REGIÕES
MADEIRA: DIRETOR CLÍNICO DO SERVIÇO DE SAÚDE DA MADEIRA RENUNCIOU AO CARGO
O médico ortopedista nomeado diretor clínico do Serviço Regional de Saúde da Madeira (Sesaram), Mário Pereira, que tem sido contestado por um grupo de diretores de serviço, renunciou hoje ao cargo, disse fonte governamental.
O médico ortopedista nomeado diretor clínico do Serviço Regional de Saúde da Madeira (Sesaram), Mário Pereira, que tem sido contestado por um grupo de diretores de serviço, renunciou hoje ao cargo, disse fonte governamental.
“Sim, ele renunciou”, afirmou a mesma fonte, confirmando a notícia avançada pela RTP-Madeira e escusando-se a adiantar mais pormenores sobre o assunto.
A mesma fonte mencionou que o CDS-PP/Madeira, partido da coligação do Governo Regional da Madeira, “deverá emitir um comunicado”.
A nomeação de Mário Pereira, ex-deputado do CDS na Assembleia Legislativa da Madeira e, enquanto parlamentar, um dos maiores críticos do serviço de saúde da região, para o cargo de diretor clínico do Sesaram gerou desde o início uma onda de polémica por parte da maioria dos diretores clínicos.
Mário Pereira tomou posse em 07 de fevereiro e foi contestado pelos seus pares, que mantiveram várias reuniões na sede da Ordem dos Médicos da Madeira, tendo a maioria optado por demitir-se das direções de serviço, exigindo a demissão do diretor clínico nomeado.
Um dia antes, 33 diretores de serviço e coordenadores de unidades do Sesaram anunciaram a sua demissão, representando 66% destes profissionais, de um total de cerca de 50.
O porta-voz deste grupo, o cardiologista António Drumond, salientou numa declaração que o diretor clínico é um “cargo técnico e os cargos técnicos são para pessoas técnicas entre os médicos e coordenadores de unidades”.
O grupo dos médicos contestatários consideraram estar perante uma forma de partidarização da área clínica da saúde, lembrando que a legislação que regula o Sesaram estabelece que o diretor clínico é nomeado pelo secretário regional da Saúde, sob proposta do Conselho de Administração da instituição de entre os médicos que trabalham nesta entidade, reconhecido pelo seu mérito e experiência profissional.
Embora o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, e o diretor clínico empossado tivessem apostado no “diálogo” e na “pacificação do setor”, a polémica continuou, tendo o executivo regional, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, declarado que “não aceitava as demissões” dos diretores de serviço.
A Ordem dos Médicos emitiu entretanto um comunicado salientando que “um diretor clínico que não seja reconhecido interpares e não consiga estabelecer empatia com as equipas de saúde e, nomeadamente, com os médicos, está condenado ao insucesso a muito curto prazo”.
Também considerou que a perda de massa crítica essencial em termos de liderança “coloca o hospital Dr. Nélio Mendonça [Funchal] numa situação muito delicada e sem as condições adequadas para continuar a assegurar a formação dos médicos internos”.
Em 17 de fevereiro, um grupo de 45 médicos do Sesaram chegou mesmo a “exigir a demissão imediata” do diretor clínico.
Quatro dias depois, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, deslocou-se à Madeira e reuniu com os médicos e os responsáveis do Governo Regional, tendo apelado aos diretores de serviço demissionários que retrocedessem na decisão.
Miguel Guimarães também desafiou a tutela a fazer uma consulta interna para a nomeação do diretor clínico.
REGIÕES
PORTO: PROGRAMA CONTRA MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA EM TODAS AS UNIDADES DE SAÚDE
O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.
O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.
Em comunicado, quando se assinala o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, o gabinete da Ministra da Juventude e Modernização diz que foi esta quinta-feira assinado o protocolo para alargar aquele programa às unidades de saúde da região do Porto, para prevenir e atuar em situações de risco.
“Este programa, cuja implementação estava suspensa desde 2023, tem como objetivo territorializar as respostas através de redes locais integradas, envolvendo os Agrupamentos de Centros de Saúde e promovendo planos de ação e protocolos entre entidades públicas e da sociedade civil”, lê-se no comunicado.
A erradicação da mutilação genital feminina (MGF) exige, “não só ações concretas e coordenadas, como também um esforço coletivo para transformar mentalidades, combater desigualdades estruturais e construir sociedades onde todas as raparigas e mulheres possam viver em segurança”, acrescenta.
O gabinete da ministra Margarida Balseiro Lopes lembra que tem vindo a ser feito um “trabalho colaborativo” entre Governo, sociedade civil e organizações internacionais, em resultado do qual têm sido implementadas medidas de prevenção e combate às práticas tradicionais nefastas.
