REGIÕES
VALPAÇOS: UMA ‘ESTRANHA’ PÁSCOA SEM FOLAR – CRISE
Produtores de folar artesanal e industrial de Valpaços queixaram-se hoje de quebras acentuadas nas vendas desta iguaria que tem um lugar de destaque nas mesas dos transmontanos na altura da Páscoa.
Produtores de folar artesanal e industrial de Valpaços queixaram-se hoje de quebras acentuadas nas vendas desta iguaria que tem um lugar de destaque nas mesas dos transmontanos na altura da Páscoa.
A Feira do Folar de Valpaços deveria ter começado hoje prolongando-se até domingo. Por causa da pandemia de covid-19, a câmara de Valpaços cancelou o certame que, em anos anteriores, representou um volume de negócios na ordem dos 1,5 milhões de euros para o concelho.
O folar, uma espécie de bolo de carnes, é presença obrigatória na mesa dos transmontanos durante a celebração da Páscoa.
Neste concelho do distrito de Vila Real, o produto é industrial e tradicional, produzido pelas padarias ou em fornos de particulares, que aproveitam para irem fazendo algum rendimento extra.
Conceição Moutinho é proprietária de uma padaria em Argeriz e disse hoje à agência Lusa que o folar foi uma oportunidade de negócio impulsionada pela feira há mais de 20 anos.
Este ano as contas não são fáceis de fazer e, segundo adiantou, as quebras nas vendas devem rondar “os 90%”.
É que no mesmo fim de semana da feira de Valpaços, esta produtora participava também numa feira em Lisboa (no domingo de Ramos). A tudo isto acrescem os emigrantes que, ou não vêm nestas férias, ou então já não organizam os almoços de família devido ao confinamento social.
“Hoje estou mais animada. Até ontem [quinta-feira] não tinha recebido encomendas. Hoje já tenho 150 folares preparados para sair”, afirmou.
Conceição Moutinho explicou que o produto está a ser despachado por uma transportadora contratada para o efeito, tendo sido esta a única solução encontrada.
Também na padaria se vendia muito nos dias que antecediam a Páscoa, principalmente a pessoas provenientes das áreas do Porto e Minho, só que isso já não será possível este ano, até porque as novas regras do estado de emergência proíbem as pessoas de saírem da sua área de residência a partir de quarta-feira.
“Os clientes estão apenas a encomendar um ou dois folares, só para marcar a tradição”, salientou.
Mas não são apenas as vendas de folar que se ressentem. Conceição Moutinho apontou toda a cadeia que envolve este produto, desde o azeite às carnes de fumeiro.
Na cidade de Valpaços, Marisa Alves disse que tem recebido algumas encomendas, só que elencou a dificuldade no transporte, porque o autocarro deixou de passar por causa da pandemia e os correios não representam, nesta altura, uma boa solução.
Este ano irá produzir em quantidades menores, principalmente para vender a nível local, e o trabalho terá de ser feito apenas com a ajuda do marido.
Concilia a produção de folar com o trabalho na câmara, agora em teletrabalho, e seria, nesta altura, que chegariam a maior parte das encomendas. No ano passado, para a feira fez mais de 400 folares.
Aprendeu com a mãe uma receita que foi passada de geração em geração e, aqui, a tradição é seguida à risca, desde os produtos, o bater a massa à mão, a levedura até às orações que são feitas enquanto os folares são metidos no forno.
Marisa disse que o segredo está na qualidade dos produtos que usa, tanto do azeite, como dos ovos ou das carnes, como presunto, salpicão ou linguiça.
Fernanda Campos tem um café que está fechado, é produtora de fumeiro e decidiu alargar a atividade ao folar. Construiu um forno a lenha e, em 2019, vendeu à volta de 100 folares na feira.
“Este ano nem vou acender o forno, não compensa. Não há procura, não telefonam e os emigrantes também não podem vir e eles compravam e levavam para fora. Este ano está tudo a zero”, afirmou à Lusa.
A Feira do Folar tem participação exclusiva dos produtores do concelho de Valpaços e, nesta edição, contaria com cerca de 120 participantes.
O município já garantiu o regresso em 2021 da “Capital do Folar”.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
- REGIÕES3 semanas atrás
ANACOM E ERC RENOVAM LICENÇAS DA RÁDIO REGIONAL
- DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: BOAVISTA EM ÚLTIMO APÓS DERROTA COM O AROUCA (VÍDEO)
- NACIONAL4 semanas atrás
CINCO MORTOS E 15 FERIDOS GRAVES EM ACIDENTES NAS ESTRADAS DESDE SEXTA-FEIRA – GNR
- DESPORTO3 semanas atrás
TAÇA DA LIGA: BENFICA VENCE SPORTING NA FINAL PELA MARCAÇÃO DE PENÁLTIS (VÍDEO)
- DESPORTO3 semanas atrás
TAÇA DA LIGA: JOÃO PINHEIRO NOMEADO PARA A FINAL “SPORTING X BENFICA”
- NACIONAL2 semanas atrás
JOSÉ MANUEL MOURA É O NOVO PRESIDENTE DA PROTEÇÃO CIVIL
- DESPORTO DIRETO1 semana atrás
DIRETO: GIL VICENTE FC X FC PORTO (20:30)
- DESPORTO DIRETO7 dias atrás
DIRETO: FC PORTO X OLYMPIACOS FC (17:45)