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CINCO HOSPITAIS PRIVADOS DE LISBOA E PORTO JÁ RECEBEM DOENTES CORONAVÍRUS

Cinco hospitais privados de Lisboa, Porto e Algarve, com 330 lugares disponíveis e 80 camas de cuidados intensivos, podem a partir de hoje receber doentes com covid-19, avançou hoje à Lusa o presidente da associação do setor.

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Cinco hospitais privados de Lisboa, Porto e Algarve, com 330 lugares disponíveis e 80 camas de cuidados intensivos, podem a partir de hoje receber doentes com covid-19, avançou hoje à Lusa o presidente da associação do setor.

Segundo o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Óscar Gaspar, dois hospitais estão localizados em Lisboa, um no Porto, outro em Matosinhos e um em Lagos, no Algarve.

“Hoje entrou em vigor a fase de mitigação que estava prevista no plano de contingência da Direção-Geral da Saúde (DGS) que leva a que desapareça o conceito de hospitais de referência”, afirmou Óscar Gaspar à agência Lusa.

“Até ontem [quarta-feira] todos os nossos doentes que tivessem sido diagnosticados com Covid-19 tinham que ser encaminhados para um outro hospital. A partir de hoje, as instruções da DGS são no sentido de que nós temos capacidade e competência para o diagnóstico e tratamento integral desses doentes”, explicou.

Estas unidades de saúde, que entram como “hospitais de primeira linha”, passam agora a receber “preferencialmente os doentes de covid-19 que entrem nos hospitais privados”, adiantou Óscar Gaspar.

Segundo Óscar Gaspar, estes cinco hospitais privados têm, desde hoje, 330 camas disponíveis para o Covid-19 e cerca de 80 camas de cuidados intensivos com ventilação.

Além destes, há “uma série de dezenas de outros hospitais” privados que vão articular-se com as Administrações Regionais de Saúde (ARS) ou com os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no sentido de terem internamentos, fazerem cirurgias ou outro tipo de episódios clínicos que não possam ser feitos nos hospitais públicos.

Estes hospitais privados vão funcionar como uma espécie de segunda linha e realizar “uma série de atividade que aliviem os hospitais públicos da pressão que neste momento é muito grande em todos eles”, sublinhou Óscar Gaspar.

Para o presidente da APHP, a norma da Direção-Geral da Saúde sobre a fase de mitigação da pandemia da covid-19, que envolve todo o sistema de saúde, público e privado, “é muito clara”, “positiva e certeira. Aquilo que se pretende é uma articulação de todo o sistema de saúde, os portugueses não compreenderiam que fosse de outra forma”.

“Se nós temos os recursos que temos em Portugal este é o momento de facto para todos contribuirmos para a luta contra a covid-19 e, portanto, havendo hospitais privados e hospitais do setor social que podem fazer face a uma série de necessidades é importante que os recursos estejam ao dispor de todos”, defendeu.

A fase de mitigação é a terceira e a mais grave fase de resposta à doença covid-19 e é ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.

Em Portugal, registaram-se 60 mortes, mais 17 do que na véspera (+39,5%), e 3.544 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 549 novos casos em relação a quarta-feira (+18,3%).

Dos infetados, 191 estão internados, 61 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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