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OS PORTUGUESES QUE TENTAM VIVER OU SOBREVIVER À ‘EMERGÊNCIA’ (VÍDEO)

Quando Portugal vive o seu primeiro dia em Estado de Emergência, os portugues tentam adaptar-se a um novo modo de vida. Uns caminham outros correm na rua enquanto podem, esperando continuar a poder, numa cidade do Porto que parece “um filme pós-apocalíptico”, mas caminhar ou correr é preciso para “deitar fora as folhas velhas da cabeça”, “apanhar ar” e combater a ansiedade.

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Quando Portugal vive o seu primeiro dia em Estado de Emergência, os portugues tentam adaptar-se a um novo modo de vida. Uns caminham outros correm na rua enquanto podem, esperando continuar a poder, numa cidade do Porto que parece “um filme pós-apocalíptico”, mas caminhar ou correr é preciso para “deitar fora as folhas velhas da cabeça”, “apanhar ar” e combater a ansiedade.


Com uma doença arterial periférica, o empresário Luís Cochofel, de 63 anos, subia esta manhã a Avenida da Boavista sem máscara, luvas ou fato de treino, apenas a roupa habitual para a caminhada do costume por recomendação médica, defendendo que, mesmo em estado de emergência devido à Covid-19, deve ser permitida “alguma atividade exterior”.

“Enquanto caminhamos, as folhas velhas dos pensamentos vão caíndo e vamos encontrando soluções para as dúvidas que, se estivermos quietos, ficam lá, não saem”, contou.

Com o Parque da Cidade fechado, muitos dos seus utilizadores diários optaram por andar de bicicleta, passear o cão e correr ou caminhar até à beira-mar pelo corredor central da Avenida da Boavista, vedado aos carros, embora muitas vezes eles até faltassem nas vias que lhe estão dedicadas e por onde passavam viaturas da Polícia Municipal a pedir “Fiquem em casa” ou, em francês, “Restez chez vous”, num cenário que a estudante de cinema Débora, de 25 anos, descreve como sendo de um “filme pós-apocalíptico”.

A jovem brasileira, está a fazer no Porto um curso de dois anos, costuma correr no Parque da Cidade e, face à pandemia de Covid-19, só sai “para correr” e “ir ao mercado, uma vez por semana, ou quando falta alguma coisa”.

“Sempre tem a alternativa de fazer exercício em casa. Mas prefiro sair e tomar um ar”, descreve.

Se o exercício físico na rua for proibido, Daniela “entende”, mas reconhece sentir falta “de sair um pouco de casa”.

“A correr não toco em nada, não tenho contacto com as pessoas. Acho que não é perigoso”, disse.

Aos 63 anos, Luís Cochofrel espera não se reformar “nos próximos 40 anos”, tal como espera não ficar impedido da caminhada diária, embora em casa andem a gostar cada vez menos das suas saídas.

“Somos quatro em casa. O toque praticamente desapareceu, desde sexta ou sábado. Foi quase que naturalmente. É uma coisa que faz falta. Dar um beijo à mãe dá jeito. Mas não acontece, já”, afirma.

Em casa, “estão muito zangadas” por Luís “estar sempre a sair”.

“Mas tenho indicações médicas para caminhar, idealmente duas horas por dia. Tenho de colocar a questão: prefiro ficar em casa, ter uma gangrena e amputar as pernas ou corro o risco da gripe? Prefiro o risco da gripe”, confessa.

“Moro aqui ao pé do mar. Ir ao mar e voltar não faz mal a ninguém”, resume.

Com 18 anos, Lia Lemos corre todos os dias. Faz parte da Seleção Nacional de Atletismo, as provas estão suspensas, mas o corpo não pode parar.

“Tenho um grupo de treino e temo-nos dividido, para treinar individualmente. Acho que não nos vão proibir. Sou atleta de seleção nacional, teria de fazer tudo em casa. Não podia fazer corrida contínua, por não ter passadeira. Não poder fazer a corrida contínua tem um impacto grande, sobretudo no meio fundo”, justifica.

Daniela Palhares, designer de 48 anos, e o cão, Tamino, costumam sair todos os dias para correr e hoje não foi exceção.

“Tenho mesmo necessidade de correr. A corrida, como qualquer desporto, quando praticado muito assiduamente, cria algumas adições físicas. Criamos alguma substância química que nos vicia e o corpo está sempre a pedir-nos isso. É muito complicado, causa muita ansiedade, pensar em não poder fazer aqueles 10 quilómetros diários que, acima de tudo, nos fazem muito bem mentalmente”, descreveu.

Daniela tem uma empresa, estão “todos a trabalhar a partir de casa desde terça-feira” e correr é rotina diária, “uma hora, três vezes por dia”.

“Tem de ser, por mim e por ele [o cão]”, refere.

Pelo menos o cão “tem sempre de vir à rua”, mas a designer preocupa-se que possa ser “proibido caminhar ou correr ao ar livre”.

