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TRABALHADORES DENUNCIAM MAIS DE 300 DESPEDIMENTOS NA AUTOEUROPA

A Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa, em Palmela, denunciou esta quarta-feira o “despedimento de mais de 300 trabalhadores precários” devido à pandemia da Covid-19 e exigiu uma tomada de posição das empresas e do Governo.

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A Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa, em Palmela, denunciou esta quarta-feira o “despedimento de mais de 300 trabalhadores precários” devido à pandemia da Covid-19 e exigiu uma tomada de posição das empresas e do Governo.

“Já foram despedidos mais de 300 trabalhadores temporários de diversas empresas do Parque Industrial da Autoeuropa e, de acordo com os dados que recolhemos, há muitos mais que estão na iminência de também serem despedidos”, disse à agência Lusa Daniel Bernardino, Coordenador das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa.

O representante dos trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa — onde exercem a atividade mais de 10.000 colaboradores de diversas empresas, incluindo os funcionários da fábrica da Volkswagen — sublinhou ainda que muitos destes trabalhadores precários despedidos ficam numa “situação imediata de carência financeira” e “à beira do limiar da pobreza”.

Em comunicado, a Coordenadora da Comissão de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa também denuncia o “despedimento generalizado de trabalhadores com contrato temporário” e a “aplicação de lay-off em várias empresas”, desde o passado dia 16 de março, e considera que as medidas anunciadas pelo Governo nos últimos dias não só não protegem os trabalhadores precários, como também penalizam mais os trabalhadores do que as empresas.

“As medidas tomadas pelo Governo, a aplicação de lay-off simplificado, penaliza mais trabalhadores e Segurança Social”, sublinha o comunicado, salientando que está prevista uma “isenção de impostos às empresas (TSU – Taxa Social Única)”, mas não para os trabalhadores (IRS – Imposto sobre Rendimento de Singulares), o que, na opinião da coordenadora, terá como consequência uma descapitalização da Segurança Social.

“Os trabalhadores são mais penalizados, pois mesmo recebendo 2/3 do ordenado, continuam a pagar os seus impostos, o que origina uma dupla penalização e respetiva perda acentuada de rendimento. Não é aceitável que a maior fatia do esforço financeiro recaia mais uma vez nos trabalhadores”, acrescenta o comunicado.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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