus, Multiterminal e TMB (Terminal Multiusos) é de 100%, disseram fontes sindicais e patronais à agência Lusa.
A adesão à greve dos estivadores do Porto de Lisboa que teve início hoje de manhã e que afeta as empresas Liscont, Sotagus, Multiterminal e TMB (Terminal Multiusos) é de 100%, disseram fontes sindicais e patronais à agência Lusa.
A direção da A-ETPL, Associação de Empresas de Trabalho Portuário de Lisboa, empresa de cedência de mão-de-obra às empresas de estiva, reconhece que a adesão à greve é total, ao contrário do que esperava, mas adverte que a paralisação só vai agravar ainda mais a situação da empresa.
O SEAL, Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística congratula-se com a adesão à greve e diz que os trabalhadores foram empurrados para esta ação de luta devido ao incumprimento das atualizações salariais que estavam previstas e aos salários em atraso nos últimos 18 meses.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do SEAL acusa as empresas de estiva de quererem acabar com a atual empresa de trabalho portuário (A-ETPL), criando outra em sua substituição, e levar para o despedimento coletivo a maior parte dos trabalhadores do Porto de Lisboa.
“A situação financeira da A-ETPL só é desequilibrada porque os tarifários que eles [empresas de estiva] praticam, de cobrança do custo do estivador à empresa de trabalho portuário, mantém-se inalterado há 26 anos. Se tivesse sido atualizado, não era nos 65% da inflação, mas em 10 ou 15%, a empresa de trabalho portuário (A-ETPL) teria uma situação financeira excelente”, defendeu.
Na sequência das declarações públicas do presidente da A-ETPL, Diogo Marecos – que afirmou que os estivadores têm salários acima da média e que podem atingir os 5.000 euros por mês -, António Mariano considera que se trata de uma “campanha negra”.
“Costumo responder à questão dos cinco mil euros dizendo que se trabalhar por três estivadores sou capaz de ganhar 5.000 euros. A questão é que os salários são bastante inferiores em média, há trabalhadores abaixo dos 800 e 700 euros em Lisboa e outros portos nacionais”, disse.
“O salário base, nomeadamente em Lisboa, pode ir dos 1.000 aos 2.000 euros. O ponto médio não sei onde está, poderá estar perto dos 1.500 euros. São salários decentes que nós defendemos para quem trabalha numa profissão perigosa, como é o trabalho de estiva”, acrescentou António Mariano.
Confrontado com as declarações do dirigente do SEAL, o presidente da direção da A-ETPL, Diogo Marecos, reafirma que há “vários trabalhadores que recebem mais de 5.000 euros/mês”, casos de pontuais de trabalhadores que chegam a receber “mais 7.900 euros/mês (sem incluir subsídio de férias ou de Natal)” e que os estivadores, por vezes, ganham mais do dobro do salário base em trabalho extraordinário, situação que pode repetir-se vários meses ao longo do ano.
Diogo Marecos reiterou ainda que a A-ETPL tem uma estrutura de custos que já não comporta longos períodos de inatividade, como tem acontecido nos últimos anos devido a “greves sucessivas”, que têm tido como consequência a perda de vários armadores/linhas de navegação, por falta de confiança no porto de Lisboa.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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aires Esteves
19 de Fevereiro, 2020 at 16:58
Aqui fica o meu apoio aos Trabalhadores Estivadores . Um ex. Sindicalista, membro de Comissão de Trabalhadores , Delegado Sindical e Presidente do GDRPF….