“Custa-me muito ter de ficar em casa”, reconhece.

Se a proibição chegar, vai aceitá-la: “não temos outro remédio”.

“Acho fundamental conseguirmos ter o mínimo dos mínimos de condições pessoais para sobreviver a tudo isto. Sou a favor de tudo o que se está a fazer, mas é preciso encontrar um equilíbrio, senão vamos arranjar outro tipo de problemas. É preciso encontrar um equilíbrio com muita sabedoria, ponderação e maturidade”, sustenta.

A cidade está diferente e Daniela acha que, “se no início até pode saber bem, por estar tudo mais tranquilo”, passada uma semana [de menos trânsito e menos pessoas na rua], “começa a afetar psicologicamente”.

“Somos seres de hábitos, vai afetar-nos. Mais precisamente por sermos criaturas de hábitos, vamo-nos habituar. É uma questão de tempo. O tempo é o maior dos escultores”.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.

De acordo com o boletim, há 8.091 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quarta-feira.

O estado de emergência proposto pelo Presidente prolonga-se até às 23:59 de 02 de abril, segundo o decreto publicado quarta-feira em Diário da República que prevê a possibilidade de confinamento obrigatório compulsivo dos cidadãos em casa e restrições à circulação na via pública, a não ser que tenham justificação.

O Conselho de Ministros aprova hoje as medidas que concretizam o estado de emergência proposto pelo Presidente.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo já tinha suspendido as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

O Governo também tinha anunciado o controlo de fronteiras terrestres com Espanha.


VEJA AQUI A REPORTAGEM (VÍDEO):

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MENOPAUSA: 50% DAS MULHERES EM PORTUGAL ASSUMEM “SENTIR-SE MAL”

Cerca de metade das 1,2 milhões mulheres (12% da população) que passa atualmente pelo período da menopausa em Portugal “assume mal-estar” nesta fase, indica uma investigação do seguro de saúde Médis, cujas conclusões foram divulgadas esta quarta-feira.

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Cerca de metade das 1,2 milhões mulheres (12% da população) que passa atualmente pelo período da menopausa em Portugal “assume mal-estar” nesta fase, indica uma investigação do seguro de saúde Médis, cujas conclusões foram divulgadas esta quarta-feira.

Esta é “a maior de todas as fases da saúde da mulher, ocupando, em média, 40% das suas vidas” e “é, também, a fase em que mais sofrem: cerca de metade das mulheres assumem mal-estar nesta fase o que, comparando com o mal-estar exibido na puberdade (20% das mulheres) é um número 140% superior, e comparando com o mal-estar exibido na maternidade (12% das mulheres) é um número 300% superior”.

A investigação deu continuidade ao estudo, realizado através do projeto Saúdes da Médis e divulgado em 2022, “Saúde e bem-estar das Mulheres, um Potencial a alcançar”, aprofundando o tema da menopausa.

Realizado durante “27 meses”, o trabalho teve por base “245 entrevistas quantitativas, cinco grupos de referência e quatro conversas aprofundadas com profissionais de saúde”, tendo sido entrevistadas 33 mulheres entre os 45 e os 65 anos.

“Vivemos numa sociedade que não está preparada para falar abertamente sobre a menopausa e até a esconde. Isto colide com a necessidade, que ouvimos da boca da maioria das mulheres com quem falámos, que vai precisamente em sentido contrário, ou seja, querem e precisam expor, sem tabus, sintomas, medos e anseios em relação ao tema“, alertou Maria Silveira, responsável de Orquestração Estratégica, Ecossistema de Saúde do Grupo Ageas Portugal, ao qual pertence a Médis.

A investigação complementa a classificação médica e científica da menopausa, que a divide em três fases – perimenopausa, menopausa e pós-menopausa -, e “tendo em conta a visão e os sentimentos das mulheres (a subjetividade)” associa quatro “estados de alma” ao processo: desconhecimento, sofrimento, gestão e libertação.

Segundo o estudo, a fase da menopausa é “muito pouco valorizada e falada” também pelos “médicos e profissionais de saúde”, apesar de lhe serem associados “mais de 30 sintomas” e de 72% das mulheres entre os 45 e os 60 anos viverem num estado permanente de tensão e 50% afirmarem já ter tido um esgotamento ou depressão.

Por outro lado, o facto de não ser “pensada ou preparada (ao contrário da maternidade e da menstruação), aumenta a dificuldade” na sua gestão.

De acordo com os dados da investigação, 52% das mulheres afirmam estar mal ou medianamente preparadas para lidar com esta fase de vida.

Os “desconfortos mais manifestados” são os afrontamentos (69%), dores nas articulações (49%), suores noturnos e/ou perturbações do sono (48%), ansiedade (45%), secura vaginal (42%) e diminuição da libido (37%).