Dá como exemplo a pós-graduação “Mutilação Genital Feminina”, para a qual foi assinado esta quinta-feira um protocolo entre a Escola Nacional de Saúde Pública, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), a Direção-geral da Saúde, a AIMA e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
“Com este curso, pretende-se capacitar, não só profissionais de saúde, como também outros profissionais que intervêm na prevenção, deteção e combate a este flagelo”, explica o ministério.
Lembra que em janeiro o Governo abriu uma linha de financiamento para projetos de prevenção e combate a todas as formas de práticas tradicionais nefastas, no valor de 80 mil euros, com prioridade para a concretização das recomendações do Livro Branco, nomeadamente no reforço da proteção de crianças e jovens, mas também na sensibilização e por uma resposta mais eficaz contra estas formas de violência.
REGIÕES
BOTICAS: SAVANNAH INTERROMPE TRABALHOS POR ORDEM DO TRIBUNAL
A Savannah Resources confirmou hoje que já foi notificada da providência cautelar contra a servidão administrativa que lhe permitia fazer prospeção mineira de lítio em Boticas, tendo interrompido os trabalhos.
A Savannah Resources confirmou hoje que já foi notificada da providência cautelar contra a servidão administrativa que lhe permitia fazer prospeção mineira de lítio em Boticas, tendo interrompido os trabalhos.
“Confirmamos que fomos notificados da providência cautelar. Já a esperávamos e com normalidade a acatamos. As equipas no terreno pararam já temporariamente o trabalho que têm vindo a fazer nos últimos dois meses, estando hoje apenas a fazer manobras de segurança”, pode ler-se numa resposta da empresa à agência Lusa.
Na mesma resposta, a Savannah refere que “a providência cautelar é um direito estabelecido na lei, tal como as suas consequências para todos”.
“Com serenidade, trataremos este processo como os tantos outros já intentados pelo mesmo grupo opositor, e esperamos regressar ao trabalho rapidamente”, conclui a resposta.
Em causa está uma providência cautelar interposta por proprietários contra o Ministério do Ambiente que suspendeu a servidão administrativa que permitia à Savannah Resources fazer prospeções mineiras em terrenos de aldeias de Boticas, foi hoje anunciado.
A providência cautelar foi entregue no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela e, em comunicado, a associação Unidos em Defesa de Covas de Barroso (UDCB) explica que o “despacho de admissão suspende todos os trabalhos na área de servidão até decisão futura do tribunal”.
A UDCB disse que esta decisão é tomada ao abrigo do artigo 128.º do Código de Processo nos Tribunais Administrativos (CPTA).
A secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, emitiu um despacho, publicado em 06 de dezembro em Diário da República, que autoriza a constituição de servidão administrativa, pelo prazo de um ano, o que permite à empresa Savannah aceder a terrenos privados para a prospeção de lítio.
Esta decisão foi contestada por proprietários afetados e autarcas.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da UDCB, Nelson Gomes, explicou que foram três proprietários que interpuseram a providência cautelar para travar a servidão, mas que o efeito suspensivo abrange todos os terrenos afetados pela decisão governamental.
A UDCB disse ainda que o Ministério do Ambiente foi notificado durante o dia de quarta-feira e que “está obrigado por lei a cumprir a decisão”.
Por isso, a partir de hoje, segundo referiu, as comunidades de Covas do Barroso e Romainho “estarão no terreno para assegurar a suspensão imediata dos trabalhos e travar um projeto que ameaça o seu bem-estar, as serras e o futuro do Barroso”.
“O tempo da servidão acabou”, pode ler-se no comunicado.
À Lusa Nelson Gomes disse que a providência foi admitida pelo tribunal no dia 30 de janeiro, mas, segundo explicou, só produz efeito a partir do momento em que as partes são notificadas da decisão, o que aconteceu na quarta-feira.
Por isso, frisou, por agora “os trabalhos têm que parar”.
“O nosso objetivo é precisamente travar o projeto porque, neste momento, está a haver uma destruição total quer de terrenos particulares, quer de terrenos baldios. Esta invasão que está a acontecer para nós não faz sentido nenhum, é um processo muito pouco democrático e que não entendemos”, afirmou o presidente da associação.
Após o anúncio da servidão administrativa, em dezembro, a empresa Savannah Resources anunciou poder “retomar o trabalho de campo e as perfurações necessárias” para o estudo definitivo (DFS) e o processo de conformidade ambiental do projeto lítio do Barroso, prevendo concluir estas etapas em 2025.
A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.
A agência Lusa contactou o Ministério do Ambiente e Energia e aguarda resposta.
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