“A nível profissional, 65% das mulheres que se encontram nesta condição sentem discriminação no local de trabalho e 22% já pensou mudar ou abandonar o seu trabalho“.

Quanto à “libertação”, considera-se que, embora seja uma fase pouco falada, deve ser destacada, já que apesar de “alguns dos sintomas poderem durar mais de uma década, a maioria deles acaba por se desvanecer” e “apenas 20% das mulheres dizem ter sintomas há mais de cinco anos”.

“A menopausa não é uma doença, mas uma condição. Sendo diferente de mulher para mulher, existem tantas menopausas quantas as mulheres, o que também dificulta”, disse Maria Silveira, citada num comunicado sobre a iniciativa de hoje “Dar ouvidos e voz à Menopausa”, para divulgar o estudo e que incluiu uma mesa-redonda.

A responsável diz por isso que “ouvir estas mulheres, orientá-las e dar-lhes voz é, em si mesmo, um ótimo ‘medicamento’, além, claro, de um acompanhamento holístico (ginecologia, psicologia, nutrição, exercício físico)”.

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CÃES E GATOS PODERÃO TRANSMITIR “SUPERBACTÉRIAS” A HUMANOS – ESTUDO

Um estudo realizado em Portugal e no Reino Unido sugere que cães e gatos de estimação desempenham um papel importante na propagação de bactérias resistentes a antibióticos.

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Um estudo realizado em Portugal e no Reino Unido sugere que cães e gatos de estimação desempenham um papel importante na propagação de bactérias resistentes a antibióticos.

Em comunicado divulgado este sábado, a Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID na sigla em inglês) adianta que a investigação vai ser apresentada no seu Congresso Global a decorrer em Barcelona (Espanha) entre 27 e 30 de abril.

Tendo encontrado “indícios da transmissão de bactérias multirresistentes entre cães e gatos doentes e os seus donos saudáveis em Portugal e no Reino Unido”, o trabalho levanta preocupações “de que os animais de estimação possam atuar como reservatórios de resistência e, assim, ajudar na propagação da resistência a medicamentos essenciais”.

Neste sentido, chama a atenção para a importância de incluir famílias com animais de estimação em programas de vigilância da resistência aos antibióticos, indica o comunicado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a resistência aos antibióticos como uma das maiores ameaças à saúde pública que a humanidade enfrenta.

As infeções resistentes aos medicamentos matam anualmente em todo o mundo mais de 1,2 milhões de pessoas e prevê-se que em 2050 sejam 10 milhões, se não forem tomadas medidas.

“Estudos recentes indicam que a transmissão de bactérias de resistência antimicrobiana (RAM) entre humanos e animais, incluindo animais de estimação, é crucial na manutenção dos níveis de resistência, desafiando a crença tradicional de que os humanos são os principais portadores de bactérias RAM na comunidade”, afirma a investigadora principal Juliana Menezes, citada no comunicado.

“Analisar e compreender a transmissão de bactérias RAM de animais de estimação para humanos é essencial para combater eficazmente a resistência antimicrobiana” em pessoas e animais, acrescenta a estudante de doutoramento, do Laboratório de Resistência aos Antibióticos do Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde Animal, da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa.

O estudo envolveu cinco gatos, 38 cães e 78 pessoas em 43 casas em Portugal e 22 cães e 56 indivíduos em 22 habitações no Reino Unido. Todos os humanos eram saudáveis e todos os animais de estimação tinham infeções da pele e tecidos moles ou infeções do sistema urinário.

Os cientistas testaram amostras de fezes e urina e esfregaços de pele dos animais e dos seus donos para detetar Enterobacterales (família de bactérias que inclui a Escherichia coli e a Klebsiella pneumoniae) resistentes a antibióticos comuns.

O foco foram as bactérias resistentes “às cefalosporinas de terceira geração” (dos mais importantes antibióticos, segundo a OMS) e “às carbapenemas (parte da última linha de defesa quando outros antibióticos falham)”.

Segundo o comunicado, “não foi possível comprovar a direção da transmissão”, mas “em três dos lares de Portugal, o timing dos testes positivos para a bactéria produtora de ESBL/AmpC sugere fortemente que, pelo menos nestes casos, a bactéria tinha passado do animal de estimação para o humano”.

Juliana Menezes considera que “aprender mais sobre a resistência nos animais de estimação ajudaria no desenvolvimento de intervenções fundamentadas e direcionadas, para defender a saúde animal e humana”.

Carícias, toques ou beijos e tocar nas fezes do animal permitem a passagem das bactérias entre os cães e os gatos e os seus donos, pelo que os investigadores pedem atenção à lavagem das mãos após fazer festas aos animais ou tratar dos seus dejetos.

“Quando o seu animal de estimação não estiver bem, analise a possibilidade de o isolar num quarto para evitar a propagação de bactérias pela casa e limpe bem o resto da habitação”, aconselha a investigadora.

Todos os cães e gatos ficaram sem infeções depois de terem sido tratados.

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